Neném Bragança era uma "alma iluminada", um raro talento que unia carisma, voz e interpretação musical. Na sua partida para o outro lado do plano espiritual, até São Pedro chorou. Uma lenta e insistente chuva misturou-se as lágrimas de dezenas de pessoas que foram ao cemitério Campo da Saudade prestar uma ultima homenagem.
Bem que Deus poderia "deixar-lhe ficar mais alguns dias.." como dizia a letra da canção que recentemente gravara: "Os milagres". Porém, os desígnios divinos teriam outros planos.
Cada vez mais desgastado pelo câncer, Neném foi descansar. E que ninguém acuse o cigarro de grande vilão. Me parece que existe uma espécie de lotéria genética para definir quem contrai ou não a doença. Enfim que Deus nós proteja.
Me lembro bem o dia que conheci Neném. Com sua arma em punho: o violão. Fazendo aquela performance que só quem já viu sabe como é. Era um fim de tarde de algum dia do ano de 1996, ali naquela lateral, o beco do teatro. Na ocasião era exibido gratuitamente filmes no Ferreira Gullar. O Cinema no Teatro é antigo em Imperatriz.
E mais uma vez pude perceber o "caráter pedagógico" da morte; é nesse
instante que vaidades e orgulhos caem por terra e todos vemos a finitude
e efemeridade de nossa passagem neste plano terreno.Nossa ave de arribação alçou voo bem alto.
"O certo é que acaba..."
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