Na manhã desta quarta (18), a comunidade surda esteve na Câmara Municipal para mostrar assistir a votação de emendas propostas por parlamentares no projeto enviado pelo executivo e para mostrar seu repúdio contra a terceirização dos cargos de intérpretes, tradutores, instrutores de libras e também os de braile, suas exclusões dos concursos e sua extinção dos cargos dos quadros da prefeitura.
O ministério público na pessoa do titular da promotoria de defesa do idoso e da pessoa com deficiência, Joaquim Júnior, esteve presente para acompanhar e garantir os interesses da comunidade surda.
O presidente José Carlos Soares informou que as emendas estão tramitando nas comissões e que irão ser votadas o mais rápido possível, mas que não aconteceria na manhã de ontem por que a Câmara obedece os tramites legais, cumprindo o regimento e a lei orgânica para que não hajam vetos ou anulações, prejudicando os próprios interessados, além disso não havia quorum suficiente para votação, mas os votos pela retirada da lista de extinção e terceirização já são suficientes e garantem a permanência dos profissionais nos quadros do município. Ainda na última terça, os vereadores estiveram reunidos na sala das comissões o dia todo para deliberar e resolver todas as pendências ligadas a esse assunto.
Protocolada a retirada de todos os profissionais ligados à educação
Por falta de quorum para realizar a ordem do dia, a sessão foi encerrada antecipadamente o que não agradou os vereadores de oposição, que estavam em discussão na sala das comissões, este sendo o motivo de suas ausências do plenário.
“Mais uma vez a base do governo municipal quer comandar a Câmara. Enquanto estávamos discutindo assuntos pertinentes com os interessados e o promotor Joaquim, encerraram a sessão”, disse Bebé Taxista, que juntamente com Ricardo Seidel, Ditola, Carlos Hermes, Pedro Gomes, Aurélio e Sgt Adelino protocolaram junto com a comunidade surda a emenda na lei da terceirização, retirando da lista os cargos de intérprete, instrutor, tradutor de Libras e ledor, tradutor, transcritor e revisor de Braile, bem como professores de educação especial lotados na secretaria municipal de educação, que não mais serão alcançados pelo regime de trabalho terceirizado.
“A comunidade surda não quer essa terceirização. Já retiramos o quesito da extinção desses cargos e agora estamos também retirando eles da terceirização. Protocolamos hoje as emendas como o presidente da casa e aguardamos a votação que deve acontecer nesta quinta”, informou Ricardo Seidel.
O sentimento das pessoas surdas e dos profissionais era de revolta, mas também de vitória pela conquista da retirada dos cargos da lista de extinção e terceirização.
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