12 de julho de 2011

RIO SEM PRAIA: SECRETÁRIO DE MEIO AMBIENTE DE ESTREITO DESMENTE O CESTE


A idéia de desenvolvimento a qualquer custo tem historicamente trazido serias conseqüências ao Planeta Terra. Geralmente imagina-se que alcançar níveis de consumo “estadunidenses” é o ideal a ser alcançado enquanto nação. Sabe-se claramente que quem perde com esta lógica do “concreto e asfalto” é o ecossistema, ou seja, a mãe natureza, os bichos, as árvores e o ser humano de forma geral.

É esse o drama que vivem diversos municípios da região tocantina com a implementação de projetos altamente impactantes como a Hidrelétrica de Estreito, construída no mesmo município que tem o químico Bento Brandão (foto) como Secretário de Meio Ambiente.
Na ultima quarta feira estive por lá e o num esclarecedor bate papo Bento fez um desabafo que também pode ser entendido como um alerta.

De forma simples e com um falar vagaroso, Bento me disse que o tão propagandeado desenvolvimento até agora não veio. Que há uma enorme falta de projetos sociais na cidade, que o CESTE (consórcio responsável pela Hidrelétrica) cooptou diversas lideranças locais para poder se instalar, inclusive fomentando a idéia de que se “não nos quiserem por aqui, iremos pra outro local”.

“O CESTE deve um montante em impostos, que eles foram obrigados pela justiça a pagar mas que recorreram e agora o recurso está depositado em juízo.” Afirmou Bento.
Sobre os reparos ambientais, o consórcio havia prometido entre algumas contrapartidas ao município, um aterro sanitário, até agora ainda por ser concluso, além disso, uma pocilga pública, que terá o proprietário da construção dono de seu termo de concessão.(???)

Sobre a matéria das praias imperatrizenses veiculada no dia 23 de junho no jornal da TV Mirante, Bento foi enfático ao desmentir a fala do senhor Isac Cunha, um dos gerentes da empresa. Nas imagens veiculadas vemos os representantes do CESTE junto com o prefeito Madeira, o Secretário de Comunicação Elson Araújo e diversos membros da gestão tucana. A reportagem, segundo minha avaliação, mais confundiu do que informou, sendo pobre de clareza, buscando a tônica de um blá blá blá semi-babacal. Na fala de Isac Cunha a justificativa por não termos praias este ano se deu por “conta do alto volume de chuvas decorrentes da ultima temporada”.

Segundo Brandão, uma mentira das mais deslavadas: “O CESTE por conta da represa teve de segurar parte das águas e abrir aos poucos, mesmo assim a violência foi tão tremenda que comprometeu todas as praias num raio de 150 kilométros. Além do mais, nem nas maiores cheias da história dessa região, como em 1980 e 1982, chegou a comprometer as praias tocantinas”.

Finalizo aqui este artigo, fazendo uma pergunta: Até quando agüentaremos sem levantar o traseiro? Mortandade de peixes, falta de politicas sociais e perca de trabalho e renda para várias famílias. Este é o desenvolvimento que queremos? Esta e a luta do domínio do homem sobre seu próprio destino. Não podemos simplesmente virar as costas e fingir que nada acontece. A sociedade precisa controlar seus mecanismos de mudança. Ou isso ou voltaremos a idade da pedra, literalmente.

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3 comentários:

Anônimo disse...

EU JA SABIA, NUNCA VI, DESDEE QUE EU ME ENTENDO POR GENTE, TAMANHO MEI DE JULHO, E A PRAIA DO CACAU SEM NADA.
TRISTE TEMPOS ESSES. NUNCA IMAGINEI NA VIDA PRESENCIAR A CENA QUE VI ISTURDIHIINHA NO CACAU: AGUA PRA TODO LADO.

XEXEU
PESCADOR

Anônimo disse...

No programa do Arimateia o ceste acabou de dizer que é por causa das chuvas nmesmo que não teremos praia, diz que um geografo falow que se tivesse ou nao barragem por causa da chuva, esse ano nao haveria praia.

è mole!

Gardenia

Anônimo disse...

EE KERO PRAIA