Parece que dessa vez o falastrão Alexandre Frota se deu mal. Ao insinuar que o deputado Jean Wyllis (PSOL) defende a pedofilia, Frota acabou sendo processado e condenado por injuria e difamação. O Tribunal de Justiça de São Paulo estipulou a pena em dois anos e 26 dias de prisão em regime aberto, convertidos em prestação de serviços comunitários, e multa de R$ 295 mil. Ele deve picotar documentos do fórum mais próximo a sua residência de segunda a sexta-feira, por cinco horas diárias.
A decisão não é definitiva e ainda cabe recurso da sentença, permitido-se ao deputado eleito fazê-lo em liberdade. Em abril de 2017, Frota publicou uma foto de Wyllys em uma rede social e atribuiu ao deputado federal a frase "A pedofilia é uma prática normal em várias espécies de animal (sic), anormal é o seu preconceito".
Não há registros, porém, de que Wyllys tenha dito algo semelhante. Alexandre Frota afirmou que a declaração teria sido feita por Wyllys em entrevista à CBN, mas a emissora de rádio declarou à justiça que o fato nunca existiu.
O post de Frota teve mais de 10 mil compartilhamentos e 4 mil curtidas. Em sua defesa, o ex-ator afirmou que uma retratação extinguiria a punibilidade, ou seja, ele não deveria ser punido ao reconhecer que o post não trazia informação verdadeira.
Mas, para a juíza Adriana Freisleben de Zanetti, Alexandre Frota "atentou diretamente contra a honra e à imagem do deputado federal", causando "na comunidade cibernética o sentimento de repúdio por empatia emocional com as vítimas de pedofilia".
A magistrada afirma ainda que Frota reiteradamente usou termos ofensivos para se referir a Wyllys.
Frota disse ao Congresso em Foco afirmou que "é óbvio" que recorrerá da sentença e que "ainda existe liberdade de expressão neste país". O deputado eleito afirmou também que não houve razoabilidade na aplicação da sentença.
"Apenas reproduzi uma postagem em rede social. No país em que se mata 60 mil pessoas por ano, José de Dirceu está solto, é o Frota que merece 2 anos de condenação por uma postagem em que o adversário político declarado se diz ofendido. Não se respeitou minha liberdade de expressão", alegou.
"Estou tranquilo", finalizou.
Com informações do Congresso em Foco
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