28 de novembro de 2013

OS 50 ANOS DE ZÉ DO CAIXÃO E A FALTA DE LEITURA DE NOSSOS ESTUDANTES


Já se vão meio século no inferno. Zé do Caixão, personagem folclórico de filmes de terror mundo afora, completou 50 anos de existência.

Em  outubro de 1963 as filmagens de À Meia Noite Levarei sua Alma começavam a ser rodadas e o diretor José Mojica Marins passaria a entrar no roll dos artistas cults de toda uma geração.

Era uma época sem leis de incentivo, em que cada cineasta dependia da boa vontade de produtores, distribuidores e parceiros. Logo em seguida viria os anos de chumbo da ditadura militar e o caldo engrossaria para os artistas ditos marginais.

E boa parte dos estudantes universitários sequer sabem quem foi Zé do Caixão. Mesmo os de cursos de Humanas sofrem de uma aguda falta de uma vitamina chamada "Leitura".

Que deus tenha piedade de suas almas (rs). Um dia quem sabe aprendem!

De lá pra cá também o cinema brasileiro deu uma guinada. Infelizmente pouco acompanhada pelo aumento do índice de livros lidos pelo brasileiro. Especialmente pelos maranhenses.

E afinal a culpa é de quem? Professores, Estado, ou das próprias pessoas que preferem se ligar na novela do que abrir um livro? 

Não vou ficar aqui bancado o chato! Mas que é duro ver estudantes de um curso superior sequer saber quem foi Garcia Marques, ou equivalentes, é triste.

E rolam as pedras!

27 de novembro de 2013

ALGUNS DADOS SOBRE PATRIMÔNIO & MUSEU DE IMPERATRIZ QUE TODOS DEVERIAM CONHECER


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Recentemente o vereador Marco Aurélio (PcdoB) solicitou uma audiência pública para debater a criação de um Museu em Imperatriz.

Assunto nada novo e espinhoso, não é de hoje que setores organizados da sociedade civil (e do poder público) batem cabeça acerca do tema. Parece um processo lento, e é, mas, que pode ganhar certa celeridade desde que costurado de maneira correta. Algumas informações imprescindíveis:

1) Em tese já temos meio caminho andado. Existe uma Lei, aprovada e sancionada que versa sobre o Patrimônio Histórico. Fruto de uma árdua luta pelo então Fórum de Cultura de Imperatriz (depois citarei nomes), a lei institui a criação do Conselho Municipal de Patrimônio e dispõe de trâmites legais para a criação e salvaguarda material e imaterial “com as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhe são associados.” (p.02)

2) Essa lei está em processo de análise para alterações. O vereador Esmeradson de Pinho é um dos que proporá os adendos e supressões.

3) Existem diversos pesquisadores que trabalham na recuparação de artefatos históricos por aqui, a exemplo do geógrafo Luis Pereira Santiago. 

4) A Suzano Papel e Celulose em uma das contra-partidas ao município está financiando a criação de um espaço museológico, de pequeno porte e em breve efetivado nas dependências da Uema. O local é bastante pequeno e boa parte das ações do processo estão sendo feitas nas nossas barbas com poucas informações a comunidade acadêmica local.

5) O professor Rogério da Universidade Federal do Maranhão afirmou a este escritor que a Professora Maria Helena [Arquivo Público do Estado] deixou um documento onde consta um “passo a passo” para a criação de um Arquivo Público bem como se prontificou a ajudar na elaboração do mesmo. Temos extrema necessidade de fomentar a pesquisa através da criação de um Arquivo Público, voltado para educação patrimonial, com um centro de documentação.

Por enquanto é só pessoal. Há outros aspectos a serem levados em conta que só mencionarei nas próximas postagens.

O que se vê hoje claramente em Imperatriz é a cultura tradicional de produtos e conhecimentos aptos somente a participar do competitivo mercado, deixando-se de fora o respeito as origens indígenas, caboclas e afrodescendentes deste povo. Em suma ratificando um projeto de poder tacanho e violento que não ultrapasse os limites ideológicos da média. 

Se não mudarmos esta realidade deixaremos para as gerações futuras apenas inaptidão, inoperância e incapacidade de preservar a nossa História. 

Foto desta postagem: Museu Virtual de Imperatriz. 

26 de novembro de 2013

BOX SET DO CARA MAIS UNDERGROUND DA MÚSICA BRASILEIRA: ODAIR JOSÉ


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Deixe esse vergonha de lado: Odair José é cult. O cantor/compositor está lançando uma caixa que traz os principais hits que nos anos 70 promoveram uma mini revolução sexual, graças a sucessos como “Eu vou tirar você desse lugar” e “Uma vida só (Pare de Tomar a Pílula)” dentre outras.

Ano passado tive a oportunidade de vê-lo ao vivo. Magro, rosto anguloso e uma incrível capacidade de sentir a temperatura popular, Odair se apresentou mais rock in rol do que nunca: guitarra, baixo, teclado e bateria - influenciado claramente por coisas tipo Cat Stevens e Neil Diamond.
 
A realidade de prostitutas, casais jovens com filhos pequenos, locais baratos, define nas letras o cotidiano que ajuda a entender quem você é e também nosso país. 
 
Odair José e suas canções envelheceram muito bem. Resumindo: mais underground que muito bandinha que se apresenta nos “Monster's of Rock” da vida .

Ps: em tempo: Odair José chegou a lançar uma ópera rock "O Filho de José e Maria" pela RCA. Tô louco pra ouvir. 

25 de novembro de 2013

BLOG DO CARLOS LEEN SOB NOVA DIREÇÃO


Nosso blog está passando por mudanças. Agora em um formato mais acessível para tablets, smarthphones e outros formatos de tela sem perder a qualidade original. Tá dando um trabalhão mas aos poucos ele estará 100 %.

Ajudas e sugestões serão bem vindas já que nosso trabalho é meio por assim dizer artesanal.

A ideia do Layout foi da Marina Cardoso, minha girlfriend. Gostei da estrutura, bem mais dinâmica. Aviso aos navegantes continuarei a escrever sobre aquilo o que gosto e o que não gosto. Politica, Literatura, Música, História e por aí vai.
Por favor não deixe de comentar. Muitas vezes os comentários dos leitores são bem mais interessantes que os textos que escrevo.

E se escrevo é para poder entender melhor as coisas e a mim mesmo. Para limpar o fígado, dou me o direito de mudar de opinião também.

Uma maneira de  conectar experiência e experimentação. Já se vão mais de 5 anos nessa perrenga com uma certeza: o futuro da Comunicação passa a ser mais social e mais móvel, os dois principais vetores que movem o jornalismo digital hoje.

23 de novembro de 2013

IMPERATRIZ PRECISA DE MUSEUS E UM ENCONTRO COM JONAS RIBEIRO

Final da tarde desta sexta e um toró d'agua prestes a cair me fizeram aguardar com parcimônia em frente há um dos shopping centers minha carona.  

Dei de cara com o colunista social Jonas Ribeiro que pelo visto estava chegando pelo local, a se abrigar da chuva. 

Nos cumprimentamos de forma rápida e amistosa. Ele me cobrou a visita que eu havia prometido lhe fazer para uma entrevista. Jonas ficou de relatar a História da história de sua uma trajetória na cidade e claro de sua bela residência, patrimônio histórico incontestável de Imperatriz.

Pensei: nossa como é dura a vida de estudantes, pesquisadores e promovedores da cultura em geral por aqui. Não temos museus, casas de memória, Arquivo Público e nada que oriente uma construção simbólica que estabeleça minimamente uma relação de pertencimento dos cidadãos a cidade.

Por ora apenas o Rio Tocantins cumpre essa função.

Jonas Ribeiro  me relatou certa vez interesse em transformar futuramente sua residência em Casa de Memória. Infelizmente já cogitou também vendê-la. O descaso com a História da cidade é flagrante.

Vamos criar uma movimentação em torno da questão? Acho que o primeiro passo é aproveitar este momento pré-campanha e agendar com os candidatos a deputado e governo, uma reunião onde poderia ser protocolado  um documento que garantiria (em tese) o empenho dos mesmos na questão, assim que eleitos. 

Luta que segue !

22 de novembro de 2013

21 de novembro de 2013

VITÓRIA DA EDUCAÇÃO: GOVERNO DO ESTADO RECUA NA PROPOSTA DE CORTE DE ORÇAMENTO


Da luta não me retiro. Os professores da Rede Estadual de ensino após paralisarem suas atividades durante o dia letivo de terça feira (19), foram a porta da Assembleia Legislativa reivindicar a suspensão da proposta de corte no orçamento que seria em torno de 23 milhões para 2014.

O Governo do Estado desta vez foi sensível a mobilação dos educadores. Convocou  imediatamente uma reunião com uma comissão do Simproessema  para anunciar que o corte não seria mais feito e , pelo contrário, teria o acréscimo de 47 milhões. 

Os detalhes e imagens clique aqui para ver.

Julio Pinheiro, presidente do Simproessema,  conclui:

“Esse recuo é positivo, assim como a afirmação de que haverá o cumprimento do acordo. Vamos aguardar a concretização desses resultados, a aplicação desses recursos. Mas podemos comemorar o recuo do governo como o fruto do diálogo e de uma grande luta, que continua, pois precisamos de mais investimentos e mais educação, com o concurso público, convocação de professores excedentes, o cumprimento de um terço da jornada, melhoria das condições das escolas e educação em tempo integral”, exclamou o sindicalista.

20 de novembro de 2013

SHOW DE HUMBERTO GESSINGER COMPROVA DIVERSIDADE DE PÚBLICO EM ITZ


Com o bom público que recebeu Djavan no ultimo final de semana ficou claro a viabilidade comercial que Imperatriz possui para shows além da demonstração de pluralidade em estilos e gostos. 

Sempre estranhei [e ainda me estranha] uma cidade pólo disso e pólo daquilo ser tão tacanha em termos de produção teatral, musical, cinematográfica etc. 

Com a vinda do compositor e vocalista do Engenheiros do Hawaii respiramos mais aliviados. 

Não que Djavan ou Humberto Gessinger sejam tão alternativos assim. Nem são. Mas é que por aqui sequer temos uma rádio decente com programação musical que não seja só chifres, coitos e bundas. 

De tanto perambular identifiquei alguns tipos de públicos em Imperatriz. A analise não é perfeita mas ajuda em algumas aproximações. Senão vejamos:

1] Público do Arrocha: O mais comum e atual febre em todas as periférias e "praias do meio" da cidade. Seus principais artistas são Pablo, Silvano Sales além dos "sertanejos universitários" como Lucas Lugo e Gustavo Lima. Zoeira total nas letras que beiram a sacanagem, consumo de biritas, carrões importados e ostentações em geral. [alguem aí se lembrou de certos estilos de Rock?]   

2] Gospel: Outro grande nicho musical. As pizzarias para homenagear o público de Jesus batizaram suas pizzas com nomes bem sugestivos tais como: "assembleiana", "adventista", "batista" e por aí vai. Nivel máximo em termos de número de piriguetes por metro quadrado, o que possibilita fazermos uma breve analógia ao público do arrocha. Nada contra hein.

Agora vamos para os mais "alternativos":

3] Metaleiros: Por incrível que pareça o metal possui uma sensível legião de fãs na cidade. Segundo alguns críticos o fenómeno acontece em todo o país provavelmente por um estrambólico parentesco com o "sertanejo" vide falsetes histéricos de seus crooners [maldade minha].  

4] Alternativos em geral: Por aqui esse público [se é que podemos chamar assim] é bastante diversificado e de dificil reconhecimento já que curtem reague, hip hop, rock, pop, electrónico. Há também uma turma retrô que só curte flash back e outros que são Mpbistas e estão sempre nos barzinhos alá voz e violão.  

Eu nem coloquei aqui a turma do shopping center. Fechou. A maioria "de menor" ainda, portanto em formação.

E onde eu me encaixo? Sei lá. Nos tempos de universidade uns amigos me apelidaram de "bloco do eu sozinho" justamente por não saberem me identificar/rotular . Não sei se isso é bom é ruim. E rolam as pedras.

A gente se vê no show do Humberto. 

Ps: Engenheiros foi uma das trilhas sonoras da minha infância.

19 de novembro de 2013

PORQUE A EDUCAÇÃO NÃO É VALORIZADA?


Por mais que os Governos saibam que Educação e seus indicadores revelam um aspecto essencial para o conjunto de relações sociais de um povo, é nítido e salta aos olhos a enorme desvalorização do segmento no Brasil. Educação é uma coisa séria e professor precisa estar motivado para ensinar.

A escola não pode ser apenas um depósito de gente. Criatório de mão de obra barata onde os excluídos culturalmente não se reconheçam  no conhecimento produzido e portanto sequer façam uso dele direito.

Hoje (19)  os professores foram as ruas reivindicar simplesmente que o Governo Estadual faça a sua parte. A categoria fará durante todo o dia letivo uma paralização, portanto nada de aula nas escolas. 

O sindicato (Simproessema) afirma que parte dos investimentos estão sendo alocados para a Secretária de Infira-estrutura - que não coincidentemente - é estratégica para as eleições em 2014.  

A situação da Educação no Brasil continua aquém daquilo que poderíamos esperar nesse quesito. Continuarei a apostar em dias melhores, e de quê o futuro será mais agradável. 

Até lá me orgulho de fazer parte dos que lutam e são parte desse movimento contra a precarização da Educação.  

18 de novembro de 2013

O NIRVANA E A ERA JUSTIN BIEBER


Ao contrário do que muitos disseram o Nirvana não foi o começo de uma nova era para o Rock. Pelo contrário: representou o ultimo da geração de ícones de um estilo que trazia a raiva e contestação, o desejo de tocar guitarra, inspiração para jovens adolescentes.

A bombástica impulsividade de Kurt Cobain, gênio da música, porém um nerd boboca trouxe ao Brasil em 1992 um furacão que virou decepção: o cara não aguentava se segurar de tão chapado em cima do palco. Já Bieber, moleque engrossando o cangote fez aquilo que se esperava dele. 

Bieber é fraco musicalmente. Porém talentoso, se apresentou na turnê pelo Brasil, deu pitti, grafitou muro de hotel cinco estrelas, levou a mulherada pra mansão. Faz parte do showbusines também. 

Cobain e seu aclamado Nevermind era mimado e birrento. Escrevia como um adolescente. O rock é assim, imaturo. Acho que Bieber nunca ouviu Nirvana. E pra quê mesmo?

Hoje em dia temos milhões de bandas gravando, postando na internet. Ficou mais fácil (consumir) música. Basta um clike e tá lá a coleção do Alan Parsons Project. Antigamente a gente valorizava o vinil suado que comprava. Era algo mágico/atípico/raro colocar aquela bolachona para rolar na vitrola e discutir sobre música. Não me queixo do presente e nem celebro o passado. Hoje em dia somos superpoderosos com a inteconectividade da rede.  Que venha o século 21 e a cyber cultura.

Maturidade exige que a gente deixe para trás alguns cocoetes e brinquedos. Turminha é coisa de teenagers. Dá pra estender a adolescência até o final dos vinte anos, e quase tudo do rock que prestou foi feito antes do primeiro integrante da banda completar os trinta. Claro, não recrimino quem ainda está nessa. Se está dando para viver e ganhar uma grana que mal têm?

De 1994 para cá uma certeza: O propagado marco zero do Rock foi um fiasco. O Nirvana não foi um inicio de nada, pelo contrário foi um ultimo grunhido. Hoje carregamos milhões de músicas no bolso, mal ouvimos algumas bandas direito. A Internet substituiu a música na cabeça da garotada e Nervemind foi o ultimo disco relevante para tudo isso. 

16 de novembro de 2013

ZÉ DIRCEU NÃO MERECE SER PRESO


Nosso modelo de democracia possui limites claros. Neste país a Justiça não é para todos. 

As Prisões dos mensaleiros do PT no dia da proclamação da República tem uma clara conotação política e busca de efeito midiático. Se não assistirmos num futuro bem próximo o mesmo desfecho para o mensalão do PSDB, estaremos diante de dois pesos e duas medidas, ou seja, vivendo numa republiqueta. Pau de dá em Chico, tem que dar em Francisco. 

Dirceu não foi a pior coisa que a política brasileira inventou. Se formos lembrar de Collor de Melo, ACM, Bolssonaro então a coisa fica feia mesmo. 

Alguém já investigou se após cumprir a pena em regime fechado Dirceu ainda poderá se candidatar? 

Esse sim é o ponto. Prender Dirceu e cia não resolve muita coisa. Hoje quando debatemos o avanço da corrupção sempre nos preocupamos mais em punir os que a cometem e menos em reordenar as estruturas que possibilitam sua ocorrência. Dificilmente nos perguntamos sobre a desonestidade das instituições, das leis ou sobre a falha dos mecanismos de controle. 

Zé Dirceu não merece ser preso, pois ainda pode voltar a política. Mereceria perder seus direitos políticos. Pior que muitos falam de uma "Nova República" que nasce a partir de hoje, com a prisão dos mensaleiros, como se esse fato erradicasse a corrupção de modo definitivo. Bando de quadrúpedes conservadores!

14 de novembro de 2013

COMISSÃO QUE INVESTIGA CRIMES DA DITADURA MILITAR EM IMPERATRIZ


A Comissão Nacional da Verdade em parceria com a Comissão especial Parlamentar da Verdade no Maranhão continuam uma agenda de trabalho na cidade de Imperatriz. Nos dias 15, 16 e 17 de novembro uma série de depoimentos e entrevistas será realizada.

A pesquisadora Raíssa Wihby e a responsável pelas violações contra camponeses, Maria Rita Kehl chegam à Imperatriz na tarde desta sexta-feira (15) e iniciam os trabalhos e depoimentos na manhã do sábado (16). Uma entrevista coletiva está pré-agendada para as 08h30min do sábado, no Campus da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) de Imperatriz.

Na manhã de sábado, após a coletiva de imprensa, será ouvido em depoimento o líder camponês Manoel da Conceição e outros trabalhadores rurais vítimas da Ditadura Militar. No domingo (17) estão agendados os depoimentos de Denise, esposa de Manuel da Conceição e Manoelzinho, filho do líder camponês.

O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB), presidente da Comissão Parlamentar da Verdade, acompanhará as atividades na cidade de Imperatriz e garantiu todo apoio e estrutura necessária para a realização dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade.

Fonte: Gabinete do dep. Bira do Pindaré.

11 de novembro de 2013

O BEM CONTRA O MAL? EVENTO NA UEMA DISCUTE RELIGIÃO NA PÓS MODERNIDADE


Quando a novela global "Salve Jorge" despontou em enorme audiência no horário nobre das tv's brasileiras, a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) iniciou uma forte campanha entre seus fieis e principalmente nas redes sociais, boicotando e declarando guerra a novela. 

É que para Edir Macedo e cia, a Rede Globo estaria incentivando o culto a uma divindade afro, Ogum, representação sincrética de São Jorge e inimigo "espiritual" da Iurd. Ou seja o "mal" estaria ali encarnado em uma divindade pagã (no caso Ogum, ou, São Jorge). Me lembro que na época foi gasto tempo enorme com debates na internet sobre religião, o bem contra mal, deus e o diabo e etc. Veio em mim uma pergunta: Mas afinal de contas o que é o mal? 

Percebi que para as igrejas neo-pentencontais o entendimento religioso do que seria o "mal" tem um quê de magia, tornando-a especial e inteligível apenas no âmbito da religião. Em geral as igrejas neo-pentencostais afirmam que orixás da umbanda, do candoblé e espiritos desencarnados do espiritismo são os demônios. 

Outro grande centro de discussões diz respeito ao debate sobre o casamento gay, do aborto. Há claramente em voga hoje instituições religiosas que em nome de uma suposta batalha por almas, fazem um discurso obscurantista e que reprime veementemente outras religiões e grupos que defendem os direitos humanos e minorias. 

Portanto eventos como este que discute o papel da religião nos dias atuais é uma boa iniciativa. O responsável pelo projeto é o coordenador do Departamento de História da Uema, Prof Moab Cezar, que recentemente conclui seu mestrado na área das Ciências da Religião. 

Moab voltou com todo gás. E conforme declarou na entrevista de hoje a Tv Difusora o evento promete debater o papel das instituições religiosas na contemporaneidade de forma séria e acadêmica. 

Em tempo: se não fossem as religiões afro, demônios, exus e entidades boa parte de igrejas como a Iurd ficariam sem chão teológico, doutrinário e ritualístico. Fica a provocação. 

9 de novembro de 2013

BOA - BANANAL OPEN AIR - REUNE BANDAS E PÚBLICO HOJE


Para os chatos e inoportunos que acreditam que a "cena roque morreu em Imperatriz" eis aí uma prova incontestável que não. O festival apelidado de "BOA - Bananal Open Air" será uma "boa" opção para o público da música alternativa.

Tem também os chatos "roqueiros de crachá". Para estes só existe um estilo musical que preste e desconhecem tudo que não tenha uma guitarra distorcida pelo meio.  Estes aí estarão todos lá. Com certeza. 

Os dois extremos: "roqueiros de crachá" e os "inoportunos entusiasta da morte do rock" são chatos. 

Creio que o importante aqui é o equilíbrio e conforme um amigo meu fã de música afirma: "Toda a paixão me diverte quando curto um som de verdade independente do estilo". É por aí mesmo.

O evento promete varar a noite pois são diversas atrações. Quem se atrever a ir tem um busão contratado pela organização do evento saindo da Praça da Cultura as 17:00. As vagas são limitadas.

8 de novembro de 2013

PRÔTESTE - MARCAS DE AZEITE DE OLIVA ESTÃO ADULTERADAS - FIQUE ATENTO



A Proteste – Associação de Consumidores testou 19 marcas de azeite extravirgem e constatou que quatro (Figueira da Foz, Tradição, Quinta d’Aldeia e Vila Real) não podem nem ser consideradas azeites, e sim uma mistura de óleos refinados. Menos da metade dos produtos avaliados, apenas oito, apresentam qualidade de extravirgem. São eles: Olivas do Sul, Carrefour, Cardeal, Cocinero, Andorinha, La Violetera, Vila Flor, Qualitá. Os outros sete (Borges, Carbonell, Beirão, Gallo, La Espanhola, Pramesa e Serrata) são apenas virgens. Dos quatro testes que a entidade já realizou com esse produto, este foi o com o maior número de fraudes contra o consumidor. 

As propriedades antioxidantes do azeite de oliva são o principal atrativo do produto, devido ao efeito benéfico à saúde. Mas para que o azeite mantenha suas características, é importante que ele não seja misturado a outras substâncias. Os quatro produtos declassificados pela entidade são, na verdade, uma mistura de óleos refinados, com adição de outros óleos e gorduras. Em diversos parâmetros de análise, essas marcas apresentaram valores que não estão de acordo com a legislação vigente. Os testes realizados indicaram que os produtos não só apresentam falta de qualidade, como também apontaram a adição de óleos de sementes de oleaginosas, o que caracteriza a fraude. 

Outros sete não chegam a cometer fraude como esses, mas também não podem ser vendidos como extravirgens. A entidade ressalta que o consumidor paga mais caro, acreditando estar comprando o melhor tipo de azeite e leva para casa um produto de qualidade inferior. 

É considerado fraude o produto vendido fora das especificações estabelecidas por lei. Para as análises, foram considerados parâmetros físico-químicos para detectar possíveis adulterações: espectrofotometria (presença de óleos refinados); quantidade de ceras, estigmastadieno, eritrodiol e uvaol (adição de óleos obtidos por extração com solventes); composição em ácidos graxos e esteróis (adição e identificação de outros óleos e gorduras); isômeros transoleicos, translinoleicos, translinolênicos e ECN42 (adição de outras gorduras vegetais). 

A entidade vai notificar o Ministério Público, a Anvisa e o Ministério da Agricultura, exigindo fiscalização mais eficiente. Nos três testes anteriores foram detectados problemas. Em 2002, foram avaliados os virgens tradicionais e foi encontrada fraude. Em 2007, a situação se repetiu com os extravirgens. Em 2009, uma marca que dizia ser extravirgem não correspondia à classificação. Para a Proteste, isso demonstra que os fabricantes ainda não são alvos da fiscalização necessária. 

A reportagem procurou os quatro fabricantes dos óleos desclassificados. A importadora do óleo Quinta d’Aldeia não possuía porta-voz imediatamente disponível para comentar o assunto. As outras três marcas não tiveram representantes localizados. 

(FONTE: O Globo)

7 de novembro de 2013

VÁ AO TEATRO VER TV OKAZAJO, MAS NÃO ME CONVIDE


Por esses dias tem rolando uma polêmica sobre “supostos” comentários do Professor Gilberto Freire, acerca do trabalho do grupo de teatro imperatrizense “Okazajo”. 

Segundo um dos integrantes do grupo, Gilberto estaria “denegrindo” e “vulgarizando” em sala de aula o trabalho da Cia. 

Não sei bem até que ponto isso é verdade. A questão tem levantado debates interessantes sobre o teatro e a cultura local em geral. 

Não é a primeira vez que polêmicas em torno do trabalho da Cia Okazajo geram acalouradas discussões. Certa feita Nênem Bragança em uma entrevista ao extinto site Praça da Cultura destilou suas opiniosas contatações e a coisa gerou depois até “nota de repúdio” contra Nênem. Chamaram o cara de machista, homofóbico, etc. 

Eu de minha parte já dei minha opinião sobre o Cia Okazajo (para reler clicke aqui). 

Penso que os integrantes da companhia deveriam não se preocuparem tanto com quem não lhes prestigia. A vida é dura, vivemos em uma sociedade democrática onde todos tem direito a livre divergência. 

Conheci de perto o Professor Gilberto. Sua gestão a frente da Fundação Cultural promoveu bons momentos para a promoção da arte em nossa em cidade. Se ele resmungou alguma coisa, tem o direito de fazê-lo. 

Aliás resmungar é direito constitucional de todos, mas como dizia Millôr Fernandes, é a única coisa que temos certeza que não resolve. 

Não digo que você não deva ter opinião. Mas debater quem faz o melhor teatro, defender posição sobre qual estética artística é mais adequada é jogar preciosos neurônios e minutos fora. Afinal ser “contra” é a única posição possível sobre quem fala besteira, em maior ou menor grau. 

Dito isso creio que é bom ressaltar: o Okazajo não precisa do público intelectual para sobreviver. Sua arte e seu teatro é a mesma patifaria do populacho que estamos acostumados ver no dia a dia. E para o público de Imperatriz está ótimo assim.

6 de novembro de 2013

A FALTA QUE FAZ UM ARQUIVO PÚBLICO EM IMPERATRIZ


Já disse aqui sobre a enorme carência em Imperatriz por não termos bens e equipamentos para o incentivo a cultura e a pesquisa. Além da falta de museus e até de bibliotecas, também não temos um "Arquivo Público", espaço imprescindível para a valorização da historia da cidade.

Um Arquivo Público para que os estudantes tenham o hábito de irem livremente estudar sobre as mais diversas temáticas traria enorme valorização da pesquisa, voltado para educação patrimonial, como um centro de documentação. 
  
Temos necessidade de uma efetiva política de gestão da memória. Em um evento recente promovido pelo professor Rogério, do Departamento de Ciências Humanas da UFMA, tivemos a presença da Professora Maria Helena [Arquivo Público do Estado] que deixou um documento onde consta um “passo a passo” para a criação de um Arquivo Público. A Profa. Maria Helena também se colocou a disposição para ajudar no que fosse necessário para a efetivação do mesmo.
 
Na verdade temos um “esboço de arquivo publico” sub-utilizado em Imperatriz.  Não sei bem como está o dito-cujo, mas pelo que me disseram ele funciona em alguma sala da prefeitura municipal, sem condições de uso pareceria mais um depósito de documentos velhos.

Imperatriz joga por terra assim sua história. Desvaloriza seus pesquisadores. Fica a pergunta: Onde estão as politicas públicas para a cultura na cidade?

5 de novembro de 2013

SENADOR RANDOLFE RODRIGUES (PSOL) ANUNCIA PRÉ-CANDIDATURA A PRESIDENTE


O senador amapaense Randolfe Rodrigues (PSOL) acaba de anunciar que é pré-candidato à Presidência da República. Seu nome deve ser lançado oficialmente no próximo dia 15 de novembro. Em entrevista exclusiva ao 247, o parlamentar afirmou que deverá disputar o posto de candidato internamente com a ex-deputada Luciana Genro, mas acredita que, no momento, tem o apoio da maioria dos delegados do partido. Randolfe defende que "essa eleição precisa ter uma candidatura de esquerda", uma vez que, segundo ele, todos os atuais postulantes não têm esse perfil. 

Em sua avaliação, tanto a presidente Dilma Rousseff, que é petista, como o senador tucano Aécio Neves, e ainda o governador de Pernambuco, o socialista Eduardo Campos, defendem a privatização do pré-sal. Alguns, a privatização "escancarada", outros, a "envergonhada". Leia abaixo os principais trechos da conversa: 

247 - Senador, o seu partido aguarda sua definição sobre a possibilidade de concorrer à Presidência da República. Já o diretório do partido no Amapá debate seu nome ao governo do Estado. O senhor já tomou essa decisão? Randolfe Rodrigues – No próximo dia 15 de novembro, deveremos realizar um ato, mas por enquanto estamos definindo o local, se será em Brasília ou Rio de Janeiro. Esse ato será de lançamento da nossa pré-candidatura à Presidência da República. 

Existe consenso dentro do PSOL em relação ao seu nome? 
Não. Existe também o nome da ex-deputada federal Luciana Genro. Não é um nome apoiado pela maioria do partido, mas vamos resolver isso no congresso do PSOL. Eu espero que possamos avançar o quanto antes para chegarmos a um consenso. Do contrário, será decidido mesmo no Congresso Nacional do Partido nos dias 29, 30 e 1º de dezembro, através da maioria dos delegados presentes. 

O senhor já tem o apoio da maioria dos delegados?  
De acordo com as contas que nós temos no processo preparatório da eleição de delegados ao congresso nacional, posso dizer que sim. 

O PSOL está aberto a alianças com outras legendas ou vai lançar candidatura própria, a chamada cabeça de chapa? Essa eleição precisa ter uma candidatura de esquerda. Precisa ter um candidato que apresente um programa alternativo. Todos os candidatos têm medo de falar do papel estratégico do Estado. Veja, todas as candidaturas apresentadas defendem a privatização do pré-sal. Uns defendem a privatização escancarada. Outros defendem o modelo de privatização envergonhada, que é o modelo de partilha. Portanto, é importante ter uma candidatura que diga “a nossa Petrobras tem condições de fazer exploração do pré-sal!”. Isso é o exemplo de um programa que pode ser apresentado ao Brasil. 

O senhor é essa alternativa de esquerda? Tem que ter uma candidatura que apresente esse programa e nós vamos apresentar nesse eleição. Temos visto um deslocamento na política do centro para a direita. Bandeiras históricas à esquerda se perderam ao longo do caminho. Tem que existir alguém que apresente essa bandeira mais à esquerda. As candidaturas que surgiram aí não apresentam esse perfil. 

Quem seriam os possíveis aliados do PSOL em um projeto à Presidência da República? 
Vamos conversar com o PCB, com o PSTU. Eu acho que são partidos que se propõem a dialogar e debater conosco. Vamos conversar em especial com esses dois e com outros partidos que queiram debater nosso programa. Eu acho que esses dois partidos são os que mais se identificam com nosso programa. Não creio que no atual aspecto político brasileiro tenham outros. Se tiver serão bem vindos, mas não creio que existam. 

Nas pesquisas, o senhor era o nome do PSOL ao governo do Amapá. Como fica a situação do partido no Estado com essa sua decisão? 
Vamos ter um congresso estadual do partido. Nesse congresso vamos debater isso. Eu defendo que nós esgotemos o leque de possibilidade de diálogos. Defendo a realização de um encontro extraordinário em março do ano que vem para decidir o rumo em relação ao Amapá.

2 de novembro de 2013

JOÃO DO VALE E A TRILHA SONORA DA NOSSA VIDA



João do Vale é mito. Homem simples, de costumes simples. Seu desapego ao dinheiro e a paixão pelo vida boêmia iriam ser uma marca indelével na sua carreira. Neste ano de 2013, se estivesse vivo, completaria 80 anos.

Considerado o maranhense do século João no entanto morreu sem bens financeiros e dependendo dos amigos. tipica história do anti-héroi, do poeta solitário sem ser triste - carregando nas letras o cotidiano das coisas que o arrodeavam.

João do Vale, o ser humano morreu, mas sua obra, seu baião, são eternos.  Poucos artistas da cancioneiro popular conseguem lhe ser páreos. São mais de 400 músicas de puro sertão, festas, personagens e ruas.

A cidadezinha de Pedreiras hoje em dia está imortalizada em um contexto patrimonial, onde o Brasil todo rende-lhe homenagens e respeito por ter saído de lá o poeta que era "mais coragem do que homem", cantador de luta por melhores condições para educação do nosso povo.

Alias, João do Vale mesmo sem ter frequentado muito escola (era semi-analfabeto) trazia na essência de sua arte o incentivo a leitura e a valorização dos estudos como forma de libertar um povo. 

Mesmo sem ter o ensino fundamental João do Vale era gênio. Muito mais inteligente que muitos doutores por aí. E ainda sabia fazer baião.

João do Vale vive!   

1 de novembro de 2013

UM ENCONTRO COM WILSON ZARA E NOSLY


Conheci Nosly Jr por ocasião do lançamento de seu mais recente álbum, "Parador", no Teatro Arthur Azevedo, em São Luís. Músico versátil e com bagagem invejável de carreira, Nosly era acompanhado por grandes medalhões da MPB, tais como Zeca Baleiro e Toninho Horta, o genial guitarrista/compositor da trupe mineira do Clube da Esquina (Beto Guedes, Milton Nascimento, Lô Borges e cia).

Não a toa Nosly desenvolveu um estilo de cantar bastante influenciado pelos mineiros. Pra mim que sou apaixonado pelo Beto Guedes, perfeito. As composições de Nosly tais como "Aquela estrela" beiram o orgasmo no ouvinte. 

Já Wilson Zara é velho conhecido destas terras tocantinas. Cantador Raul-Seixista, músico minimalista com uma pegada mais rock in roll, ex-funcionário da Caixa Econômica em Imperatriz na década de 90, Zara abriria um pub que seria responsável pela cena local mais movimentando em se tratando de boa música. "O Caneleiros" seria uma espécie de escola onde sairiam bons músicos que a cidade formou além, claro, de nos brindar com shows esplenderosos de grandes nomes do cenário alternativo músical brasileiro. 

Hoje estas duas feras (Nosly e Zara) estão juntos para um show de primeira a ser realizado no Parrila, (próximo a prefeitura) a partir das 22:00. É garantia de espetáculo certo para quem acha que música boa transcende o tempo e o espaço.     
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