30 de setembro de 2015

VALTER POMAR: BONS MODOS NUNCA DERROTARAM OS FASCISTAS


Na noite de 22 de setembro de 2015, no aeroporto de Fortaleza, João Pedro Stédile foi vítima de uma agressão. 

Os detalhes da agressão foram filmados e divulgados, através das redes sociais, pelos próprios agressores. Quem assiste aos cerca de 6 minutos do vídeo divulgado percebe que faltou pouco para a agressão virar um linchamento. 

Minha solidariedade ao companheiro João Pedro e a companheira que o escoltou. João Pedro é um símbolo. Como Lula é um símbolo. Por isto a bomba no Instituto Lula. Por isto a agressão a João Pedro (precedida, como lembra a nota divulgada pela direção nacional do MST, pela campanha “Vivo ou morto”). 

 A agressão a João Pedro merece resposta imediata. Os governos federal e estadual, a polícia, a justiça e o Ministério Público tem a obrigação de –cada qual no seu papel– identificar e punir os responsáveis. O conjunto dos movimentos sociais e partidos de esquerda tem a obrigação de fazer um ato público unificado, entre outras coisas para lembrar que por trás de cada um dos fascistas de aeroporto, há mandantes e autores intelectuais que devem ser desmascarados e responsabilizados. E, acima de tudo, a ficha precisa cair. 

É extremamente didático que, na mesma noite em que os vetos presidenciais eram mantidos no Congresso, tenha ocorrido a agressão contra João Pedro. É mais um sinal, entre tantos, de que a crise política transborda a institucionalidade e está se convertendo noutra coisa. 

Para alguns setores da direita, não se trata apenas de afastar Dilma, inviabilizar o PT e criminalizar Lula. Os cavernícolas querem sangue. Seu alimento é a inação e pusilanimidade que prevalecem em parte do lado de cá. 

A estes e a todos nós, vale lembrar: bons modos nunca derrotaram fascistas.

Por Valter Pomar

16 de setembro de 2015

DILMA TEM TODA RAZÃO


A presidenta Dilma tem causado o maior estardalhaço junto a setores ligados as finanças ao se negar a cortar gastos sociais.

Para alguns movimentadores do mercado financeiro, gastos sociais são tratados como despesa. Os banqueiros não admitem que mexam com o lucro, setores mais conservadores do empresariado não admitem reonerar a folha de pagamento e nem abrem mão dos subsídios.

Imagine-se pobre e, ainda tendo que enfrentar mais redução no investimento em saúde e educação? O pior remédio pra quem tá passando fome, é fazer regime.

Já que brasileiro gosta de imitar americano em tudo, que tal lembrar como Barak Obama enfrentou a crise dos EUA em 2008. A maior potência mundial, cuja moeda é o dólar não quis saber de apertar os cintos e o Estado afrouxou geral em liquidez no país. O governo manteve investimentos públicos e não deu a minima pra essa papo de deficit, ou seja, que se dane essa história de ficar preocupado em gastar mais do que arrecada.

Dessa forma Obama oxigenou a economia ao ponto de até grandes banqueiros afirmarem "Somos todos keynesianos!", em referência John Maynard Keynes, o economista da teoria do bem estar social garantido pelo Estado.

Dilma vem tendo mais sensibilidade pelo social. Fato! E que permaneça assim por enquanto já que é injusto apenas colocar apenas  classe de baixo para pagar essa conta.

Você pode até amar ou odiar o Governo. Estará errado em ambos os casos pois política econômica não se faz com o figado ou o coração, se faz com a razão e cobrança. No atacado Dilma vai mal mas por enquanto está no jogo.     

10 de setembro de 2015

SIMPLESMENTE CAIO F.


Foi nos idos de 1999 que entrei em contato com escrita do autor gaúcho Caio Fernando Abreu. Valeu a pena cada letra lida. 

Naquele tempo não tão distante assim, me atraia o texto repleto de referências sobre coisas que eu já curtia: John Lennon, punks, hippies, Joplin, Garcia Marques, Lispector. Principalmente na música, Caio F. tinha as minhas influências.

Depois,  abandonei ao léu o que havia lido antes da graduação e entre estes Caio F. e seus morangos mofados cairiam em ostracismo na minha estante. Afastando-o da minha perspectiva literária em troca dos textos marxistas e de Teorias da História.  

Anos mais tarde tenho tentado revisitar (com outros olhos) tudo que li e ouvi na "aborrescência". Mal posso descrever o prazer de tê-lo encontrado novamente. Este texto seminal, urbano, melancólico e tão verdadeiro provoca a vontade de viver a plenos pulmões.  

É a máxima "comei e bebei, amanhã morrerás" que funciona como um tapa em nossas orelhas, repassada em forma de prosa e verso em um texto fulminante.

Um clássico se define por sua capacidade de atemporalidade. Anos e anos se passarão e nada do que Caio F. escreveu cairá em desuso. Assim como Shakespeare, Dante, Machado e etc. 

Sua escrita é sobre as profundezas da alma humana.

8 de setembro de 2015

A POLÊMICA LEI DOS BARES


Os setores organizados tradicionalmente na sociedade levantaram a voz contra alteração da lei que regula o funcionamento de bares, boates e afins na noite imperatrizense. Houve exaltação de ânimos, o cantor sertanejo chamou o bispo de mentiroso. Foi um tiro no pé. O debate ficou "envenenado".

O mesmo cantor depois lançou a nota pedindo desculpas e lógico que o bispo como homem de Deus deverá lembrar das sábias palavras de Jesus ao aconselhar que devêssemos "perdoar não apenas 7 vezes mas 70 x 7."

Juliano Reis foi extremamente infeliz no uso das palavras. Porém se formos analisar o caso temos visto/ouvido mal uso da palavra de ambos os lados. Afinal não foi o secretario de meio ambiente que mandou quem trabalha na noite procurar o SINE municipal (ou uma linha de roça) para mudar de emprego? Não foi a juíza aposentada que sugeriu a venda de crack em todas as casas noturnas ?

Tanto quem defende a ampliação quanto quem busca a manutenção do horário de 2:00 deveria informa-se e utilizar mais diálogo e a cordialidade. Bom senso e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Já defendi aqui no blogue alguns pontos de vista acerca do tema. Abomino os estrondosos pancadões de carros-de-som a poluírem a atmosfera com músicas de tom duvidoso e letras idem (vide a muriçoca soca soca, pica pica). 

Outro ponto é que deve-se ter o cuidado e diferenciar o que é uma casa de show e uma boate, um bar e um boteco, etc.

Pessoa com cara de menino (a) sem documento depois da meia noite ? Nem pensar. Fiscalização total com multa e apreensão do veículo em quem estiver dirigindo e bebendo. Carteira assinada para todos os que trabalham na noite: do garçom ao segurança, passando pelo seresteiro. Isso é regulamentação!

Penso que estender o horário até as 3 da manhã estaria de bom tamanho para um consenso. Como bom e velho notívago acho um saco ter que muitas vezes sair tarde do trabalho e dispor apenas de duas horas de diversão praticamente. O mundo mudou e Imperatriz também, os hábitos aqui já são outros, lembrem-se.

Lógico que respeitando todos as leis que regulam o funcionamento. Limites de decibéis e assessórios de segurança são imprescindíveis. Se a diversão é importante, a vida é mais !

Nesta quarta, 09, a partir das 9:00 da manhã haverá o debate na Câmara Municipal sobre o assunto. O clima promete esquentar.
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