Uma coisa que salta aos olhos em Imperatriz é sua diversificada gama de manifestações culturais. Possuímos uma identificação cultural multifacetada e influenciada por vários aspectos.
Arrisco dizer que por aqui a tônica maior desta identificação cultural é oriunda da estigmatização sertaneja - goiana. A cavalgada deste final de semana é uma boa prova disso.
E aí longe de ser comparada a figura do forte sertanejo valente, desbravador que nos primórdios da cidade colonizou via caminhos do gado abrindo a mata para o povoamento, temos por aqui um arremedo, um cartoon, estereotipado deste sertanejo. Algo que se expressa na dita "cavalgada".
Basta observar o grau de importância dada a populares e políticos para o evento. Nem Carnaval, nem festa junina mobilizam tanto. No aniversário da cidade para coroar de vez tudo isso teremos a dupla Cezar Mennoti e Fabiano.
Tudo bem que vai rolar Detonautas em um dos dias da Expoimp. Mas é apenas uma exceção a regra copiada de várias grandes exposições agropecuárias Brasil a fora que modificaram suas programações culturais para atender a pluralidade de público e critica mais formadora de opinião.
A cavalgada me deixa profundamente incomodado. Penso ser uma espécie de esquizofrenia social pessoas maltratarem animais para cumprir um papel de algo que não são. O estilo "country zueira", com alto consumo de bebidas alcoólicas e o emporcalhamento da cidade precisa ser disciplinado pelo poder público - do contrário sempre veremos os exageros.
Esse ano o Sinrural proibiu de a cavalgada ir até lá no Parque de Exposições. Já é um bom sinal. Parecem querer dizer "fiquem pra lá mesmo bando de sem noção."
0 comentários:
Postar um comentário