Página de Clara dos Anjos, brilhante adaptação de Lima Barreto em quadrinhos, por Lelis e Wander Antunes
Artistas do meu país, uni-vos. O mercado de quadrinhos brasileiros segue fazendo golaços do meio-de-campo.
Os governos passaram a comprar álbuns de quadrinhos e a financiar via editais.
As editoras investem porque o negócio é seguro em álbuns brasileiros que possam se encaixar em algum tema transversal ditado do ministério ou adaptação literária.
As big editoras investem também, porque não ter HQ no catálogo pega mal. Então temos gibis de editoras especializadas - Panini, Zarabatana, Desiderata, Nemo, HQM, Mythos etc. - e gibis com o selo da Cia. das Letras, Rocco, Record, Leya, Peirópolis e tantas outras.
Bom para novos e velhos. Graças a isso, o trabalho de mestres como Luis Gê e Lourenço Mutarelli atinge enormes audiências.
Entre uma ponta e outra passeia uma turma com ambições menos jornalísticas e quadrinísticas e mais estéticas. Gente como Rafael Grampá, Rafael Sica, Diego Gerlach, e os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá. Verdadeiros ícones de sua geração.
Quadrinho de Diego Gerlach
Iniciaram a carreira nos fanzines, lutaram para adentrar no nicho americano, mantiveram suas posturas mesmo trabalhando com Batmans e Homen-Aranhas da vida, e finalmente tiveram chance de produzir sua graphic novel. Daytripper tem ambientação e personagens brasileiros com um tema universal. Foi publicada primeiro nos EUA, depois aqui, e agora mundo afora. É a primeira graphic novel nacional de impacto global. Haverão outras.
0 comentários:
Postar um comentário