29 de agosto de 2013

PRAIA PERMANENTE NO RIO TOCANTINS ?


Por Domingos Cesar*
 
Não tive como não achar graça quando li a notícia em O Progresso da última quarta-feira (28) dando conta que o vereador Hamilton Miranda (PSD) apresentou um requerimento – e foi aprovado, porém se eu fosse vereador sugeria seu arquivamento – solicitando ao Consórcio Estreito Energia – CEST a implantação ou construção no rio Tocantins, de uma praia permanente. 

Na sua justificativa (?) o edil observa que cidades como Palmeirante (TO), Filadélfia (TO), entre outras, o poder público instalou no rio Tocantins praias artificiais (que não foram geradas pela natureza), para que essas cidades realizassem seus períodos de veraneio. Ele só não lembrou a seus pares, que essas cidades estão na montante (acima) da barragem da hidrelétrica de Estreito. 

Imperatriz, por sua vez, encontra-se a jusante (abaixo) da barragem da hidrelétrica, razão porque sofre com a vazão de milhões de metros cúbicos de água, toda vez que as comportas de hidrelétrica são abertas. É por isso é que estamos sofrendo a consequência de sermos regidos agora, não pela Natureza, mas pela decisão dos técnicos da CESTE. 

Na minha opinião, o que o vereador deveria ter feito foi o que fiz. Viajei duas vezes para Estreito, com passagens compradas com o dinheiro do meu parco salário, com o objetivo de participar das duas audiências públicas. Na segunda, fui o único representante da sociedade civil a se pronunciar, ocasião em que deixei bem claro as mazelas sociais e os impactos ambientais que o empreendimento causaria. 

Enquanto o presidente do Consórcio mentia claramente prometendo estradas vicinais, escolas, creches, cinemas, teatros, quadras esportivas, delegacias de polícia, quartéis para os militares, o então senador Edison Lobão, a então deputada federal Terezinha Fernandes, o prefeito do município e uma cambada de deputados estaduais batiam palmas para ele. 

Terminada a audiência fui ameaçado por um pequeno grupo de empresários, os quais, diziam que eu havia saído de Imperatriz para tentar barrar o desenvolvimento do município deles (Estreito). As ameaças não se tornaram em algo mais grave em face a intervenção de policiais militares, bem como, do deputado Antonio Pereira, que era meu amigo desde que morávamos em Açailândia. 

Passados os anos, a hidrelétrica entrou em funcionamento, porém quando a primeira turbina foi ligada, o efeito causou a morte de cerca de 35 toneladas de peixes das mais diversas espécies. Foram enterrados com uma escavadeira dado a grande quantidade de peixe. Foi o maior desastre ambiental registrado em toda a história da bacia Araguaia/Tocantins. 

Convidado pela Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, por intermédio do deputado Léo Cunha, fui um dos palestrantes da audiência convocada para debater o desastre ambiental com o Ibama, os diretores do CESTE e a sociedade organizada. Todos compareceram. O Consórcio não teve a dignidade de enviar um representante para a audiência. 

Para finalizar, como viajo de dezenas de anos pelas águas do rio Tocantins, devo informar ao vereador que na época do inverno, o rio atinge cerca de 14 a 15 metros acima do nível normal. Registra-se que no ano de 1926 e 1980 o rio atingiu um nível muito superior que vem apresentando nos últimos anos. A presença das barragens não quer dizer que essas grandes enchentes não voltem a acontecer. 

E a força dessas águas nobre vereador, quero apenas lhe exemplificar, são muitos fortes. Para se ter uma ideia, em dezembro do ano passado a força do riacho Santa Teresa rompeu a Rua Floriano Peixoto em pelo menos dez metros de largura. 

Agora o senhor já imaginou a força das águas do rio Tocantins no começo do inverno? Posso lhe garantir que não há praia que resista.

*Domingos Cezar, é ambientalista, pescador, ex-presidente da Fundação Rio Tocantins. 

26 de agosto de 2013

ADALBERTO FRANKLIN E A COMISSÃO DA VERDADE QUE INVESTIGARÁ CRIMES NA DITADURA

Membro da Academia Imperatrizense de Letras, jornalista, pesquisador, editor de uma centena de livros pela Ética Editora, membro do Instituto Histórico e Geografico do Maranhão, Adalberto Franklin agora irá integrar uma equipe de trabalho ligada ao âmbito da Casa Civil da Presidência da Republica. 

A Comissão Nacional da Verdade foi criada pela Lei 12528/2011 e instituída em 16 de maio de 2012 e terá por finalidade apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988, bem como a implicação e o esclarecimento dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres.

Imperatriz como eu já afirmei era trânsito de toda uma sorte de grupos clandestinos que faziam oposição programática e bélica ao regime militar. O grupo de Carlos Lamarca adquiriu terras por aqui. [Reveja]

Adalberto ainda é meu colega de pós graduação na UEMA. Nada mais inusitado a julgar pelo nível de alguma aulas. Sua bagagem lhe confere o know-how para lecionar por lá. Garanto que esta seria uma das melhores disciplinas.

24 de agosto de 2013

PARA VICTOR ASSELIN: "TEMOS GUARDADO UM SILÊNCIO BASTANTE PARECIDO COM A ESTUPIDEZ"


A afirmação do titulo acima é a frase que abre a obra mais famosa do Jornalista Eduardo Galeano: “As veias abertas da América Latina”. 

É a "Proclamação insurrecional da Junta Tuitiva na cidade de La Paz, em 16 de julho de 1819".  

Publicado em 1971, "Veias abertas.." é um livro que pelo seu caráter contestador e critico foi proibido em diversos países durante seus respectivos regimes militares. 

O teor do texto expõe através de uma análise brilhante e arguta, os diversos aspectos históricos da dominação colonial da América Latina, primeiramente pela Europa e seus descendentes e depois pelos EUA. Toda a exploração e diversos outros fatores que causaram o empobrecimento dessas nações ditas "latinas" são muito bem minuciadas através de dados históricos e sociológicos. 

Eis aí o principal motivo que as elites vetassem sua publicação, pois estas preferem seu povo acrítico. Essas mesmas elites, que ainda estão com muitos representantes descendentes no poder, manifestam descontentamento a qualquer tipo de tentativa de mudança no paradigma social dessas populações historicamente roubadas, sempre através de sua impressa comprada com o dinheiro sujo da corrupção.

A historia não para. O Livro de Galeano foi recentemente presenteado ao presidente dos USA, Barack Obama, por Hugo Chavez, coisa impensável até meados dos anos 80, afinal um trabalho “subversivo” de caráter “perigoso”, dado de presente a um chefe de uma nação, que financiou as ditaduras militares para que estas torturassem e matasse quem quer que ousasse mostrar a população alienada de que sua pobreza é uma condição que poderia ser mudada. 

E por aqui também temos as nossas “Veias Abertas.”. É o livro do padre beneditino Victor Asselin, chamado de “Grilagem nas terras do Carajás”, o livro foi editado em 1986 pela Editoras Vozes, de São Paulo, e mostrava a dura realidade dos primeiros camponeses do Bico do Papagaio, e da região Tocantina, nas décadas passadas. Através de uma análise sociológica, descritiva, Asselin vai mostrando o processo como as autoridades na época constituídas, décadas de 60 e 70, vão expulsando da terra milhares de trabalhadores rurais, utilizando assassinatos, atentados e demais outros tipos de violência, os donos do poder com seus capangas acabariam por formar um quadro de terror na região. O livro acabou sendo proibido. 

Asselin não pôde sequer ficar para divulgá-lo. Teve que voltar às pressas para São Paulo, para não morrer assim como outros que levantaram suas vozes para as injustiças sociais na região. Como por exemplo, Padre Josimo. 

Dizem inclusive que grande parte das edições ficaram em Fortaleza, foram retidas lá, para que não chegassem à população, grande desclarecida de todas nesse processo. Isso por que para os grupos dominantes, historicamente atrelados a ditadura militar e a idéia de subserviência colonial para exploração dos trabalhadores, quanto menos esclarecimentos de seu passado desonesto melhor, claro. 

Fazendo um paralelo entre as duas obras, percebemos que ambas tratam de aspectos semelhantes. Ambas trazem a discussão da injustiça social e seu caráter histórico para explicar o tecido social, os problemas e as lutas de nosso povo. Isso por que faz muito tempo que a grilagem de terras (a fraude da posse da terra por meio de documentos falsos) foi inaugurada no Brasil. 

No dia em que chegaram os portugueses, no dia 21 de abril de 1500, o país que viria a ser chamado de Brasil perdeu a autonomia sobre seu território e iniciou-se o processo de grilagem. 

De lá pra cá os povos nativos com seu sistema sócio-politico-economico próprio teve sua historia escrita sob humilhação, sangue e luta, enquanto que para os colonizadores glorias e poder. 

Claro que o Brasil hoje apresenta uma configuração muito diferente, mas parece que essa terra foi e é a encruzilhada no globo terrestre, onde se encontraram “os homens sem direito de o ser” do mundo africano, indígena e latino-americano e onde se articularam as forças econômicas e culturais do mundo ocidental, que constituem hoje sua elite dominante. 


O livro de Asselin sempre estará sendo reeditado muitas vezes, e assim como o de Galeano sendo presenteando, espero que para apenas recordar um triste passado. 

Para finalizar este texto, gostaria de ressaltar que a frase de Galeano está mais atual ainda quando percebemos os escândalos no Senado Federal e a falta de uma mobilização popular para expulsar esses facínoras do poder. Vivemos um Estado de exceção que parece ser por enquanto, via de regra. 

Texto publicado originalmente em 15 de julho de 2009. Morreu nesta sexta-feira (23) o padre e advogado Victor Asselin. De origem Canadense, Asselin viveu no Maranhão há mais de quatro décadas trabalhado junto aos TRABALHADORES rurais maranhenses. Foi um dos fundadores da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Brasil.

23 de agosto de 2013

A VIDA É MAIS IMPORTANTE QUE AMPLIAR O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS BARES EM IMPERATRIZ

Nossa câmara de vereadores quer se fazer de "autista" no sentido de desconhecer a realidade e dela permanecer distante. 

Dá para escrever um "tratado" sobre tudo que há de errado com esta estória de ampliar o horário de funcionamento dos bares. Mas não vou fazer. Dá preguiça e, hoje, se torna munição para chatos e carolas. 

Tem só um pecado que não perdoo: é o populismo bancado pelo sangue alheio. Depois das três da manhã, quem está de pé na rua está zoado, e o percentual de doidos e mal-intencionados aumenta automaticamente. Sempre na contra mão do que o povo quer e necessita essa câmara de vereadores de Imperatriz é uma grande piada. E de mal gosto. Primeiro disseram não para os professores. Depois foram omissos sobre a questão da VBL e agora mais essa sobre os bares. 

É populismo barato o que o vereador Zé Carlos vêm fazendo. Isso eu não perdôo. Por que não lutar para ampliar o horário de funcionamento das escolas em tempo integral? 

A boêmia, a diversão e as festas são importantes. A vida é mais. Vamos reconhecer que a cidade não é capaz de cuidar de seus cidadãos especialmente na madrugada. Insistir nisso é garantia de morte para jovens de todas as idades.

22 de agosto de 2013

NOSSAS PRAIAS DO RIO TOCANTINS COMPROMETIDAS

Cresci as pedaladas no grande bacuri, me dirigindo aos finais de semana para a Praia do Cacau. Minha maloca levava bola de futebol e fitas cassetes do Eric Donaldson e Banda Reprise, quase sempre também uma cachaça temperada com maracujá ou abacaxi. Coisa de moleque.
Depois já mais velho, tive a grata oportunidade de enfiar meus pés dentro d'água, já altas horas da noite, ao som de uma boa voz e violão ou seresta, degustando um tambaqui frito, com vinagrete e farofa. Tudo isso na Praia do Cacau.

As manhãs surgem bem frias por lá. Mas quando chega as dez horas, o sol sai a pino. Não tem protetor que resolva. O entardecer é outro momento de rara beleza, cada dia esculpindo uma obra de arte diferente nos céus.

Quero deixar isso aqui registrado para que as próximas gerações saibam o que perderam (ou poderiam) perder, pela lógica perversa das grandes hidrelétricas que ao se instalarem de vez vão paulatinamente destruir o Rio Tocantins.

Boa parte das promessas de mitigação dos impactos ambientais proposta pela Hidrelétrica de Estreito para seu funcionamento, não tem sido posto a cabo. Desde a morte de peixes, até mesmo a proliferação de violência urbana e prostituição: esse é o preço do desenvolvimento.
Mesmo já estando em meados de junho, muito pouco se vê no que tange as praias do Rio Tocantins. Com isso perde-se possibilidades enormes de se trabalhar e ganhar com turismo por exemplo. As campanhas financiadas com nosso dinheiro, via isenção de impostos, por empresas como o Ceste, ajudam a definir qual é a politica que norteia os interesses das prefeituras. Sem falar dos outros interesses milionários do grande capital internacional, de olho nas riquezas amazônicas e do cerrado.

Tragédia anunciada

Recentemente através do facebook, vi alguns comentários que merecem nossa atenção. Segundo informações de alguem de dentro do Ceste (consorcio responsável pela hidrelétrica de Estreito) há sintomas claros de uma tragédia maior que virá por aí. Muito pior do que a morte de toneladas de peixes ocorridos há mês. Quem souber de alguma coisa mais concreta que passe pro limpo.
Isso tudo me faz lembrar de uma corrente de cientistas que acredita que em cinquenta anos o mundo estará completamente desertificado. Quanto otimismo. Finalmente vamos ter que desistir de tudo que é movido a petróleo e/ou ligado na tomada. A menos que os chineses consigam falsificar outro planeta igualzinho a esse pra ser explorado.
Texto do meu livro, publicada aqui no blogue em 14 de junho de 2011.

21 de agosto de 2013

MÉDICOS: LEMBREM-SE DO JURAMENTO NA FORMATURA

 
Tenho um grande carinho, respeito e até admiração pelos que exercem a medicina. Acho que suas críticas à falta de estrutura para trabalhar e à falta de carreira no serviço público são super pertinentes. 
 
Porém o Brasil está assistindo nas últimas semanas um surto de corporativismo da categoria que mais lembra os tempos das medievais corporações de ofício. 
 
Parece-me que a categoria se coloca contra fatos históricos: 
 
a) a homogenização da proletarização dos profissionais da área da saúde, fruto tanto da dinâmica global de pauperização no capitalismo, quanto do desenvolvimento das forças produtivas nesta área, que vai retirando do médico o monopólio do "ato" profissional; 
 
b) a emergência de uma consciência social que não mais admitirá que não se tenha atendimento médico em tantos lugares, situação esta que expressa a face mais cruel da mercantilização da saúde. 
 
Contra fatos, fica difícil argumentar e os bravos e bravas da categoria médica me parecem estar se isolando de um sentimento positivo na população: a profissão de médico tem uma função social e não é apenas um patrimônio privado do médico ou da médica. 
 
Em outras palavras, estão cobrando da categoria as palavras ditas quando do juramento lá na formatura.

14 de agosto de 2013

BOA INICIATIVA: VEM AÍ O CACAU POP ROCK FESTIVAL


Sábado agora, tem início o Cacau Pop Rock Festival, que acontece pela primeira vez na Praia do Cacau, a mais tradicional de Imperatriz e Região Tocantina. 


O projeto piloto leva ao palco um total de 11 (onze) bandas, sendo 8 (oito) de Imperatriz e 3 (três) de São Luís, uma forma também de possibilitar maior intercâmbio entre músicos, produtores e agitadores do cenário independente, com objetivo de gerar inúmeras outras edições.

::: PROGRAMAÇÃO :::

Sábado, dia 17
- 16h: AP 604
- 17h: Madame Lulu & Junior Marra (ex-Antiquarius)
- 18h: Natália Ferro (São Luís)

Sábado, dia 24
- 16h: Assalto
- 17h: Melquíades Dissonante & Senzala
- 19h: Panda S/A (São Luís)

Sábado, dia 31
- 16h: Pilantropia & Renewal
- 18h: LiverPaul (Tributo aos Beatles - São Luís)

Fonte: ASCOM

13 de agosto de 2013

HUMBERTO GESSIGER EM CAROLINA - MA


Em Balsas, na Conferência de Cultura local,  encontro o organizador do Festival de Rock de Riachão, Beto Kelnner, que já trouxe Bikine Cavadão, Detonautas Frejat, Pilantropia além diversas bandas neste mega evento. 

Ele me garantiu que a proposta do festival continua, só que será em Carolina sem data ainda marcada. A mudança do local foi a logística em Carolina ser melhor, visto que a atual gestão da prefeitura de Riachão não teria mais interesse no festival. 

Uma pena pois o mesmo movimentava toda a economia da cidade. A próxima atração principal será a banda de Humberto Gessinger, vocalista do Engenheiros do Hawaii. E aí tamo dentro?

6 de agosto de 2013

ESTADO LAICO? VERADORES DE IMPERATRIZ FAZEM CULTO NA CÂMARA



A imagem fala por si só. Foi tirada pelo fotografo/jornalista Pinheiro e mostra Vereadores na fila para receber o "óleo da unção" [sic] pelo pastor Cleriston Bandeira. 

Estão misturando as coisas, nosso país é LAICO, assim câmara de vereadores não é lugar para proselitismo religioso, pois ao estarem na fila para receber o óleo fazem CONFISSÃO pública de uma fé, em detrimento das demais! 

Assim, ao meu ver, o lugar não é propício para tal ato, enfim, pra isso temos os templos!"

2 de agosto de 2013

ESTUDANTE DE MESTRADO É DETIDO APÓS FURTAR PRODUTOS DE SUPERMERCADO


O estudante furtou comida. Pelos itens, dá pra perceber que o sujeito deve morar só, ou em alguma república. "Crime" famélico. É por isto que educação gratuita mesmo deve conter o ensino, o transporte, o acesso livre à literatura e à alimentação. Senão vira mercado. 


Um estudante de mestrado foi detido pela Policia Militar na manhã deste sábado (27) após furtar produtos de um supermercado situado na avenida São Carlos, no bairro Costa do Sol.
O acusado foi detido por um segurança no momento que deixava o local. Ele havia furtado dois pacotes de lasanha pronta, dois chocolates e um nescafé.
O estudante foi detido e conduzido ao Plantão Policial onde ficou a disposição do delegado responsável.

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