O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), iniciou uma série de diálogos com professores da Rede Pública Estadual, que percorrerá as 19 Unidades Regionais de Educação (URE’s) do Maranhão. Os encontros, que foram iniciados nesta quinta-feira (9), nas URE’s de Chapadinha, Pedreiras, Barra do Corda e Presidente Dutra, são denominados de ‘I Escuta Pedagógica’, que tem como foco principal a melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem do Ensino Médio nas escolas públicas maranhenses.
Os encontros estão sendo conduzidos por técnicos da Seduc e tem como tema central a elevação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), um dos maiores desafios da educação no Maranhão para os próximos anos.
Dentro dessa perspectiva foram apresentados os indicadores educacionais das escolas nas respectivas regionais, e, a partir disso, professores puderam elencar as dificuldades encontradas em sala de aula e apresentar suas proposições que possam levar à melhoria das práticas, elevando a qualidade da educação ofertada na rede, e, consequentemente, os índices educacionais. A participação quantitativa e qualitativa dos alunos da rede no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também esteve em debate.
Na Unidade Regional de Chapadinha, a Escuta Pedagógica aconteceu no auditório do Campus da Ufma e reuniu aproximadamente 150 professores dos 14 municípios que compõem a URE. O subsecretário de Educação, Danilo Moreira, que representou o secretário Felipe Camarão, em Chapadinha, ressaltou que as escutas são parte importante de um processo de gestão democrática e de busca constante pela melhoria da educação, iniciado pelo governador Flavio Dino, em 2015.
“Nossa meta principal agora é cuidar da qualidade da educação em cada sala de aula do Maranhão. Vamos alcançar este objetivo envolvendo estudantes, pais e gestores, mas sabemos que os professores são indispensáveis para melhorarmos a educação em nosso Estado”, destacou Danilo.
Gestão democrática em prol da melhoria dos índices educacionais
Os professores analisaram de forma positiva a ideia das escutas. “Isso demonstra, na prática, o espírito democrático da gestão do nosso governador Flavio Dino e, também, a postura da Seduc que se abre só para ouvir os professores, especialmente no aspecto pedagógico, que está precisando de atenção especial. O que nós vivenciamos aqui, com as proposições dos educadores, foi muito enriquecedor”, destacou o professor Jânio Rocha, do C.E. Dr. Otávio Vieira Passos, de Chapadinha.
“É extremamente salutar porque a gente está tendo a oportunidade de levar pra fora da escola, encaminhar pra Seduc, aquilo que a gente do discute entre nós professores, na nossa escola. Isso aqui pode ser um divisor de águas para a educação que a gente quer”, disse Joel Castelo Branco, professor de Matemática do C.E. Cândido Mendes, no município de Brejo.
A professora de Educação Física, Eliene Henrique Diniz, que leciona no C.E. Deputado Júlio Monteles, em Brejo de Anapurus, também enfatizou sobre a importância da ação. “Tudo em conjunto vale a pena, porque sozinho o professor não dá conta, não muda a educação. O que está acontecendo aqui é muito importante”, pontuou.
“Este é um momento histórico para a educação do Maranhão. Os nossos professores nunca tinham sido ouvidos para dizerem as dificuldades que enfrentam em sala de aula, na avaliação, e o que precisam para melhorar as suas práticas em sala de aula. Além disso, traz uma aproximação maior com a Seduc, com a educação”, afirmou a gestora da URE de Chapadinha, Leodenes Damer Baggio.
Na Regional de Barra do Corda, a Escuta Pedagógica também foi muito bem avaliada pelos educadores, que compreenderam o momento como oportuno para reflexão e para pensar em mudanças na educação da Rede Estadual, como ponderou a professora Dejanira Alves Ferreira. “Eu parabenizo a equipe pela iniciativa. Acredito que a partir do momento que o Governo se preocupa em ouvir o que os educadores têm a dizer já é um grande avanço. Acredito que nós professores estamos preparados para fazer muitas reflexões a respeito de nossa prática pedagógica. Somos conscientes dos resultados e este é um momento de fazermos reflexões sobre nossas práticas pedagógicas, porque esses resultados são reflexos de nosso trabalho. O que está sendo avaliado é o nosso trabalho. Nós como educadores temos que ter essa preocupação de refletir sobre a nossa prática e dar o melhor da gente. O Governo está tendo suas inciativas, já ouve a ampliação, e agora nesse momento ele quer ouvir o que nós pensamos. É um momento de refletir e mudar”, realçou.
“O encontro é um novo momento para a educação maranhense. É uma ação que fortalece a qualidade do ensino no Maranhão. Participar da elaboração das propostas pedagógicas nos faz acreditar que juntos poderemos reverter o quadro educacional do Estado. A nossa participação direta nestas propostas se configuram como um ato de democratização da escola pública”, reconheceu a professora Rosimeire Calado, do C.E. Rio de Janeiro, no município de Fortuna.
“É perfeita essa ação. É uma marca do Governo Flávio Dino ouvir as pessoas que estão trabalhando na base. É muito importante ouvir os professores, pois eles estão ali, no dia a dia com os alunos e sabem das reais necessidades. O Governo é uma gestão democrática que antes de implementar mudanças ele ouve as pessoas que diretamente serão beneficiadas”, Cláudio Braga, diretor da URE Barra do Corda.
A diretora pedagógica da URE Pedreiras, Helena Ximenes, evidencia a relevância do momento na construção de uma política educacional voltada para a diversidade sociocultural. “É uma iniciativa singular do governo do Maranhão e representa um espaço fundamental onde os professores podem contribuir para a construção de uma política educacional que respeite e acolha toda a diversidade social e cultural do Estado. E atende de fato os anseios de todos os maranhenses, que é ter uma educação de qualidade. Representa um avanço na construção de uma política pública democrática e inclusiva”.
“Bem aceita por todos os participantes por demonstrar que a Seduc está preocupada com o resultado das práticas pedagógicas e, ao mesmo tempo, contemplar os docentes com o direito de fazer análise de situações presentes no cotidiano escolar e ainda propor melhorias nas aulas ministradas. Na elaboração do planejamento, avaliação e formação continuada”, ponderou a professora de espanhol, Rita Pereira, do C.E. Oscar Galvão.
A partir destas proposições coletadas e sistematizadas, a Seduc partirá para a tomada de decisões, levando em consideração as demandas e sugestões apresentadas pelos professores. “As escutas são parâmetros para tomadas e decisões de estabelecimento das políticas educacionais, a partir de tudo que discutimos e ouvimos nestes encontros”, explicou Claudiney Rodrigues, superintendente de Modalidades e Diversidades Educacionais da Seduc.
A I Escuta Pedagógica prossegue nesta sexta-feira (10), nas Regionais de Itapecuru e Santa Inês. Na próxima quarta-feira (15), será a vez dos educadores das regionais de Bacabal, Viana e Caxias. No dia 16 (quinta-feira), o diálogo será com professores de Rosário, Pinheiro e Timon. Dia 20 (segunda-feira) em Balsas, Codó e Imperatriz; dia 21 (terça-feira) nas cidades de São João dos Patos, Zé Doca e Açailândia. A última fase acontecerá em março, em São Luís, com data a ser definida.
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