"As eleições de 2010 já começam a centralizar a vida política do país. Por um lado, o governo, fazendo todos os esforços para adiar os piores efeitos da crise econômica e se apoiando na popularidade que ainda tem para emplacar Dilma Rousseff como continuidade do projeto petista. Do outro, a oposição burguesa (PSDB e DEM), buscando capitalizar o possível desgaste de Lula em função da crise, fazendo críticas as corrupções do governo petista e apostando na falta de memória do povo, tentará voltar ao poder com Serra ou Aécio.No entanto, o mesmo programa capitalista une esses dois campos. Todos defendem a continuidade do plano econômico de Lula, que era o mesmo de Fernando Henrique Cardoso.
O petista era amigo de Bush e é “o cara” de Obama. FHC era também o queridinho dos governos imperialistas. Esses dois pólos burgueses se juntam também na corrupção, como se manifestou no mensalão de Lula e na farra das privatizações de FHC. Agora mais um exemplo: Sarney se mantem no cargo pelo apoio direto do governo, mas por que tanto o PSDB como o DEM também se beneficiaram dos atos secretos no Senado.A dura luta é para ver de quem é a vez de assaltar os cofres públicos. Já está armada, portanto, mais uma falsa polarização eleitoral entre dois setores burgueses com o mesmo projeto para o país.
Os governistas (PT, PCdoB, PDT, PSB) vão se utilizar do medo da “volta da direita” ao poder. Na verdade, eles também fazem um governo de direita, com vantagens para a burguesia, mas os trabalhadores se iludem pensando que está do seu lado.A oposição de direita vai querer apostar na falta de memória do povo, no esquecimento do desastre que foi FHC. Dessa forma, José Serra ou Aécio vão aparecer como novidade.A tragédia é que esses dois campos podem continuar majoritários nas eleições de 2010. O governo já demonstrou que pode seguir ganhando, apesar da crise econômica. As eleições europeias mostraram também que o desgaste de partidos social-democratas, como o PT, pode ser capitalizado pela direita e não pela esquerda.É fundamental, portanto, articular com todas as nossas forças um terceiro campo, dos trabalhadores. A fragmentação da esquerda pode favorecer essa falsa polarização. O PSTU chama o PSOL e o PCB, junto com os ativistas do movimento sindical, popular e estudantil, a compor uma frente eleitoral classista e socialista para as eleições de 2010..."
O texto acima me chegou pelo e-mail, enviado pelo companheiro Italo Bolcho, da Secretaria de Juventude do Pstu Nacional. Otima ideia.
É hora de unir os socialistas na luta e nas eleições.
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