-->
Recentemente
o vereador Marco Aurélio (PcdoB) solicitou uma audiência pública
para debater a criação de um Museu em Imperatriz.
Assunto
nada novo e espinhoso, não é de hoje que setores organizados da
sociedade civil (e do poder público) batem cabeça acerca do tema.
Parece um processo lento, e é, mas, que pode ganhar certa celeridade
desde que costurado de maneira correta. Algumas informações
imprescindíveis:
1)
Em tese já temos meio caminho andado. Existe uma Lei, aprovada e
sancionada que versa sobre o Patrimônio Histórico. Fruto de uma
árdua luta pelo então Fórum de Cultura de Imperatriz (depois
citarei nomes), a lei institui a criação do Conselho Municipal de
Patrimônio e dispõe de trâmites legais para a criação e
salvaguarda material e imaterial “com as práticas, representações,
expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os instrumentos,
objetos, artefatos e lugares culturais que lhe são associados.”
(p.02)
2)
Essa lei está em processo de análise para alterações. O vereador
Esmeradson de Pinho é um dos que proporá os adendos e supressões.
3) Existem diversos pesquisadores que trabalham na recuparação de artefatos históricos por aqui, a exemplo do geógrafo Luis Pereira Santiago.
4)
A Suzano Papel e Celulose em uma das contra-partidas ao município
está financiando a criação de um espaço museológico, de pequeno
porte e em breve efetivado nas dependências da Uema. O local é
bastante pequeno e boa parte das ações do processo estão sendo
feitas nas nossas barbas com poucas informações a comunidade
acadêmica local.
5) O professor Rogério da
Universidade Federal do Maranhão afirmou a este escritor que a
Professora Maria Helena [Arquivo Público do Estado] deixou um
documento onde consta um “passo a passo” para a criação de um
Arquivo Público bem como se prontificou a ajudar na elaboração do
mesmo. Temos extrema necessidade de fomentar a pesquisa através da
criação de um Arquivo Público, voltado para educação
patrimonial, com um centro de documentação.
Por
enquanto é só pessoal. Há outros aspectos a serem levados em conta
que só mencionarei nas próximas postagens.
O
que se vê hoje claramente em Imperatriz é a cultura tradicional de
produtos e conhecimentos aptos somente a participar do competitivo
mercado, deixando-se de fora o respeito as origens indígenas,
caboclas e afrodescendentes deste povo. Em suma ratificando um
projeto de poder tacanho e violento que não ultrapasse os limites
ideológicos da média.
Se não mudarmos esta realidade deixaremos para as gerações futuras apenas inaptidão, inoperância e incapacidade de preservar a nossa História.
Foto desta postagem: Museu Virtual de Imperatriz.
0 comentários:
Postar um comentário