Ontem, no boteco do Claudecy, a cena era comum, jovens bebendo, jogando conversa fora em meio aos vários estilos musicais que eram tocados no som do bar, alguém grita: “Toca Rauuulll”. Esse jargão inclusive ganhou conotação humorística, em meio as rodas de violão e musica ao vivo, há bem da verdade é que esse tal de Raulzito continua pelo visto atemporal, perene: suas musicas e letras ainda hoje continuam a expressar de certa forma os anseios e angustias de uma geração. Talvez inclusive pelo fato de estarmos vivendo numa espécie de ressaca da modernidade, onde a falta de sentido aliado ao consumismo propagado como única forma de existir, numa sociedade troglodita capitalista que se recusa a sentir e pensar, boa parte da turma mais jovem começa a (re) descobrir a obra do cantor, e que de certa forma passa um sentido na vida.
Assim, a perenidade da obra do cantor, que conta com um público cativo enorme, pode ser explicada por seu comportamento rebelde e por sua pregação anárquica. Na opinião do jornalista e professor da PUC-SP, Silvio Mieli, Raul é anarquista “na exata medida em que detona o bom-senso e o senso comum, fundamentos da ideologia das classes médias burguesas”. Para ele, “seu visual, canto e ritual criavam um diferencial, um distanciamento, uma instabilidade que percorre como uma flecha aqueles que, para usar uma gíria dos tempos do Raulzito, não ‘transam’ bem essa idéia de poder. Acho que os jovens ainda sentem, em sintonia fina, os acordes de anti-poder que partem de Raul Seixas”, define.
Nascido em Salvador-BA em 1945, falecido em 1989, Raul não exerceu sua rebeldia sozinho, tinha seus parceiros como o escritor Paulo Coelho, e alem claro, da Sociedade Alternativa. Idealizada e fundada por ambos e que de certa forma expressava a busca pela utopia. Chegaram incluisive a lançar vários manifestos da nova sociedade e iniciar uma organização de comunidade, a Cidade das Estrelas (ou Cidade da Luz), onde cada um teria o direito de viver como bem entendesse: desde os moldes do socialismo cubano ao desbunde anárquico psicodélico de Woodstock.
Ao que parece a turma do bar do Claudecy vai organizar um tributo, conversei com meu amigo Jairo e este me disse que a idéia é trazer todos os discos de vinil de Raul e deixar rolar. Vale lembrar que as influencias ai vão desde Elvis Presley até Luis Gonzaga.
Assim, a perenidade da obra do cantor, que conta com um público cativo enorme, pode ser explicada por seu comportamento rebelde e por sua pregação anárquica. Na opinião do jornalista e professor da PUC-SP, Silvio Mieli, Raul é anarquista “na exata medida em que detona o bom-senso e o senso comum, fundamentos da ideologia das classes médias burguesas”. Para ele, “seu visual, canto e ritual criavam um diferencial, um distanciamento, uma instabilidade que percorre como uma flecha aqueles que, para usar uma gíria dos tempos do Raulzito, não ‘transam’ bem essa idéia de poder. Acho que os jovens ainda sentem, em sintonia fina, os acordes de anti-poder que partem de Raul Seixas”, define.
Nascido em Salvador-BA em 1945, falecido em 1989, Raul não exerceu sua rebeldia sozinho, tinha seus parceiros como o escritor Paulo Coelho, e alem claro, da Sociedade Alternativa. Idealizada e fundada por ambos e que de certa forma expressava a busca pela utopia. Chegaram incluisive a lançar vários manifestos da nova sociedade e iniciar uma organização de comunidade, a Cidade das Estrelas (ou Cidade da Luz), onde cada um teria o direito de viver como bem entendesse: desde os moldes do socialismo cubano ao desbunde anárquico psicodélico de Woodstock.
Ao que parece a turma do bar do Claudecy vai organizar um tributo, conversei com meu amigo Jairo e este me disse que a idéia é trazer todos os discos de vinil de Raul e deixar rolar. Vale lembrar que as influencias ai vão desde Elvis Presley até Luis Gonzaga.
3 comentários:
Tow la
Ronaldo
blz, muito massa!
Vale lembrar q a Noite do Raul no Claudeci será hoje com direito radiola e vinis!!!
Não percam...é jájá!!!
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