10 de março de 2014

CONTINUAÇÃO DE 300 E O NOVO ROCOBOP: DIVERSÃO E DECEPÇÃO


Estreou esses dias nos cinemas dois longas que eu aguardava com certa ansiedade: A nova versão de "Robocop" e "300: Ascensão do Império" . Minhas impressões abaixo:

Robocop

O diretor é o brasileiro José Padilha, o mesmo dos fabulosos "Tropa de Elite I e II". Confesso que esperei muito desta refilmagem de um clássico do cinema-pipoca. 

A primeira versão do Robocop assisti no ano de 1991 (ou foi 1989?) numa sessão lotada, domingo a noite, no extinto Cine Marabá. A cena do bandido sendo atropelado depois de tomar um banho de ácido sulfúrico nunca mais saiu da minha cabeça. O diretor Paul Verhoeven mandou muito bem tanto na forma quanto no conteúdo.

Já a nova versão nem tanto. Pelo menos eu achei. Alguém me explique o sentido daquele personagem do Samuel L. Jackson? Que cara sem graça. Canastrão até.

E sinceramente o final foi broxante. A cena se desenvolve num heliporto. Talvez ali tenha sido a principal ratadada do filme que em quase duas horas de duração me pareceu tentar passar uma mensagem legal utilizando-se do roteiro-pipoca. Não deu muito certo desta vez. A versão original de Verhoeven venceu.

300: Ascensão do Império

Em 2006 o diretor Zack Snider ganharia a alcunha de visionário (e minha admiração) graças a idéia de transpor para a telona a mesma sensação de ler uma Graphic Novel do monstro Frank Miller. Mais ainda: "300" viraria filme cult instantaneamente pela atuação de Gerald Butler (Leônidas), suas frases épicas e as cenas de ação em slow-motion.

A continuação de tudo isto teria que suar muito a camisa pra ser melhor. Acabou não sendo. O diretor novato de "Ascensão do Império", Noam Murro, conseguiu no máximo uma boa dose de repetição. Até mesmo no nome do filme os "300".

O destaque fica pela boa atuação de Eva Green como Artemísia. A melhor personagem sem dúvida. Os diálogos não são tão formidáveis quanto o anterior e  a versão 3D deixa a desejar nas cenas noturnas. 

No geral o filme é uma boa diversão para quem quer ver de volta o clima do primeiro "300".
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