24 de setembro de 2018

Educação no Maranhão: Muito mais que números


Com a divulgação dos resultados do IDEB, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) o Maranhão tem aparecido  com números consideráveis e relevantes de avanço.  O Estado figurava na penúltima posição no ranking em 2013 e começou a subir posições a partir de 2015, tendo alcançado o patamar de ser o segundo estado a elevar mais o índice, ficando atrás apenas de Pernambuco e Ceará. Ainda sobre o Ideb, de acordo com o ranking do ensino ofertado pelas escolas das redes estaduais, localizadas nas capitais brasileiras, São Luís está entre as cinco com a maior nota no Ensino Médio.

Em 2014, a taxa de analfabetismo no Maranhão era de quase 20%. Em 2017, esse número era de 16,7%, de acordo com dados do IBGE. Em números absolutos, isso significa cerca de 110 mil pessoas que saíram do analfabetismo no Estado. A taxa de analfabetismo considera as pessoas de 15 anos ou mais. Na prática tivemos programas de ajustes como  o Plano Mais IDEB, com ações para elevar os indicadores educacionais, incluindo o "Simuladão Mais IDEB", realizado para 290 mil estudantes do Ensino Médio e os "Aulões Mais IDEB", beneficiando 18.498 estudantes; a requalificação da rede física escolar, com mais de 800 escolas reformadas, construídas e revitalizados prédios escolares; a formação para 6.751 professores e gestores escolares da rede pública estadual; a eleição para a escolha de gestores escolares, que envolve formação, plano de metas e avaliação de desempenho; e a implantação das primeiras 49 Escolas de Educação Integral (36 Centros de Educação Integral e 13 IEMAs) da rede, que, até 2014, não havia uma escola estadual sequer com esse modelo de educação.

A Educação representa muito mais do que números. As pessoas em seu universo particular são a todo momento transformadas. Alguns destes investimentos serão sentidos no médio prazo, outros tantos no agora - com alguns na prática - modificando a realidade de milhares de pessoas, ampliando suas cosmovisões de mundo. Filosoficamente falando é a mudança estrutural que permitirá aos sujeitos sonharem com realidades além de suas "bolhas", com descobertas infinitas no espaço-tempo.

O que dizer da UEMASUL, uma universidade construída em pleno solo da Amazônia Oriental, que ampliando as possibilidades profissionais de homens e mulheres da região tocantina, trará as perguntas necessárias para o desenvolvimento de populações inteiras graças ao ensino, pesquisa e extensão. Educação é a base para superação das desigualdades sociais.

Certamente há muito por se fazer. Certamente precisa haver reparos, críticas a serem feitas à gestão política da Educação no estado,  mas me parece ser exemplar que por tanto tempo no Maranhão tenha sido raro construir sociedades em que a dignidade da pessoa humana entre como prioridade no desenho social. E por isso o maranhense não aceitará retroceder, voltar ao passado.  

"Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo." Como diria Paulo Freire. Que estas palavras sirvam de inspiração a todos nós alunos, professores e gestores para a seguir na luta pela mudança!

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