Nunca foi tão fácil ser oposição no Brasil, ainda mais em se tratando de Jair Bolsonaro a frente da república. Talvez isso explique as chamadas para um ato do próximo dia 15 de março, em tom de desespero, feito por parte de setores do bolsonarismo que se veem em franco isolamento.
O partido de Bolsonaro, o “Aliança pelo Brasil” obteve menos de 1% das assinaturas necessárias para ser criado. O presidente segue sem legenda, perdendo apoio no Congresso, na alta cúpula militar e sendo criticado por boa parte dos governadores do Brasil.
Para piorar a situação, o próprio presidente da república compartilhou um vídeo chamando a população e apoiadores para o tal ato de 15 de março. Uma estratégia de defesa que gerou pesadas críticas do presidente da câmara federal, Rodrigo Maia (DEM/RJ). O clima azedou.
Quem também se manifestou negativamente sobre a postura do Presidente foi o decano do STF, Celso de Mello que afirmou esta semana que “Bolsonaro não está à altura do cargo”. Em outro embate, desta vez protagonizado pelo Presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM/AP) e o ministro de segurança institucional Gen. Augusto Heleno, deixou -se bem claro que a temperatura subiu entre poderes Legislativo e Executivo. Panos quentes parecem que já foram distribuídos. Interlocutores de Bolsonaro no Congresso estão tendo trabalho dobrado esses dias.
Frente Democrática
Há indícios de uma poderosa frente democrática sendo gestada por conta de tantos desacertos e ataques a ordem democrática. Artistas, líderes do Congresso e Senado, FHC, Lula, os governadores do NE e até o de São Paulo, João Doria, teceram pesadas críticas ao destrambelhamento extremista.
Por outro lado, os bolsonaristas parecem meninos danados que atiram pedras e saem correndo. Estão sem argumentos e a central de bravateiros está quieta por enquanto.
O termômetro será as ruas. Vamos ver quantos seguidores reais estarão nela para defender um governo que até agora não conseguiu mostrar a que veio.
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