2 de outubro de 2012

OS LIMITES DA DEMOCRACIA IMPERATRIZENSE


Me deparando com o embate entre as candidaturas de Sebastião Madeira [PSDB] e Rosângela Curado [DEM] fico tentado a questionar se alguns setores do povo imperatrizense sabem realmente em quem votar nestas eleições 2012. 

As duas candidaturas, em tese as mais próximas a Governadora Roseana, guardam no âmago de seus projetos semelhanças e contradições que refletem o atual momento do período democrático no Brasil e em Imperatriz. 

O DEM, partido sucessor da antiga Frente Liberal (PFL), que por sua vez foi uma dissidência do antigo Partido Democrático Social (PDS) oriunda da ARENA [Aliança Renovadora Nacional], foi a base parlamentar da ditadura civil militar no Brasil, teve como sua principal figura de expressão a Senadora Katia Abreu. 

Musa dos ruralistas, ela defende com unhas e dentes a reformulação do código florestal que permitirá avançar mais floresta adentro via desmatamentos. Alias estes ruralistas sempre gostaram de andar na contra-mão da História: foram contra a abolição dos escravos no período colonial, depois a favor de entregar o petróleo brasileiro aos estrangeiros no Governo Getulio Vargas e, agora, querem transformar a Amazônia em um enorme pasto para o gado de exportação. Esta é a espinha vertebral do DEM: o liberalismo acima de qualquer suspeita. 

Já O PSDB de Madeira [não é nada pessoal gente, acreditem, em politica você é a sua circunstância] foi responsável por oito anos de prostração ideológica neoliberal com FHC, conseguindo elevar a divida pública para 78%, dilapidando o patrimônio brasileiro. A carga tributária que pesa sobre quem trabalha e produz, retirando a competitividade sistêmica, pulou de 27% para 35% do PIB. O investimento caiu ao pior nível desde a segunda guerra mundial. Tentaram destruir as universidades brasileiras, perdemos 1/3 dos mestres e doutores para a esfera privada. O jornalista Elio Gapasri chegou a chamar de “Privataria” [mistura de privatização com pirataria] o período tucano no Brasil de entrega das riquezas nacionais. Desmintam algum número aqui. Muito ruim e ponto final. 

Em Imperatriz onde vemos uma iniciativa privada bastante puljante, urge imediatamente a manutenção de um estado forte garantindo os direitos humanos de tod@s para o acesso a melhor qualidade de vida na cidade. 

Democracia é nesse rumo. È o debate, o conflito de ideias, não o marasmo e o discurso de que todos devem pensar igual. O gestor que assumir em 2013 precisa entender que não governará com os votos da maioria da população. Precisa estar preparado para ser questionado e se necessário mudar a estratégia.
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1 comentários:

Carlos Leen Santiago disse...

O PSD saiu de dentro do DEM. Modifica-se o nome , mas nao a proposta.