9 de março de 2011

Ultraje a Rigor em Imperatriz

Não meus caros leitores ansiosos. Ainda não será dessa vez que teremos um show de qualidade por aqui. Eu tinha uns seis anos de idade quando a banda paulista “Ultraje a Rigor” colocou os pés nestas terras timbiras. Parece-me que o rock nacional naquele momento vivia um processo de ascendência no que diz respeito ao gosto popular. Shows aconteciam com maior freqüência, artistas apareciam do nada, muita música era lançada, de qualidade, leia-se.

Hoje em dia isso também acontece. Temos ainda a internet que possibilita um acesso maior ao que é produzida nacional e internacionalmente, coisa que naquela época era impensável. Você tinha que ralar bastante pra conseguir material de verdade. Então fica a pergunta: Por que caímos tanto no que tange a qualidade de shows musicais em Imperatriz?

Na minha humilde opinião o rock nacional atual tinha que acabar e ressurgir de novo tal qual uma Fênix mitológica renovada. O Restart não deveria ser a banda responsável pela a nova efervescência musical da cena. Mas entre o que a gente deseja e o que está posto na realidade existe uma enorme diferença.

Claro que não tem como comparar um som niilista tipo “A gente somos inúteis” a bobagens do quilate de “Levo comigo” ou “Pra você lembrar”. Há uma clara perca de qualidade estética e de linguagem aí. O grande problema (se é que existe esse grande problema) é que tanto o Ultraje como o Restart possuem uma matriz genealógica em comum: som no limite do minimalismo, quatro garotos tocando e o visual escabroso que horroriza pais e professores. Em outras palavras isso é rock in rol.

Podem me xingar até a terceira geração por chamar o Restar de rock se quiserem. Gostaria de só lembrá-los que todos nos tivemos um dia catorze anos e já tivemos nosso momento “coisas bobocas”. Uns cresceram, outros não e alguns acabaram descobrindo coisas de qualidade na industrial cultura de massa ou ainda vivem dela. Não vou entrar nesse mérito.

No mais olhando para a imagem do cartaz de divulgação do Ultraje me deu uma baita vontade de ouvir o Ramones e imaginar que um dia poderei assistir um show de qualidade nestas terras timbiras. O ano desse show foi 1987 em comemoração ao aniversário de hum ano da Rádio Mirante.

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8 comentários:

Isnande Barros disse...

Fiquei animado.
Achei que era uma grande novidade na cena musical da nossa terra.
Nadinha, aqui só axé e sertaneja.
Mas foi engraçado.
Abraço.

Anônimo disse...

falta som na praça, podemos ser o grito no oco de um vulcão para despertar o fogo que parece morto.

Jorlan Oliveira disse...

Carlos compartilho de seu sonho, tenho 27 anos e sonho em um dia assistir em Imperoza bandas como: Teatro Mágico, Paralamas do Sucesso, Nando Reis -nossa vai estar mês que vem na ilha SLZ-, Kid Abelha.. Atualmente/infelizmente minha amada Imperatriz ainda embalada por "mulher maravilha e super homem aff.." fez maior sucesso no carnaval de salvador, Banda "Batidão", restart isso é o q? rock? gritaria?, essas bandas de rock emergentes estão denegrindo os ouvidos das pessoas acostumadas com coisa de qualidade.
Ainda bem que o sertanejo universitário existe juntamente com alguns locais como o nosso "Buteco do Frei" com MPB e musicas regionais.

Abraços..

Blog do Marcelo Lira disse...

Foi-se o tempo em que Imperatriz tinha shows de qualidade, vivemos o momento da música decartável e totalmente comercial voltada a indivíduos que apenas atentam para a batida ou o pancadão. Ainda me lembro do show do PARALAMAS DO SUCESSO que fui, aos 11 anos, wm 1988, no antigo Balneário Estância do Recreio às margens do Tocantins, foi uma noite de muita chuva e ROCK NACIONAL de 1ª qualidade...

Anônimo disse...

ahahaahahh Sacanagem! Eu lembro desse show. De todos os shows de rock que ocorreram aqui, há dois q não fui: este do Ultraje e do Lobão. Do Ultraje eu era muito moleque, mas eu lembro do comercial, lembro da Mirante entrevistando o Roger, na época cabeludo. Lembro q era um ano de Mirante. Reza a lenda q eles ficaram no Poissedon, e o carro demorava pra buscar eles, então foram andando até o Juçara. Do Lobão, eu já era meio crescido, mas meus irmãos não me levaram, não sei pq :-( Eu fiquei ouvindo o show lá de casa...

Gonzo Sade disse...

Porra!

Gonzo Sade disse...

Porra!

Anônimo disse...

Não mandei nascer na decada errada!!! rssss
ass. Wagner