Foto: Carlos Gaby
O prefeito de Imperatriz revelou ao Jornal Correio Popular que levará à Justiça Federal e ao Ministério Público Estadual "toda a questão" envolvendo os pagamentos atrasados de fornecedores e prestadores de serviços da saúde.
A declaração foi feita em entrevista após a solenidade de reabertura do Restaurante Popular, na manhã desta quarta-feira, 22.
"Existe a questão orçamentária. Eu não tenho dinheiro para pagar os R$ 24 milhões que foram empenhados e não deixaram dinheiro pra gente pagar", apontou.
O prefeito afirmou que encontrou "uma quantidade irrisória" de recursos no caixa da Saúde.
Em declarações, o ex-prefeito Sebastião Madeira afirmou que deixou 5 ou 6 milhões de reais no caixa da Saúde. Assis Ramos desmentiu o antecessor: "Não existe isso, não existe isso. Se ele falou isso, eu vou em qualquer lugar com ele pra ele apresentar a dotação orçamentária, a contabilidade dele, e eu apresentar a minha".
Segundo o prefeito, "o que houve foi uma transição... sem uma transição contábil, como deveria ter sido feita". "Ficamos muito nessa questão do RH [servidores], e a contabilidade ela veio à tona agora, sobretudo na Saúde", enfatizou.
"Na educação e outras pastas, é até de certa forma uma situação tranquila", afirmou.
Disse, entretanto, que na Saúde a situação "é terrível".
"A gente tem um débito aí, quando digo a gente, digo o Município, que não foi causado pela gestão Assis Ramos, mas sim pelas gestões anteriores. Isso é um problema. Acabei de sair de uma reunião muito delicada, muito tensa, com os médicos. Mas vamos encontrar uma solução. Não ‘tô’ aqui querendo colocar culpa em ninguém. Agora a população tem que saber como a gente encontrou isso".
Pagamento de clínicas
Assis Ramos disse que havia se encontrado com médicos proprietários de clínicas, com os quais tivera uma "conversa tensa", e logo após com a Promotoria da Saúde, para discutir o assunto.
"Encontramos a gestão com uma dívida grandiosa na saúde. Estamos procurando cada fornecedor e conversando. Algumas dessas conversas, elas são bem tranquilas, outras são bastante tensas porque os fornecedores, de forma legítima, sobretudo as clínicas médicas, querem receber imediatamente, mas eu esbarro em questões legais. Eu não posso pagar dívidas da gestão anterior, até porque eu posso ser responsabilizado criminalmente", declarou o prefeito.
"Nós estamos levando esses problemas pra Justiça Federal, para o Ministério Público também. Agora a pouco, falei com a promotora da Saúde pra gente fazer uma mediação desse conflito. Agora, realmente não está fácil. Os médicos tem legitimidade de solicitar e exigir seu pagamento, mas nós temos obrigações legais e dispositivos legais que impedem que eu faça o pagamento", admitiu o prefeito, não especificando quais dispositivos são estes.
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