16 de janeiro de 2012

LEITE E QUEIJOS CONTAMINADOS PODEM ESTAR SENDO USADOS EM RESTAURANTES DE IMPERATRIZ


O Sindicato das indústrias de leite do Maranhão, com o apoio da Promotoria de justiça de defesa do consumidor de Imperatriz-MA realizam campanha contra o leite clandestino, aquele que é vendido pelas ruas, nos famosos latões.

A comercialização de leite "no latão" é um risco a população. O perigo é a falta de segurança da qualidade do leite. O risco de contaminação microbiologica através da sua manipulação inadequada é muito grande, sendo este fato potencializado pelo transporte no latão, que piora ainda mais a qualidade final do produto.

Para um leite que não sofreu nenhum tipo de tratamento térmico, a falta de refrigeração durante o seu transporte é o "atestado de óbito" do produto, onde esse leite atinge níveis de multiplicação microbiana altíssimos, tão altos que a tradicional "fervura caseira" não consegue diminuir estes índices a níveis aceitáveis para o consumo. Além disso, o tratamento térmico não é eficaz para certas toxinas produzidas pelos microorganismos, que se mantém no leite mesmo após a fervura, causando DTAs.

O leite clandestino tem desconhecido seu tempo de retirada, não tem nenhum tipo de rastreabilidade e não há um controle mínimo de qualidade assegurada em relação aos seus produtores. Ao contrário dos latícinios regulares, que possuem laboratórios de controle de qualidade para a recepção da matéria-prima e um controle de fornecedores.

Já o queijo clandestino, além de herdar os problemas do leite clandestino do qual é feito, é fabricado com insumos inapropriados, sendo registrado até o uso de sal bovino. Possui uma produção precária, realizada em ambientes mal-preparados (mesas de madeira, colaborador mal preparado, desprotegido). A embalagem do queijo clandestino é realizada de forma errônea, sem um controle de data de fabricação, origem, tabela nutricional, produtor, local de produtor e empresa responsável e sem nenhum tipo de sifagem.

Outro ponto importante da campanha é que retirando este produto do mercado, não só evita o consumidor ter acesso direto a estes produtos, mas evita o acesso indireto. Alguns proprietários de Unidades de Alimentação, como restaurantes, pizzarias e lanchonetes, usam de ma-fé e se abastecem desses produtos para sua produção, por serem mais baratos. Desta forma, trazem riscos ao consumidor e que este consumidor, infelizmente, corre sem saber.

O único porém, da campanha, fato que ja tive a oportunidade de comentar junto ao promotor do consumidor, Sandro Bíscaro, é a confusão no uso do termo técnico in natura como sinônimo de clandestino. Há leis dos orgãos da saúde que regulamentam a comercialização dos produtos in natura, sua rotulagem, etc.
Desta forma, não necessariamente o produto in natura, é clandestino, pois é um produto que pode ter sua regulamentação adquirida nos orgãos responsáveis e estar de acordo com seu respectivo PIQ e demais exigencias legais.

Vamos divulgar, pois esta campanha é de interesse de todos, e principalmente da população que não pode mais ser lesada e colocada em risco. 

André Luis é Engenheiro de Alimentos e escreve no blog  Indústria & Tecnologia de Alimentos
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4 comentários:

Anônimo disse...

Doido de quem consome leite e queijos produzidos aqui da região.A falta de higiene e controle é total.Tem produtor de leite,que coloca formos para que o leite não azede,antes de chegar ao laticinio.Formol se usa para segurar defuntos,até o enterro.
Tem queijeiras no interior do municipio de Açailandia,que as pessoas não sabem faz o queijo na pocilga ou se cri os porcos dentro da queijeira.Istp é o padrão,e todos da vigilancia sanitaria do municipio,sabem e conhecem bem de perto o problema.Mas aqui na região é uma terra sem lei.Lá em Imperatriz forjse ate o leite tipo A,que o produtor nem sabe o que é.A Aged de Imperatriz conhece todo o assunto e não age.
Aqui de Açailandia tem um comprador de queijo bosta, que manda mais de 30 toneladas por semana,para São Luiz,teresina e Fortaleza,sem nenhum documento de inspeção,fiscal e de origem.è um crime que todos conhecem e ninguem fala nada

André Luís de O. Cavaignac disse...

Não podemos generalizar. Aqui na região é produzido também um dos melhores portifólios leiteiros do brasil. Temos que tomar cuidado e evitar aqueles produtos que vêem a luz do dia através da clandestinidade. Optar por produtos legalizados, que tenham controle de qualidade e inspeção, com profissionais do ramo alimentício devidamente habilitados cuidando da sua produção.

Carlos Leen Santiago disse...

Vejam só essa http://carlosleen.blogspot.com/2010/11/saude-publica-bisnagas-de-ketchup.html Saúde Pública: Bisnagas de ketchup provocam doenças em imperatrizenses. Essa nota do blog fiz em 2010 ainda!! De lá pra ca nada mudou.

Anônimo disse...

aqui é cidade sem lei,é leite vendido de todo jeito,sem higiene.é remedios vendidos em feiras botecos e de porta em porta,é raizeiro com comercial em radio, dizendo que cura todas as doenças,que nem um médico conseguiu curar. onde está o sindicato dos médicos,e vigilancia sanitária do municipio e do estado.