As eleições serviram para ampliar o processo democrático. Um dos efeitos colaterais disso foi que muitas pessoas deram vazão para seu ódio de classe e etnia. A prova são os comentários contra os programas assistenciais do governo e, pasmem, contra os nordestinos. Boa parte das pessoas que iriam votar em Aécio não sabem, mas o candidato tucano iriam ampliar o programa. SP deu a maior votação proporcional a Dilma. Ponto final.
Esse ódio e essa sanha toda não são exclusividade só dos eleitores do sul/sudeste. A intolerância o preconceito e o caráter fascista estão presentes até mesmo aqui nas terras do frei.
Conhecidos meus, gente que se tinha por interessante e bacana vociferaram as maiores aberrações em uma posição que avalio nem era por achar o candidato tucano melhor. Mas sim por um sentimento antipetista que beirava o ódio. Já comentei aqui neste blogue por que resolvi pedir votos pra Dilma. Parece que minha avaliação foi certeira.
Mas o que ganham estes infelizes com o destilamento de tanta raiva? O sentimento antipetista está no ar e de onde vejo me parece ser a revolta contra uma pesada carga tributária, o crescimento dos índices de violência e o desejo de mudança. Infelizmente reivindicam a mudança de forma errada. Alternância pela alternância não gera substancia.
Um amigo meu professor me fez o seguinte desenho: o governo ampliou a classe média, que agora acha que é classe rica, que agora vai votar na Direita, para depois quebrar a cara e voltar pra um governo mais a esquerda. Seria um ciclo. Faz sentido. O sentimento "coxinha" está no ar ainda, porém ele só vai durar até o próximo fim de semana com a cerveja gelada e o bate papo com os amigos, talvez até o reveillon. Finda de vez no Carnaval e o Nordeste será o melhor lugar do mundo.
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