A imprensa tem me ligado querendo saber se eu, como militante do PSOL e político com certo grau de figura pública, vou à manifestação, por conta desta “resistência”. A minha resposta é que eu não vou, eu já estou lá, e faz 10 anos. Estive nas ruas contra Sarney, no Movimento Estudantil, nas marchas dos excluídos, pela educação etc, nas marchas contra a privatização da previdência de Lula, nas ações de rua promovendo ocupações.
Então, por que eu devo sair das ruas e praças, das mobilizações, se este é meu habitat político natural? Onde estava você, manifestante raivoso e despolitizado, semana passada? Com duas horas por semana você pode se programar e engrossar importantes movimentos reivindicatórios na cidade. Onde esteve você neste últimos anos?
Escrevo isto para levantar a questão do sentimento honesto de apartidarismo presente nas manifestações. Este sentimento é, em essência, positivo, pois é a reação da população contra aquilo que salta aos olhos negativamente: a esmagadora maioria dos políticos e seus partidos, além do fato de que em passado bem recente esta mesma população foi vítima do aparelhamento de mobilizações de rua para fins eleitoreiros.
É justa a indignação e compreensível a resistência. Os partidos, todos eles, inclusive o que faço parte, devem compreender esta mensagem e agir com proporcionalidade, sem colocar suas bandeiras em destacado relevo, e no sentido da unidade em torno de objetivos comuns.
Mas é preciso haver cuidados para que não se cometam injustiças e nem se caia em velhas armadilhas.
Há, nitidamente, uma tentativa de setores conscientes e desonestos em incentivar a não presença de partidos nas manifestações. Estes setores têm medo que a pauta destas manifestações aponte para o coração do poder, para a área central de comando desta bandalheira que se tornou a relação do poder público com o setor privado em Imperatriz.
Há, nitidamente, uma tentativa de setores conscientes e desonestos em incentivar a não presença de partidos nas manifestações. Estes setores têm medo que a pauta destas manifestações aponte para o coração do poder, para a área central de comando desta bandalheira que se tornou a relação do poder público com o setor privado em Imperatriz.
Estas manifestações, com esta intensidade, vão passar, e esperamos que tenhamos saldos positivos, sobretudo na qualidade da democracia brasileira. E após estas manifestações passarem, nós continuaremos lá, nas ruas, fazendo contraponto à velha política e todos aqueles que roubam a dignidade do povo todos os dias: o latifúndio, os agiotas banqueiros, os empreiteiros corruptos, e todos os governos que atentam contra os interesses das maiorias. Portanto, nada de exclusão.
Os que estão vindo pra luta agora podem chegar, espalhem-se – esta democracia conquistamos assim, talvez você não tenha participado disto também, né? -, mas não excluam quem já estava aqui, coerentemente, defendendo o país e seu povo.
1 comentários:
PROTESTOS: NÃO CONFIEM NA GRANDE MIDIA
Alguém já viu a Globo gostando de povo nas ruas?
A Globo e o jornal Folha de São Paulo se apropriaram totalmente de um movimento digno, político, juvenil e maravilhoso para seus objetivos que são os piores.
A Globo é um monopólio midiático que apoiou e elegeu Collor A Folha manipula a tudo e a todos. A Globo e a Folha sabotam governos.Veja o vídeo
NO BLOG OS AMIGOS DO LULA OU NO YOUTUBE
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