Nota Pública: A POSIÇÃO DO PSOL NO SEGUNDO TURNO
DAS ELEIÇÕES DE SÃO LUÍS
1. O PSOL é um partido novo. Com apenas sete anos, 2012 foi nossa segunda eleição na capital. Ampliamos eleitoralmente, ainda que pouco, mas, sobretudo, crescemos politicamente e com solidez. Em 2008, obtivemos 0,37% dos votos (1.825) e a chapa de vereadores 1.455 votos. Nesta eleição de 2012, com os 4.074 votos (0,80%) dados ao nosso candidato a prefeito e os 2.924 votos dados aos nossos vereadores, alcançamos um crescimento superior ao dobro da eleição anterior. Agradecemos esse desempenho aos homens e mulheres que votaram livremente.
2. Mas o balanço não é apenas numérico, é político também. Este momento constitui-se nosso ponto de partida para construir em torno do PSOL uma nova alternativa. Plantamos a semente de uma oposição de esquerda, nas lutas e sem medo das urnas. Nosso projeto não é para esta ou aquela eleição, mas pela transformação da sociedade rumo à emancipação humana.
3. E fizemos isso diante do abuso de poder econômico e político, da manipulação de pesquisas, do isolamento e da disputa de espaços entre oligarquia e seu PT, a oposição consentida (do campo PSDB-Castelo/José Reinaldo ao campo do PTC-Edivaldo/Flávio Dino e suas principais lideranças - Almir Macedo, Weverton Rocha, Aziz Santos e Roberto Rocha -, passando pela Resistência Petista que se absteve de aprofundar sua opção pelo rompimento com a estratégia predominante no partido) e a esquerda anti-eleitoral, há 20 anos apenas demarcando espaço.
4. Deixamos nossa marca. As denúncias:
- das propostas mirabolantes (do VLT ao GPS);
- da exploração de nossa gente sem trabalho e submetida ao "subemprego" e exploração dos bandeiraços de Washington, Castelo, Edivaldo e até Eliziane Gama;
- das alianças ocultas, da armação política para a falsa dicotomia entre Castelo (“terminarei minha carreira política com este segundo mandato, fechando com chave de ouro”) e Edivaldo (“vamos esquecer as brigas do passado e fazer um pacto por São Luís”), quando ambos não rejeitaram qualquer apoio da oligarquia Sarney para este segundo turno.
5. Nosso programa de TV não artificializou nosso candidato como um produto de supermercado. Não proferiu mentiras. Mostramos os problemas da vida real, sem medo de perder votos. Pautamos os principais temas da campanha:
- fomos os primeiros a tratar das praias impróprias para banho;
- colocamos o debate da homofobia;
- propusemos a regionalização da administração, tendo-a como ponto de partida para a implantação da escola integral e a revitalização das unidades mistas de saúde;
- debatemos o transporte publico e fizemos a defesa da catraca livre, etc.
6. Ante tudo isso, não há outra posição a tomar no segundo turno: DEFENDEMOS O VOTO NULO.
7. A lógica da eleição em dois turnos (de votar no melhor no primeiro turno, e no menos pior no segundo), só vale quando entre opções diferenciadas: Castelo e Edivaldo têm a mesma origem oligárquica, a mesma concepção de gestão da coisa pública em benefício privado e estarão juntos em 2014 no acordão da unidade das oposições (consentidas).
8. Esse NÃO É O CAMPO DO PSOL, do socialismo e da liberdade: nem a velha dissidência oligárquica, nem a falsa nova oposição: Votamos NULO no segundo turno desta eleição!
São Luís (MA), 10 de outubro de 2012
Partido Socialismo e Liberdade
Executiva do Diretório Municipal de São Luís
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