Não que que eu já não desconfiasse. A mineradora antes conhecida como Companhia Vale do Rio Doce, recebeu a indicação para concorrer aos “Oscar da Vergonha” graças a um grupo de instituições sociais e ambientalistas formado pela Rede Justiça nos Trilhos, a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, o International Rivers e a Amazon Watch. Ganhou com cerca de 25 mil votos e venceu por uma diferença de mil votos a empresa japonesa de usinas nucleares Tepco, localizada em Fukoshima.
A Vale ainda hoje é fetiche para uma série de jovens avidos por emprego e estabilidade.
Gostaria de salientar o tratamento dado por esta empresa aos empregados contando a historia de um rapaz que por motivos obvios não revelarei a identidade.
O rapaz trabalhou na mineradora por cerca de três anos até sofrer um acidente que lhe custou uma forte pancada na cabeça. A carga horária estafante foi apontada em laudo médico como responsável pelo ocorrido.
No entanto a direção da empresa nunca pagou sequer os direitos trabalhistas para este rapaz de cerca de 36 anos de idade. Pelo contrário, preferiu negociar com uma médica de sua “confiança” para que esta examinasse a vítima e protocolasse um laudo menos “grave”. Até hoje o rapaz está sem trabalho por conta das graves sequelas (tremores,vista escura, ataques de pânico e profundas dores de cabeça que o levaram tomar forte medicamento.
Posso provar cada item desta história. E sabe o que mais? Este rapaz não é único. Está surgindo um novo movimento de “trabalhadores atingidos pela Vale” (tal qual o MAB, movimento dos atingidos pela barragem). São centenas de casos envolvendo toda uma série de injustiças e crimes contra leis trabalhistas.
Esta é a Vale de verdade. Clicke aqui e leia na intégra a noticia sobre a escolha da pior empresa do mundo escrita por Monica Ciarelli da Agência Estado.
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