O presente vídeo é nitidamente uma produção independente, a julgar pelo caráter anônimo de seus editores diria que a proposta era tão somente produzir algum tipo de trabalho para fins de obtenção de nota. Os cenários incluem além de praças de Imperatriz, com suas figuras típicas, cenas de estudantes do Colégio Estadual Dorgival Pinheiro de Souza. Acredito que deva servir para a feira de ciências desta escola este breve documentário artesanal.
Se a intenção dos mesmos era capturar as diversas formas e manifestações dos atores urbanos em rápidos dez minutos, creio eu que a meta foi relativamente alcançada.
O que me chama a atenção é perceber através das falas a obvia despretensão adolescente que julga ter no mundo o reconhecimento de suas aspirações imediatas atravez quer seja da música, quer seja do estilo de se vestir. Algo bem recorrente dos centros mais tidos como industrializados. Diria ainda que as vozes que se manifestaram sentem falta de um pertencimento e por isso (entrevistador e entrevistado) buscam se enquadrar esteticamente em alguma dessas denominações urbanoídes: as chamadas “tribos”. Rasos de conteúdo, estão mais “bobos” que a banda de rock que o Zeca Baleiro cita na música “Telegrama”, de sua autoria. Tudo bem. Todos nós já tivemos catorze anos na vida. Isso passa.
Nota dez para o punk anônimo com consciência ambiental. É preciso dar um bota fora na alienação. Coisa que industrial cultural de massa se aproveita tranquilamente (vide BBB). Uma pena mesmo é ter que desperdiçar vários tipos de talentos contidos muitas das vezes em uma destas figuras. Com um mínimo de esforço por parte do poder público e sociedade, poderíamos canalizar esta energia em projetos culturais que possam incluir e construir socialmente artistas, músicos, poetas, produtores etc.
1 comentários:
Maldito Hippie Sujo da cidade quero que vá embora saia já daqui!! - Maldito Hippie Sujo - Matanza.
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