19 de julho de 2012

PORQUE VOTO EM MAJOR MELO - 50 ?

O recurso enviado a Direção Nacional do Partido Socialismo e Liberdade, subscrito somente por duas militantes foi rejeitado na ultima reunião da Executiva Nacional. Os itens do recurso requeriam em caráter de “urgência” a anulação da nova comissão provisória (agora presidida por mim) bem como o reconhecimento da Convenção Eleitoral que “desobrigava” o PSOL a ter candidatura própria em Itz.  A Executiva entendeu que houveram diversas falhas tanto de método quanto na forma como a antiga comissão agia. Respeitando a decisão da Direção Estadual no MA e dialogando no sentido de compreender os motivos que desabonassem a viabilização da candidatura do Ex-Comandante da Policia Militar, Cel. Francisco Melo, a prefeito pelo partido, a instância superior reconheceu assim que seria completamente despropositada o veto ao “Major”. 

Contexto ideológico 
Na atual quadra histórica em que os marxistas se encontram há certamente a certeza de que os ventos nem sempre sopram na direção das ondas revolucionárias. E momentos de crise podem ser ou não momentos adequados a horizontes de esquerda. Vide recentemente o caso da Grécia, país na vanguarda de fortes sublevações dos trabalhadores, mas que preferiu caminhar com a direita conservadora. 
Em Cuba onde o lema “salvar a revolução” supõe apoio de setores da igreja católica há um claro contexto de refundação ideológico e espiritual. É por lá também que as Forças Armadas administram forte setores-chave da economia. Vivemos um contexto muito claro da necessidade de se reinventar o comunismo. 
Falando um pouco de Brasil temos que avaliar o cenário que se formou logo após a ruptura democrática - política com o fim da ditadura militar. A direita conservadora, até os dias de hoje não conseguiu totalmente sustentar seu projeto pacificador e reacionário. Naquela a época (anos 80) amplos setores da sociedade, dos trabalhadores, das camadas médias, dos intelectuais, seguiram a construção do PT como ferramenta, como instrumento de luta e transformação social para o país, não obstante a tudo isso os latifundiários, os banqueiros, os corruptos, de forma alguma recrudesceram e resolveram compor com este bloco ligado aos movimentos sociais, aos sindicatos, aos movimentos do campo, uma política conciliadora para legitimar suas ações e permanecer dando o tom da política econômica. Neste caldo nada palatável nos teremos a figura de Lula e o lulismo como principal articulador dessa composição entre os diversos setores. No entanto companheiros (as) se a responsabilidade da entrega total as oligarquias políticas é de responsabilidade da complexa transição entre esse velho e o novo, entre ditadura e democracia política, será nosso dever enquanto revolucionários transformar por meio da arte e da política fraqueza em força. Retomando as grandes bandeiras históricas. 

Imperatriz 
Uma análise politica que tenha um minimo de responsabilidade concluirá que nossa população carece de propostas viáveis de emancipação social. Nestes termos propor por exemplo tributar, taxar, penalizar as atividades econômicas, que são predatórias e estimular as que são sustentáveis, já trariam ganhos substanciais para nossa cidade. O cenário local politico é controverso. Infelizmente não pudemos criar uma grande frente de oposição, onde a maioria da militância pudesse se reconhecer. Neste contexto trabalhar somente com quadros da dita “esquerda revolucionária” seria a mesma coisa que viajar de jumento de Imperatriz a São Paulo. Para obtermos vitalidade e sobretudo densidade é necessário se apresentar bem nas eleições. Com propostas, sem cair em cacoetes eleitoreiros! 

Major Melo 
Filho de lavradores analfabetos, já trabalhou de vendedor de cheiro-verde a continuo. Chegou ao mais alto posto da Policia Militar através de concurso, por força da aplicação nos estudos que sempre teve. Como Comandante-Geral da tropa no Maranhão não há nada que o desabone. Lisura e responsabilidade com a coisa pública são elementos constitutivos de sua trajetória. Sempre enfrentou ferozmente a corrupção na corporação e jamais permitiu que as tropas sob o seu comando excedessem na aplicação da função que lhe é peculiar: ser o órgão repressor do Estado. Teve dois mandatos de prisão expeditos pela atual governadora (inimiga declarada) por estar a frente de todas as mobilizações grevistas recentemente. 

A esquerda imperatrizense 
Temos que ter a capacidade e a vitalidade de transformar a esquerda em um segmento que se possa contar em Imperatriz. Não tenho duvida que a esquerda por aqui se reconstruirá como resposta necessária as contradições brutais da sociedade imperatrizense, porém, não será reconstruída nos moldes da velha esquerda mas sim através de confluências e inteirações novas. Mas isso é assunto para um outro post. Meu voto é Major Melo - 50
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