Finalmente assisti o mais recente filme de Quentin Tarantino, diretor que acompanho há muito.
“Era uma vez em Hollywood” chegou nas telas do cinema em outubro de 2019 e é um dos concorrentes ao Oscar 2020.
Ele narra de maneira tipicamente “tarantiniana” (com aqueles diálogos tensos como que aguardando o detonar de uma bomba a qualquer instante e as vezes nada acontecendo), o cenário da cidade do cinema no final da década de 60.
Época em que o movimento hippie e o diretor polonês Roman Polanski estavam no auge.
Sharon Tate era casado com Polanski. A atriz era considerada uma grande promessa do cinema por sua beleza e carisma. Polanski navegava junto com Sharon em uma onda de sucesso pois o seu último filme - o maravilhoso “Bebê de Rosemary” – tinha abocanhado Oscars e Baftas.
Até que a tragédia aconteceu.
Gravida de seu primeiro filho e a 15 dias de dar à luz, Sharon foi brutalmente assassinada por uma seita hippie liderados pelo sociopata maluco Charles Manson.
O filme de Tarantino retrata momentos desta narrativa. E atenção pra o spoiller: há um final alternativo para tudo isso.
A beleza do filme reside em um apurado conhecimento do cenário hollywoodiana da época, onde o diretor se apropria de diversos aspectos pitorescos (com várias citações e personagens a exemplo de Bruce Lee) para produzir uma metanarrativa de um fato real e trágico.
MOVIMENTO HIPPIE
Foi nos anos 60 a partir de grandes festivais musicais como o Woodstock (mas não somente) que o ideário hippie com suas roupas, linguagens e afetações ganharam o mundo e a chamada estética do “paz e amor” viraria parte do cenário.
A contracultura, espécie de negação a todo o status quo burguês capitalista, causaria o rompimento de toda uma geração jovem à época.
Muitas comunidades, festivais e “viagens” depois, uma parte significativa desta juventude retornaria ao sistema pela porta da frente transformando-o sem modificar sua essência numa relação digamos, dialética.
Muitos jovens também se perderiam pra sempre na cosmologia hippie.
Ou talvez os perdidos somos nós.
Assunto pra outra newsletter.
LIVROS PRA QUEIMAR
No Brasil de 2020 tem governo estadual que quer tirar livros de circulação das bibliotecas.
É uma clara tendência inspirada no governo de lunáticos brucutus que assumiu o Brasil.
Conservadorismo, moralismo e essa coisa toda, só termina em decepção.
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