19 de agosto de 2009

Eleições 2010 ( Presidente)

As eleições de 2010 se aproximam. O quadro político segue tenso e por hora ainda o cenário de disputa não foi definido. Temos como certeza alguns aspectos como o fato de que nas eleições presidenciais a figura de Lula não mais disputará o pleito, sendo escolhido posteriormente o nome na qual o projeto petista deverá ser levado a cabo.

Por outro lado teremos a candidatura abertamente de direita capitaneada pela turma tucana (PSDB) de São Paulo, liderados nesse processo por amplos setores da burguesia paulista e pela figura de Jose Serra, atual governador.

As ultimas pesquisas eleitorais definem Serra na dianteira, Dilma (PT, caso ela seja candidata) razoavelmente atrás e Heloisa Helena (PSOL) com índices expressivos, tendo ainda outros nomes citados. Este quadro mostra que a disputa principal está sendo construída para ser ao redor dos dois pólos políticos que sustentam a burguesia no país, PT e PSDB.

O governo Lula segue tendo força na sociedade e para que se entenda como o governo do PT consegue esta façanha, a definição do projeto petista deve ser melhor qualificada: o PT consegue ser o carro chefe de um projeto burguês de acumulação, unindo setores industriais, agroexportadores, banqueiros e com capacidade de manter, pelo menos ate o momento, uma estabilidade política e redução da polarização de classe à medida que conseguiu amalgamar interesses burgueses com os interesses da burocracia sindical.

Num contexto como esse, fica fácil ser o principal agente do imperialismo na America latina, esta unidade entre setores burocráticos e burgueses. Caso lance Dilma como candidata, entendemos esta como principal nome para representar as hidrelétricas, dos setores da burguesia que orbitam em torno do PAC.

Ainda teríamos o nome de Ciro Gomes, mas este não tende a ser um nome de força da esquerda. O PCdoB, com sua política oportunista, ora discute apoio ao PT, ora ao PMDB, mas não chega ao ponto de realmente lutar por uma candidatura própria ou de um campo próprio para presidente. Por sua vez o PDT não tem candidato.

Caberá ao PSOL, PSTU e PCB buscar a unidade e demonstrar uma candidatura que possibilite ser um instrumento de uma verdadeira revolução democrática que se realizará através da participação direta do povo brasileiro. Este deverá ser um grande momento para todos que ainda acreditam no socialismo e na liberdade.
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1 comentários:

WILSONLEITE disse...

Camarada Carlos Leen,

Ótima leitura da conjuntura que se constitui. Bom saber que apesar de discutirmos outras variantes o nosso desejo, nossa postura e como vemos a política se unifica.
Precisamos preparar outros camaradas para ocupar esses espaços de discussões, mantendo sempre a coerência para não recorrermos ás velhas práticas pelos simples fato de obter um cargo.