Já nos finalmente de nossa gestão a frente do Diretório Central dos Estudantes da UEMA aqui de Imperatriz e procurando refletir acerca dos vários fatores e questões que marcaram este um ano e pouco passado, resolvi registrar em forma de texto minhas impressões do que significou tudo isso para o Movimento Estudantil local e para nós mesmos, que atuamos dentro e fora da entidade, buscando construir e solidifica-la cada vez mais no coração e mentes dos estudantes.
E nada mais obvio do que começar falando do início, de como começamos. Afirmo a todos que de forma nada otimista, pois certo sentimento de incredibilidade baixava em nossas cabeças, como se houvéssemos apenas iniciado algo que não podia e nem deveria ser terminado, mas empurrado com os respectivos buchos (metáfora de cachaceiro).
Inclusive, só a titulo de curiosidade, eu deveria ter sido escolhido para pegar a coordenadoria geral da entidade, mas assim que formamos a chapa, percebi que o debate político não era muito bem aceito dentro do grupo inicial (inicial mesmo, porque depois algumas pessoas saíram, outras entraram), explico melhor: a gestão anterior, praticamente abandonou a entidade, ficando a sua frente apenas a companheira Suellen, que não tinha como humanamente levar nas costas toda uma serie trabalhos e empenhos que um DCE do porte do CESI/UEMA necessitava.
Pois bem, talvez o fato de eu ser filiado ao P-Sol, não tenha causado lá muita simpatia entre algumas pessoas que no principio pensavam em utilizar de alguma forma a estrutura do DCE, talvez por época de véspera de eleição, talvez por (anti) simpatia a minha pessoa mesmo, talvez (...)
Afinal, o nome que tínhamos como consenso era o do companheiro do curso de Historia, Iuri Petrus, cinefílo e sem vínculos diretos há nenhum movimento social especifico ou partido político (mas com posições políticas próprias), Iuri não se sentia muito a vontade com a idéia, por uma serie de complexas razões que talvez aqui não caiba enumerar, mas que eram bastante pertinentes para o momento. Na verdade éramos nós, eu e ele, quem nos dispúnhamos a estar puxando o debate e que naquele momento passava por certa apatia por parte dos outros colegas e companheiros.
Lembro-me claramente de ter comentado: “Iuri, pega essa parada aí velho, eu não vou te deixar sozinho”. Talvez quem esteja chegando agora pela UEMA não entenda o motivo de tanta preocupação, mas o fato era que as ultimas gestões tinham caído num total ostracismo, pois os os membros nem sequer terminavam de cumprir o mandato, deixando tudo nas costas do coordenador.
Uma serie de explicações lógicas determinavam esses fatores. O refluxo dos movimentos populares, junto da conjuntura política, por sua vez, ligada à condição de desreferencialização do sujeito ao qual o homem pós-moderno se encontrava, a concepção mediocrizante em que se encontravam calouros graças a falta de formação e informação, era os principais desafios. Não obstante, era também o momento em que os estudantes Brasil a fora ocupavam reitorias para garantir direitos básicos, fazendo com que muitos que diziam estar o movimento estudantil apagado engolissem suas conclusões.
Por aqui sabíamos enquanto gestão, e isso já era consenso, de que não tínhamos condições para tanto, mas que não podíamos deixar as coisas de forma avulsa, solta. Mesmo que para alguns estar no DCE, significava tão somente, tirar a carteirinha de graça, ser convidado pra fiscalizar vestibular e organizar festinhas, para outros haviam possibilidades mais profundas, ligadas há uma espécie de “faro”, que fazia-os ter um sentimento de pertencimento de verdade em relação a própria UEMA. De uma certa responsabilidade em relação a realidade, de não se permitir só estar dentro de aulas, de não ser mais um alienado.
Esses que assim pensavam, ficaram conosco até o final, mesmo em maior ou menor intensidade e é a eles que eu gostaria de dedicar essas palavras, e dizer que a gestão concluiu com sucesso suas intenções, ou seja, não nos furtamos ao desafio, estivemos presente sempre e mesmo com erros e acertos fizemos o debate político, tão necessário, para que o homem perceba sua importância dentro da sociedade e de como esta funciona. Todas as atividades: Simposios, cursos de formação, viagens a congressos, reuniões, atos publicos dentro e fora da universidade, inclusive sediando um encontro NO/NE da Via Campesina, nos fizeram perceber a riqueza e os problemas pela qual a sociedade brasileira perpassa,e se isso não for verdadeiramente o papel do estudante de universidade publica então teremos que inventar novas funções para este ser social chamado "universitario".
Muito embora os problemas estejam longe de serem solucionados, ainda há viva a chama do movimento estudantil dentro do CESI/UEMA, isso já é um começo, pois ela arde tal qual o fogo de monturo, que quando menos se espera surge alto e queimando tudo.
Bem, pra finalizar, gostaria de deixar o texto da companheira do DCE de São Luis Dayse Pestana, acho que de certa forma exprime as dificuldades, que por enquanto ainda passamos.
Esse é o desafio e o fardo do nosso tempo histórico. Não tememos enfrenta-lo
Ps: Presiso citar os companheiros kabecinha, Tabosa (DCE/JM) e Helton da CEMEG pelas contribuições. Gostaria de citar o nome de todos que contribuiram e contribuem de certa forma, mas aí haja dedos pra digitar...
E nada mais obvio do que começar falando do início, de como começamos. Afirmo a todos que de forma nada otimista, pois certo sentimento de incredibilidade baixava em nossas cabeças, como se houvéssemos apenas iniciado algo que não podia e nem deveria ser terminado, mas empurrado com os respectivos buchos (metáfora de cachaceiro).
Inclusive, só a titulo de curiosidade, eu deveria ter sido escolhido para pegar a coordenadoria geral da entidade, mas assim que formamos a chapa, percebi que o debate político não era muito bem aceito dentro do grupo inicial (inicial mesmo, porque depois algumas pessoas saíram, outras entraram), explico melhor: a gestão anterior, praticamente abandonou a entidade, ficando a sua frente apenas a companheira Suellen, que não tinha como humanamente levar nas costas toda uma serie trabalhos e empenhos que um DCE do porte do CESI/UEMA necessitava.
Pois bem, talvez o fato de eu ser filiado ao P-Sol, não tenha causado lá muita simpatia entre algumas pessoas que no principio pensavam em utilizar de alguma forma a estrutura do DCE, talvez por época de véspera de eleição, talvez por (anti) simpatia a minha pessoa mesmo, talvez (...)
Afinal, o nome que tínhamos como consenso era o do companheiro do curso de Historia, Iuri Petrus, cinefílo e sem vínculos diretos há nenhum movimento social especifico ou partido político (mas com posições políticas próprias), Iuri não se sentia muito a vontade com a idéia, por uma serie de complexas razões que talvez aqui não caiba enumerar, mas que eram bastante pertinentes para o momento. Na verdade éramos nós, eu e ele, quem nos dispúnhamos a estar puxando o debate e que naquele momento passava por certa apatia por parte dos outros colegas e companheiros.
Lembro-me claramente de ter comentado: “Iuri, pega essa parada aí velho, eu não vou te deixar sozinho”. Talvez quem esteja chegando agora pela UEMA não entenda o motivo de tanta preocupação, mas o fato era que as ultimas gestões tinham caído num total ostracismo, pois os os membros nem sequer terminavam de cumprir o mandato, deixando tudo nas costas do coordenador.
Uma serie de explicações lógicas determinavam esses fatores. O refluxo dos movimentos populares, junto da conjuntura política, por sua vez, ligada à condição de desreferencialização do sujeito ao qual o homem pós-moderno se encontrava, a concepção mediocrizante em que se encontravam calouros graças a falta de formação e informação, era os principais desafios. Não obstante, era também o momento em que os estudantes Brasil a fora ocupavam reitorias para garantir direitos básicos, fazendo com que muitos que diziam estar o movimento estudantil apagado engolissem suas conclusões.
Por aqui sabíamos enquanto gestão, e isso já era consenso, de que não tínhamos condições para tanto, mas que não podíamos deixar as coisas de forma avulsa, solta. Mesmo que para alguns estar no DCE, significava tão somente, tirar a carteirinha de graça, ser convidado pra fiscalizar vestibular e organizar festinhas, para outros haviam possibilidades mais profundas, ligadas há uma espécie de “faro”, que fazia-os ter um sentimento de pertencimento de verdade em relação a própria UEMA. De uma certa responsabilidade em relação a realidade, de não se permitir só estar dentro de aulas, de não ser mais um alienado.
Esses que assim pensavam, ficaram conosco até o final, mesmo em maior ou menor intensidade e é a eles que eu gostaria de dedicar essas palavras, e dizer que a gestão concluiu com sucesso suas intenções, ou seja, não nos furtamos ao desafio, estivemos presente sempre e mesmo com erros e acertos fizemos o debate político, tão necessário, para que o homem perceba sua importância dentro da sociedade e de como esta funciona. Todas as atividades: Simposios, cursos de formação, viagens a congressos, reuniões, atos publicos dentro e fora da universidade, inclusive sediando um encontro NO/NE da Via Campesina, nos fizeram perceber a riqueza e os problemas pela qual a sociedade brasileira perpassa,e se isso não for verdadeiramente o papel do estudante de universidade publica então teremos que inventar novas funções para este ser social chamado "universitario".
Muito embora os problemas estejam longe de serem solucionados, ainda há viva a chama do movimento estudantil dentro do CESI/UEMA, isso já é um começo, pois ela arde tal qual o fogo de monturo, que quando menos se espera surge alto e queimando tudo.
Bem, pra finalizar, gostaria de deixar o texto da companheira do DCE de São Luis Dayse Pestana, acho que de certa forma exprime as dificuldades, que por enquanto ainda passamos.
Esse é o desafio e o fardo do nosso tempo histórico. Não tememos enfrenta-lo
Ps: Presiso citar os companheiros kabecinha, Tabosa (DCE/JM) e Helton da CEMEG pelas contribuições. Gostaria de citar o nome de todos que contribuiram e contribuem de certa forma, mas aí haja dedos pra digitar...
Segue o texto de Dayse na postagem abaixo:
3 comentários:
eu entrei ja na metade dessa gestão,e nao conheci as passadas,então nao posso dizer qual foi melhor e qual nao foi...mas vi que houve um esforço relevante em relaçao as atividades sociais e espero realmente que a proxima gestão consiga superar essa nao para se vangloriar,mas que a cada gestão haja melhoras, e o que eu puder fazer para realizar essa mudança,eu farei...dentro ou nao do DCE,a ajuda será sempre bem-vinda,e parabéns pela postagem...beijos
olá, blog legal. tava navegando e entrei. política e história. parabens. o meu é sobre cultura e história do brasil imperial. se tiver interessado pode dar uma olhada ou me adcionar..
abraçoss, desculpa a invasão,.
leandro.
é quase isso... agora são novos desafios... saudades do dce-jm cesi/uema.
carlinhos, boa festas na vida pós dce-jm.
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