12 de fevereiro de 2013

UMA ANÁLISE NESSE CARNAVAL DE IMPERATRIZ


O título deste post também poderia ser “ Um pouco de Gonzo Sadismo nesse Carnaval de Imperatriz”, em alusão ao poeta decadentista, meu amigo Jairo do Facebook. 

Como muitas almas perdidas me aventurei entre os blocos da folia momesca de Imperatriz para atônito fazer uma constatação: Seria um enorme desserviço a cultura local se as marchinhas não acontecessem. 

É o único momento plenamente de sentido para todas as esferas de função culturais e econômicas da cidade. Há uma movimentação de atores, nuances, com música, comidas tipicas, diversidade, que expressam a cara desse povo perdido em em meio a violência, Big Brother's, Axé-Salvador e pentecostalismos fundamentalistas. É a prova inconteste que carnaval e alegria podem sim andar juntos. 

Se é no olhar do outro que nós reconhecemos, para usar um termo recorrente a psicologia “os sujeitos são efeitos da linguagem e do discurso do outro”, diria que o Carnaval de Imperatriz mantem sex appeal e linguística próprias. Porém com uma certa inversão de estereótipos. 

É que por enquanto falta-nos auto-afirmação. O poder público [sempre ele] não pode ser sempre o polo irradiador dos eventos culturais na cidade, porém, precisa cumprir sua parte, por ora incompleta. 

Artistas devem ir aonde o povo está e proclamar sua arte, O poder público deve apoiar mas sem interferir no trabalho, algo aparentemente simples, mas de forma alguma fácil. Pelo visto. 

Não quero apenas criticar contra, quero elogiar também. Agora, não podemos regredir. Essa loucura toda do carnaval serve para alguma coisa: Analisar que nada continuará da mesma forma em uma sociedade humana pois tudo poderá sempre melhorar ou piorar. 

Do festival de marchinhas, para a virada cultural, passando pelo festival de cinema temático ou mesmo pelo artista desbocado que se veste de mulher e proclama sua poesia marginal – nossa geração ainda quer sonhar.
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