10 de janeiro de 2012

PREFEITURA DE IMPERATRIZ CONTESTA HIDRÉTRICA: ENTENDA O DESCASO DA INUNDAÇÃO

(Na foto: Gerentes responsáveis pela UHE Estreito: A esquerda Isac Cunha))

Em termos exclusivamente técnicos uma usina hidrelétrica além de ser um complexo arquitetônico, é um conjunto de obras e equipamentos que tem por finalidade produzir energia elétrica através da força hidráulica de um rio.

Todavia, para além das forças desenvolvimentistas, poucas são as abordagens que consideram que esse empreendimento apresenta impactos que, em muitos casos, são pouco relevados no momento de apreciá-lo. Basicamente, como todo empreendimento energético, as Usinas Hidreléctricas geram impactos ambientais como o alagamento das áreas vizinhas e aumento no nível dos rios, podendo mudar o curso do rio represado, prejudicando a fauna e a flora da região.

Boa parte do setor energético no país vê nas construções de novas barragens a possibilidade de elevação a um nível macroeconómico de aceleração das forças produtivas. Aliados ao capital internacional, esses empreendimentos pouco promoveram o debate público, e quando o fizeram não responderam satisfatoriamente às questões das populações locais, provocando enormes passivos sociais para as comunidades que têm as suas terras inundadas e são obrigadas a deixar o local onde vivem. O Rio Tocantins, assim como toda a Amazônia Oriental, em especial o sul do Maranhão, tem sido objeto de inúmeros outros projetos de desenvolvimento, de caráter altamente impactantes e transformadores da estrutura social e natural.

Recentemente o CESTE (empresa responsável pela Hidrelétrica de Estreito) abriu as comportas deixando diversos ribeirinhos desabrigados em vários municípios. O pior disso tudo é que ninguém é responsabilizado pelos prejuízos sofridos. Em Imperatriz a Prefeitura afirma que foi pega de surpresa. O Secretário de Defesa Civil do município Sr Chico do Planalto acusa o CESTE de não ter avisado com antecedência para que ações de mitigação pudessem ter sido tomadas a tempo.

Já o CESTE afirma em uma nota pública que todos os municípios foram avisados. Engraçado. NINGUÉM tomou qualquer precaução em lugar nenhum.

O PAC e sua lógica desenvolvimentista

O caráter desenvolvimentista é o grande gargalo da história para o PAC (principal agente fomentador das UHE's). A série de investimentos que estão sendo feitos em infraestrutura, essencialmente em geração de energia e logística para transportes, aprofunda o modelo colonialista iniciado por franceses, ingleses e espanhóis que há quatro séculos destruiu civilizações inteiras como maias , incas e astecas bem como “malinou” com todos os povos assim chamados pré-colombianos - Em especial na Amazônia, onde a  monarquia teve significativa intervenção no sentido de proporcionar um pano de fundo atraente aos desbravadores e bandeirantes no inicio do século XVI, passando pela urbanização e industrialização inglesa do período XIX/XX, pelas estradas e desbravadores de JK nos anos 50, até os dias atuais com este PAC do século XXI. Portanto vemos  a continuidade do quadro progressivo de destruição da biodiversidade, das populações autóctones em nome da lógica do mercado global capitalista.
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4 comentários:

Anônimo disse...

Num dá pra entender, a Defesa Cilvi diz que foi pega de surpresa com a enchente do rio Tocantins e acusa o Consórcio da Hidrelétrica de Estreito por não avisar a tempo quanto à abertura das suas malditas comportas. O consórcio nega e diz que avisou a tempo(que bomzinhos). A pergunta que fica é: quem tem mais culpa, a Hidrelétrica com seu Grande Projeto destruidor de vidas ou a Defesa Civil (Leia-se:Chico do Planalto)que só tem trabalho (pelo menos que eu saiba) uma vez por ano e ainda é pega despreparada pra cuidar dos ribeirinhos?

Prof Gilmar

Carlos Leen Santiago disse...

Sem querer defender a defesa civil muniicpal, mas creio que esta historia do CESTE ta mal contada caro professor Gilmar. Nenhum municipio conseguiu evitar os prejuizos.

AMIGO DE SR LUNGA disse...

Carlos Lee,eu acho que todo mundo que se propoem a morar,construir,fazer investimentos dentro da calha dos rios,tem que irem nas aguas dos mesmos.Isto não é enchente ou acidente.ISTO É UMA INDUSTRIA,QUE TEM MUITOS BENEFICIARIOS,INCLUSIVE POLITICOS E lideres comunitarios,PEQUENOS COMO AQUI ESTÁ ESCRITO.a LEI AMBIENTAL NÃO PERMITE CONSTRUÇÃO DENTRO DA CALHA DO RIO.aMIGO DO SR LUNGA

Anônimo disse...

CONCORDO COM O AMIGO DO SR LUNGA. ESSE POVO AI TEM E QUE DESCER NA AGUA DOS RIOS E SEM MORRER PRA VER SE APRENDEM OH POVINHO QUE GOSTA DE ENRIQUECER VAGABUNDO E POLITICOS!!!!!!!!!!!!!!11