25 de julho de 2013

O PAPA É POP E A IGREJA DA PLASTICIDADE


Constatações óbvias a parte: o Papa vem sendo tratado como pop star e a Igreja Católica mostra força depois de ter seus pecados milenares e contemporâneos sendo flagrantemente escancarados.

Nem vou me adentrar muito neste aspecto. O hermano Bergoglio chegou por aqui desfrutando de enorme carisma, bom de lábia, afirmando não trazer nem ouro ou prata, mas sim muito amor. Porém sabemos: grana não falta ao Vaticano.

Mas afinal, o que faz um Papa ter tanto sucesso assim?

E o que afinal significa ser católico ? 

Verdade seja dita a Igreja de Roma aprendeu que não basta ter grande número de fieis sem que estes sigam seus mandamentos. Daí vem o seu poder. Nos dias atuais você pode até ser espirita, usar a camisinha, divorciar, abortar, não crer na infalibilidade papal, na Virgem Maria, nem no Inferno,e no entanto, se reivindicar católico.

Papa Francisco vêm fazendo portanto o oposto que seu antecessor ao perceber  que um líder religioso não pode contar com a submissão automática de súditos. Precisa conquistá-los e conquistá-los, dia após dia, vencer pela sedução, e relevar infidelidades e heterodoxias. É o exato oposto da postura de Bento 16.

Essa é a característica da igreja que sempre simpatizou com a plasticidade. Afinal não foi o Cristianismo a religião abraçada pelo "republicano" Império Romano ? Que soube agregar todos [as] que quisessem crer ? que soube criar uma Virgem Maria para cada lugar no mundo, branca, pretinha ou amarela ? Que soube se revolucionar conservadora e modernizadora ao mesmo tempo vide Concilio Vaticano 2 e Teologia da Libertação?

Nos meus tempos de escola éramos obrigados a rezar o Pai Nosso, a Ave Maria, não importando se seu pai era ateu, budista etc. Se reivindicar católico naquele tempo era obrigação. Avançamos muito pois hoje em dia percebo uma melhor e mais democrática convivência e até os Ateus estão saindo mais do armário.

Precisamos defender nossa liberdade radical de acreditar ou desacreditar naquilo que quisermos. Afinal de contas nem todo mundo vai ser ateu, evangélico, católico ou muçulmano, Trata-se de criar um estado que trate todas as crenças - das maiorias, das minorias, do indivíduo - de maneira equânime, e portanto, equidistante, sejam elas de fundo religioso ou materialista. Com intolerância reservada somente aos intolerantes. 

Estamos mais perto disso que antes.
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2 comentários:

Anônimo disse...
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Unknown disse...

http://ideiaseideaisdiversos.blogspot.com.br/2013/07/r120-milhoes.html