31 de outubro de 2011

CONGRESSO ESTADUAL DO PSOL ELEGE HAROLDO SABÓIA PRESIDENTE


O diretório estadual do PSOL no Maranhão possui nova composição. Neste ultimo final de semana foi realizado o III Congresso do Partido Socialismo e Liberdade na auditório do Sindicato dos bancários a Rua do SOL em São Luis.
Cerca de 48 delegados de vários municípios exerceram de forma democrática seu direito de escolher a nova direção partidária. Presentes também diversos observadores e outros para acompanhar todo o processo. Na ocasião o membro do Diretório Nacional Honório Rodrigues do Rio de Janeiro representou o DN.
Foram tirados os delegados que representarão o MA no Congresso Nacional do PSOL em dezembro. Dentre eles este que vós escreve.
Para presidir o DE foi escolhido o nome do ex- parlamentar federal constituinte Haroldo Saboia, de 61 anos de idade. Saboia é notoriamente conhecido por sua luta contra a oligarquia bem como por sempre transitar no campo da esquerda tendo sido o candidato ao senado mais bem votado da oposição até hoje.
O Congresso Nacional do PSOL será realizado nos dias 02, 03 e 04 de dezembro em São Paulo.  No vídeo abaixo o momento de contagem dos crachás bem como o anúncio da chapa vencedora.


27 de outubro de 2011

MOVIMENTO PRÓ- PLEBISCITO MARANHÃO DO SUL: PORQUE NÃO FUI...


Hoje pela manhã próximo as imediações da ponte do Cacau em Imperatriz foi realizado o movimento pró- plebiscito pela criação do Maranhão do Sul. Segundo o blogueiro Samuel Souza em seu facebook estiveram presentes cerca de trinta a sessenta pessoas. Outros mais entusiastas falam de quase mil participantes.

Recebi alguns convites de amigos e de alguns políticos da região interessados na bandeira separatista estadual. Não se trata aqui de preciosismos, mas fiquei de orelha (bastante) em pé quando vi velhos nomes e raposas da politica oligárquica sarneysta presentes nas articulações do movimento.

Radicalismos a parte. Não deixo de cumprimentar um amigo que conheci antes da tomada de posição ideológica que tenho hoje em dia. Agora dizer que tudo são flores e que em nome da divisão pura e simples do estado, avançaremos na melhor qualidade de vida da população me parece meio falacioso.

Há um erro metodológico na bandeira separatista. O discurso do desenvolvimentismo é o principal norteador pelo que pude perceber. Exemplifico melhor utilizando questões colocados por Celso Furtado, ex - ministro do próprio Sarney na presidência da república e grande demiurgo econômico do Brasil.

Celso sempre fora um intelectual preocupado com a chamada Teoria da Dependência que avaliava ser impossível países oriundos da periferia capitalista mundial, alcançarem níveis de desenvolvimento erradicando a desigualdade social devido ao processo cultural de suas elites dependentes. O mesmo pode ser dito, guardada as devidas proporções, para este movimento pro criação Maranhão do Sul.

O separatismo e a própria noção de desenvolvimento andam juntas simbologicamente neste caso. A grande questão é que a natureza, o meio ambiente, não suportarão por muito tempo a feroz investida que vemos dia após dia capitaneado pelos seres humanos. 

Fiz um texto sobre as reais necessidades que temos e que invariavelmente passam pela criação imediata de uma Universidade Autônoma Sul Maranhense. Leia aqui.

Somente com um centro irradiador de conhecimento é que de fatos teremos noção exata de nossas demandas. Isso não passa necessariamente pela divisão do estado – não que eu seja contra dividir – mas a proposta colocada pelos que pleiteiam a mudança não me cheira muito bem. Na verdade exala o odor fétido, podre. De podres poderes.

Na verdade esta é a logica que ainda legitima o poder na mão de poucos. Digo não apenas o poder do dinheiro pura e simplesmente mas sim o próprio poder de decidir os rumos e impactos que a sociedade sofrerá e que não participa na hora decisiva das escolhas. As elites querem possuir padrões de consumo com uma estrutura de poder que ainda concentra renda e traz enormes problemas sociais. Não se trata de blá blá marxista, basta olhar a realidade ao redor.

Sem um projeto coerente de desenvolvimento vigoroso que supere essa descomunal divida interna insuportável - que imobiliza e transforma o estado num guiché de pagamento de juros e que - antes de mais nada - transforme os desequilíbrios e as desigualdade sociais, estaremos chovendo no molhado.

25 de outubro de 2011

NOTAS RÁPIDAS: KADAFI, PCDOB, VALERIA E CARLINHOS, FMI, MADEIRA E BAND


Kadafi
Vi agora a pouco as imagens de Kadafi capturado, muito ferido, mas ainda vivo, sendo molestado por seus algozes. Foi assassinado brutalmente. Nem o pior assassino pode ter a violação de seus direitos humanos comemorada. Nós o condenamos exatamente por isso, por desrespeito aos Direitos Humanos, e na hora de fazer justiça não podemos, em hipótese alguma, transigir com seus métodos. Temos que ser melhor que os tiranos!


Escandâlo no esporte
Respeito muito vários companheiros do PC do B, gente séria, mas tava muita cantada a bola. Em vários municípios e estados, nos últimos anos, o PC do B ocupou secretárias de esporte, numa casadinha vertical com o Ministério dos Esportes. Era “muuuito” convênio. Mais ou menos o que o PTB fez com o Turismo. Isso ia dar bolo, mais cedo ou mais tarde.

Valeria Macedo e Carlinhos Amorim
“Carlinhos Amorim e Valéria Macedo se ausentam do plenário durante a votação do projeto de estatização da Fundação Sarney - a Sarneybrás. Ambos do PDT. Que oposição é essa?” Comentário feito por Isnande Barros, Blogeiro de Imperatriz.

Festival da Música de Imperatriz
Festival da Música de Imperatriz na Romanos Pizzaria? Nada contra o espaço em sí que é muito bacana, mas não dá pra concordar que um evento desse porte seja num local privado e ainda com ingressos e preço das mercadorias (cerveja e petiscos) acima da média que um trabalhador (a) possa pagar.

Madeira e a Band
Fontes oficiais dão conta que o Prefeito Madeira arrendou a Band por alguns milhares de reais. Tem dinheiro pra propaganda mas não tem pra educação, saúde e cultura né seu prefeito?

24 de outubro de 2011

A PRIMAVERA ÁRABE CHEGA A WALL STREET

"Milhares de norte-americanos ocuparam sem violência a Wall Street - um epicentro do poder financeiro global e da corrupção. Eles são os últimos raios de luz em um novo movimento pela justiça social que está se espalhando rapidamente pelo mundo: de Madrid a Jerusalém e a 146 outras cidades, com outras aderindo a cada instante. Mas eles precisam de nossa ajuda para triunfarem." (manifesto de apoio à ocupação de Wall Estreet, no Avaaz.org - o mundo em ação) 

Já somos quase 800 mil em apoio ao movimento OCUPE WALL STREET. Assine você também aqui.

Abaixo, a jornalista e ativista canadense Naomi Klein escreve sobre o movimento.


A coisa mais importante do mundo: "Ocupe Wall Street"
NAOMI KLEIN
Uma coisa que sei é que 1% das pessoas amam as crises.

Quando o público está em pânico e desesperado, e ninguém parece saber o que fazer, o momento é ideal para forçar a aprovação de uma extensa lista de políticas que beneficiam as empresas: privatizar a educação e a Previdência Social, reduzir os serviços públicos, remover os últimos obstáculos ao poder das grandes companhias. Em meio à crise, isso vem acontecendo no mundo inteiro.

Só existe uma coisa capaz de bloquear essa tática, e felizmente é uma coisa muito grande: os outros 99% das pessoas. E esses 99% estão saindo às ruas, de Madison a Madri, para dizer: "Não, não pagaremos pela sua crise".

O slogan surgiu em 2008, na Itália. Ricocheteou para a Grécia, França e Irlanda, e por fim voltou. "Por que eles estão protestando?", indagam os sabichões embasbacados na televisão. Enquanto isso, o resto do mundo pergunta: "Por que demoraram tanto? Estávamos imaginando quando vocês enfim se dignariam a aparecer. Bem-vindos".

Muita gente traçou paralelos entre o movimento "Ocupe Wall Street" e os chamados protestos antiglobalização que conquistaram a atenção do planeta em 1999, em Seattle. Foi a última ocasião em que um movimento mundial, descentralizado e comandado por jovens tomou por alvo direto o poder das empresas. E me orgulho por ter participado daquilo que chamávamos "o movimento dos movimentos".

Mas há diferenças importantes. Por exemplo, nós escolhemos como alvo conferências de cúpula: da Organização Mundial de Comércio (OMC), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Grupo dos 8. Mas esses eventos são transitórios por natureza, o que nos tornava igualmente transitórios. Aparecíamos, conquistávamos manchetes no mundo todo e em seguida desaparecíamos. E no frenesi e patriotismo excessivo que se seguiram aos ataques do 11 de Setembro, foi fácil nos varrer do cenário, ao menos nos Estados Unidos.

Já o "Ocupe Wall Street" tem alvo fixo. E não definiu um prazo para sua presença, o que é sábio. Apenas quem se mantém firme pode criar raízes. E isso é crucial. Na Era da Informação, muitos movimentos brotam como belas flores, mas logo morrem. Isso acontece porque não criam raízes e não têm planos de longo prazo para se sustentar.

Ser horizontal e profundamente democrático, é maravilhoso. Esses princípios são compatíveis com o árduo trabalho de construir estruturas e instituições firmes para suportar futuras tempestades. Tenho grande fé nisso.

Há mais uma coisa que esse movimento está fazendo direito: assumiu um compromisso para com a não violência. E essa imensa disciplina significou, em incontáveis ocasiões, que as reportagens da mídia tivessem por tema a brutalidade policial, injustificada e repugnante.

Enquanto isso, o apoio ao movimento só cresce.

Mas a maior diferença que a década de distância entre os dois movimentos produziu é que, em 1999, nós estávamos atacando o capitalismo no pico de um boom frenético. O desemprego era baixo, as carteiras de ações propiciavam fortes lucros. A mídia estava embriagada pelo acesso fácil ao dinheiro. Então, todos preferiam falar mais sobre as empresas iniciantes de internet do que sobre os esforços para paralisar atividades reprováveis.

Nós insistíamos em que a desregulamentação que havia possibilitado aquele frenesi teria um custo. Que ela havia rebaixado os padrões trabalhistas. Que prejudicava o meio ambiente. As empresas se tornavam mais poderosas que os governos, e prejudicando nossas democraciasMas, para ser honesta, enfrentar um sistema econômico baseado em cobiça era uma parada indigesta enquanto as coisas iam bem, ao menos nos países ricos.

Passados 10 anos, parecem não existir mais países ricos. Apenas muitas e muitas pessoas ricas. Pessoas que enriqueceram saqueando o patrimônio público e exaurindo os recursos naturais do planeta.

O ponto é que hoje todos podem ver que o sistema é profundamente injusto e está escapando ao controle. A cobiça descontrolada devastou a economia mundial, e está devastando o mundo natural. Estamos pescando demais em nossos oceanos, poluindo nossas águas com exploração petroleira e recorrendo às formas de energia mais sujas do planeta. (...)

Esses são os fatos práticos. São tão gritantes, tão óbvios, que é muito mais fácil agora do que em 1999 promover conexão com o público, e assim expandir o movimento. (...).

Fonte: Ecos das Lutas

22 de outubro de 2011

EDMILSON SANCHES RESPONDE


DO EXERCÍCIO DE ATIRAR A PRIMEIRA PEDRA

(EDMILSON SANCHES)

Recebi informação de que um jovem voluntarioso e empreendedor, antigo conhecido meu, dirigiu pergunta a mim em seu espaço na Internet (blog). Ele quer saber o que eu acho sobre recentes denúncias contra ministro, divulgadas na Imprensa.

Enviei resposta hoje, 20/10/2011, às 6h da manhã. Como alerta o blog do jovem, o "comentário foi salvo e será exibido após a aprovação do proprietário do blog". Espero ter atendido à justa curiosidade daquele cidadão, a quem respondi, assim: (...)

"Atendendo à sua pergunta, respondo que denúncias devem ser apuradas e processos devem ser julgados.

Denúncias feitas e processos em andamento não tornam os demandados criminosos, senão eu e você e muita gente mais já seríamos bandidos -- e, respondendo por mim, eu pelo menos não sou.

Ser de um mesmo partido não implica ser partidário de mesmas ações e opiniões -- senão até gente de quem o senhor ou eu somos amigos, gente que o senhor ou eu elogiamos ou defendemos seria classificada criminalmente, como parte de um bando de pessoas acusadas, denunciadas, processadas e, até, julgadas como bandidos.

Se a lama nacional ou estadual da política, do jornalismo ou das opiniões e "escritas" em blogs for aplicada ou jogada em rostos municipais, corre-se o risco de vivermos em uma Imperatriz de sujeira...

Outra coisa: um jornalista escrever sobre ética não o torna "senhor" dela, da mesma forma que um blogueiro escrever sobre corrupção não o torna um corrupto.

Quando o senhor, a quem conheço desde menino, quiser tratar comigo destes e outros assuntos, especialmente os relacionados a Imperatriz, por gentileza, convide-me ou envie mensagem para o e-mail edmilsonsanches@uol.com.br ou esanches@jupiter.com.br, porque assim tomarei conhecimento direto das dúvidas e interesses do seu blog em relação às coisas e causas que forem postas em debate.

Estou à sua disposição, com a educação e o respeito dos quais creio que o senhor é merecedor e com os quais em nenhum momento lhe faltei."

20 de outubro de 2011

UEMA: UNIVERSIDADE CORROMPÍDA?


RECEBI ESTE E-MAIL ENVIADO PELA PROFESSORA CÉLIA COSTA (UEMA), UMA DENÚNCIA BOMBÁSTICA DE TODA ESTRUTURA DE NOSSA UNIVERSIDADE. DENUNCIEMOS E AGITEMOS À ESSA REALIDADE...

SEGUE ABAIXO NA ÍNTEGRA O MANIFESTO DO SINTUEMA (Sindicato dos Trabalhadores da UEMA):

A verdade sobre a falência moral e administrativa de uma Instituição

Denunciar as mazelas e vilipêndios de uma Instituição de Educação Superior que há três décadas agoniza sob a irresponsabilidade administrativa de poucos “iluminados” é dever e missão daqueles e daquelas que há anos dedicaram serviço, suor e lágrimas pelo seu crescimento e participaram de tantas lutas e conquistas. Assim vive a UEMA hoje: um gigante adormecido padecendo de falta de qualidade, atolada em crise moral e falta de legitimidade administrativa da Direção Superior e eivada de suspeitas de irregularidades na área financeira e fiscal.

Passar a UEMA a limpo é comprometer-se com uma instituição nova que olhe para frente, mas sem esquecer as conquistas do passado e as potencialidades do presente. O rico capital humano da instituição foi historicamente desvalorizado. Aliás, sempre fica a impressão de que a UEMA poderia SER mais ao invés de TER mais. Poderia SER mais democrática e humana, cuidando melhor dos seus servidores técnico-administrativos, docentes e alunos. Poderia SER mais respeitada pelo governo (que olha com desconfiança para os “Gestores Superiores”) e pela sociedade que preocupa-se com a credibilidade abalada e qualidade questionável.

Com um orçamento para 2011 de R$ 220 milhões, abaixo do percentual disposto na Constituição Estadual, UEMA poderia TER menos problemas na área financeira. Além disso, ocorre a devolução de recursos ao governo ao final de cada exercício, recursos estes duramente conquistados pela Comunidade Universitária. Sem planejamento e capacidade de execução, a maioria dos projetos não é implementada. Sobre o Planejamento Estratégico (ou o que a UEMA quer SER quando for GRANDE ?), a Instituição gastou 380 mil reais, com dispensa de licitação para a contratação dos consultores. Com a ajuda dos próprios gestores da UEMA, cobaias desse “ensaio de planejamento”, foi produzido um belo e colorido documento. A quem serviu ?. E a UEMA continua PEQUENA, na mentalidade de alguns e na vontade de ser GRANDE.

A UEMA é um canteiro de obras inacabadas, um verdadeiro palanque de promessas, enquanto alunos especialmente das licenciaturas não têm salas de aulas, professores não têm gabinetes de trabalho para atender os alunos, servidores técnico-administrativos ganham e se aposentam com um salário mínimo apesar de suas especiais atribuições, os laboratórios não têm equipamentos, pesquisadores não têm laboratórios, e estes não dispõem de técnicos e auxiliares. E o mais grave, enquanto isso, alunos dos Campi do continente não têm professores efetivos concursados. Surge a pergunta: como fazer educação superior, como “fazer qualidade”, sem professores minimamente titulados nos diversos campi do continente e servidores técnico-administrativos sem salários dígnos? Sobre a falta de prédios e infraestrutura de ensino e lazer, alunos do Curso de Direito de São Luís formalizaram representação junto a Procuradoria-Geral de Justiça do Maranhão, denunciando a situação das obras inacabadas ou paralisadas, citando-se algumas: Centro de Convenções, prédio das Licenciaturas, Prédio da Biologia, vila olímpica, prédio do NUGEO, prédio da reitoria, prédio da Divisão de Bens e Suprimentos, reforma do Curso de História no Reviver, reforma do CCT, reforma da PROG e diversas obras inacabadas nos Campi do continente. Destaca-se a emergencial reforma do Ambulatório do Curso de Medicina em Caxias, que gerou protestos nas ruas da cidade, e a solução para os terrenos doados pela comunidade e prefeituras para a construção dos Campi em Imperatriz, Grajaú, Balsas, dentre outros, nos quais a UEMA não consegue viabilizar os projetos e recursos para construção dos mesmos. Quanta contradição: a UEMA devolve recursos com tamanha demanda interna!

Por uma visão esquizofrênica, o atual Reitor José Augusto Silva Oliveira, em seu terceiro mandato precário, pendente de decisão judicial (Processo nº 680/2011-TJ/MA), inventou com seu Reitorado, mais um programa de qualificação de docentes, o Darcy Ribeiro (Educação Itinerante), que funciona como uma UEMA a parte. Pasmem!: a maioria dos professores do Darcy é formada de recém-graduados, seletivados e sem a preparação mínima para a docência. Acrescente-se que na grande maioria dos pólos as turmas que iniciaram com 30 alunos estão reduzidas a 18, 12 e até 8 alunos, pela ausência de eficiente planejamento e execução do Programa. Previsto para qualificar na primeira fase cerca de 5.000 alunos, o Darcy Ribeiro possui hoje em torno da metade deste quantitativo, demonstrando flagrante ineficácia na aplicação de recursos.

Da mesma sorte, prioriza-se a educação a distância por meio da UEMAnet, outra UEMA a parte. Esses Programas de ensino são eleitoreiros, a exemplo de outros Programas do passado, na medida em que os professores seletivados e alunos virtuais são votantes. Assim, pergunta-se: quem será o próximo deputado gerado pela mamãe UEMA ?. Sob a proteção do manto do MEC que busca melhorar os indicadores educacionais do país e do Maranhão em particular, esses programas da UEMA funcionam como verdadeiros ralos dos recursos do próprio orçamento, transferidos por dispensa de licitação a Fundações amigas como FACT, FAPEAD e ISEC para “facilitar” a execução orçamentária. Na UEMA, as Fundações e empresas terceirizadas pertencem a Gestores da UEMA ou a seus laranjas. A diferença de prioridade entre as duas modalidades de ensino (presencial e virtual) é flagrante num caso: o moderno prédio da Univima (Universidade Virtual do Maranhão) construído no Campus de São Luís (ao lado do RU) foi imediatamente transferido para a UEMAnet, quando deveria ter sido destinado para funcionar os cursos das licenciaturas, sem prédios há 25 anos. Isso se chama insanidade e vilipêndio!. Via de regra, as instuições maduras e que gozam de alta credibilidade científica e social criam programas de Educação a Distância somente depois de terem resolvido as questões de base do Ensino Presencial e, principalmente, depois de consolidarem a Pós-graduação stricto sensu. Na UEMA, a modalidade de ensino a distância virou uma oportunidade de negócio lucrativo e para fins político-eleitoreiros, a exemplo do uso indevido do sistema AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), que veiculou propaganda da candidatura do atual Reitor e seu Vice. O Balcão desses negócios é a UEMAnet.

Para ilustrar, somente em 2011, a UEMA repassou do próprio orçamento de custeio e capital, 18 milhões de reais para alimentar o Programa Darcy Ribeiro. Os recursos foram transferidos ao ISEC – Instituto Superior de Educação Continuada, com dispensa de licitação, tudo sob o amparo da lei. Da mesma forma, por dispensa de licitação, foram transferidos 17 milhões para abastecer a UEMAnet, cujos recursos são “geridos” pela FAPEAD – Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão, fundação esta controlada pelo vice-reitor Gustavo Pereira da Costa. Essa mesma Fundação foi denunciada pela Procuradoria Geral do Estado em 2009, em face de convênios celebrados com a Casa Civil e a Secretaria de Estado de Comunicação do Governo anterior, no valor de 22 milhões de reais, configurando desvio de sua finalidade de atuação, conforme foi divulgado na imprensa local.

Com os recursos do orçamento da UEMA e sem o necessário controle e aprovação dos Órgãos Colegiados Superiores (CAD e CONSUN), paga-se toda a sorte de despesas, especialmente de pessoal, como os professores seletivados do Darcy Ribeiro e os funcionários terceirizados e tutores da UEMAnet, todos com salários superiores aos servidores concursados e efetivos da UEMA. Daí, surge outra questão: por que o reitorado deveria preocupar-se com o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores técnico-administrativos efetivos se é mais fácil e cômodo terceirizar a UEMA e pagando altos salários?. Observe-se também que o PAES (vestibular) gera em torno de 4 milhões de reais anuais (com as taxas), cujos recursos são também administrados pela FAPEAD. Como são gastos esses recursos? E quem conhece a prestação de contas de todo esse montante de recursos, que alcança a cifra de R$ 39 milhões ?. Com a palavra, a Reitoria da UEMA, o Ministério Público Estadual, Controladoria Geral do Estado, Tribunal de Contas do Estado e a Assembléia Legislativa, esta com prerrogativa de instaurar uma CPI para investigar as verbas destinadas a UEMA, os contratos firmados com empresas e fundações amigas.

Todas as suspeições e mazelas reais da UEMA têm raízes no patrimonialismo institucional resultante de gestões temerárias, frágeis, oportunistas e de uma legislação interna caduca que engessa a democracia e inibe a necessária alternância de poder. Urge a instalação de uma Estatuinte da UEMA, discutida por todos os segmentos da instituição e pela sociedade, como medida para atualizar e aperfeiçoar o Estatuo e os Regimentos Internos. Desde o ano de 2009, que a Administração Superior, por meio da Vice-Reitoria, vem enganando toda a Comunidade Universitária representada nos Órgãos Colegiados, empurrando com a barriga a discussão e aprovação do novo Estatuto da UEMA. Aliás, a fragilidade do Estatuto e do Regimento, gerou uma “interpretação casuística” no CONSUN – Conselho Universitário - que, atendendo ao ilegal propósito do reitor, lhe garantiu um absurdo e inimaginável terceiro mandato. O Parecer interpretativo do CONSUN é “preciosa peça jurídica” que assegura o mandato do atual Reitor e vice na Justiça, mandatos forjados em uma eleição eivada de vícios e irregularidades. No entanto, o mesmo CONSUN reunido em setembro de 2011, recusou-se em acolher e analisar demanda dos servidores técnico-administrativos em relação ao reconhecimento do seu quadro funcional na UEMA, que é amparado pela Lei 5.931/94, a mesma que estabelece o plano da carreira docente.

Ante ao exposto e no cumprimento dos princípios constitucionais que regem a Administração Pública, o SINTUEMA, a ASSUEMA e a Comunidade Universitária dirigem-se à Senhora Governadora do Estado do Maranhão, à Assembléia Legislativa, a Ordem dos Advogados do Brasil - Secção do Maranhão e ao Ministério Público Estadual, para tornar pública a real situação da UEMA e solicitar providências administrativas e jurídicas, visando apurar as irregularidades e devolver a única Instituição Estadual de Educação Superior do Maranhão ao povo maranhense – seu verdadeiro dono.

SINTUEMA ASSUEMA

São Luís, 17 de outubro de 2011

Contatos do Presidente do Sindicato: miguelbenedito@yahoo.com.br; Celular: (98) 88687267.

19 de outubro de 2011

18 de outubro de 2011

DEBATE - MÍDIA ALTERNATIVA, SOCIEDADE CIVIL E LUTA SOCIAL


O jornal Vias de Fato promoverá um debate sobre:

Mídia Alternativa, Sociedade Civil e Luta Social

Participantes:

Igor Felippe Santos – É jornalista. Trabalha em São Paulo como editor do site do MST, integra o Centro de Estudos Barão de Itararé e a Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária.

Flávio Reis – É professor do curso de Ciência Sociais da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e autor do livro Grupos políticos e estrutura oligárquica no Maranhão.

Helciane Araújo - É jornalista, socióloga, professora da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e autora do livro Memória, mediação e campesinato: as representações de uma liderança sobre as lutas camponesas da pré-Amazônia maranhense.

Quando: Dia 9 de novembro de 2011

Onde: Sindicato dos Bancários (Rua do Sol)

Horário: 18h30min

O evento faz parte da comemoração pelos dois anos de fundação do jornal Vias de Fato. A entrada é franca. Ao final do debate teremos música, cachaça e camarão seco.

17 de outubro de 2011

EDUCADORES REALIZAM ATO PÚBLICO CONTRA PACOTE DO GOVERNO

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) realiza ato público nesta segunda-feira, 17, às 15h, em frente à Assembleia Legislativa, em protesto contra a medida do governo do Estado, que enviou mensagem ao Legislativo, com Projeto de Lei que prejudica a carreira dos educadores públicos estaduais.

A direção do sindicato conclama todos os trabalhadores para participação no ato. “Vamos nos posicionar na Assembleia Legislativa e mostrar aos deputados nosso sentimento de revolta contra a atitude do governo. Precisamos estar vigilantes para não deixar que o Estado, mais uma vez, tome atitude arbitrária, e autorize a votação de um projeto que é um atentado à carreira dos educadores, um pacote da maldade contra os trabalhadores”, alerta o presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro.

O Projeto de Lei, encaminhado ao Legislativo, à revelia dos trabalhadores, altera a estrutura de cargos da carreira dos educadores, com supressão de 10 referências da tabela salarial; estabelece percentuais de Gratificação por Atividade de Magistério (GAM) que reduz, em cerca de 20%, a conquista dos educadores, assim como submete à votação dos deputados, tabelas salariais com parcelamentos de reajuste que não foram pactuados com a categoria.

O governo encaminhou o PL antes mesmo que as assembléias regionais concluíssem o processo de votação da proposta de recomposição salarial apresentada pelo Executivo, que resultou em não aprovação das parcelas do reajuste de 20%, previstas para 2012.

Fonte: Sinproessema

15 de outubro de 2011

GREVE DO BANCÁRIOS: A CULPA É DE QUEM?


O Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA) informa à sociedade em geral que a greve da categoria continua forte e por tempo indeterminado em todo o Maranhão.

Nesta terça-feira (11), décimo quinto dia de greve, apenas o Bradesco e o HSBC estão funcionando normalmente no Estado, em virtude de liminares que impedem o Sindicato de paralisar as agências.

Os demais bancos continuam sem atender o público em São Luís. No interior, o movimento se intensificou e grande parte das agências foi fechada.

O presidente do SEEB-MA, José Maria Corrêa Nascimento, alerta os bancários em greve que não se intimidem com as ameaças dos bancos.

“Não se submetam à pressão dos bancos, ignorem ligações convocando-os a voltarem ao trabalho. Nossa greve é forte, legal, justa e legítima. O fim do movimento só será decidido em assembleia da categoria, com a apresentação de uma nova proposta pelos patrões, no mínimo equivalente aos acordos fechados com o BRB e Banpará, de forma alguma, pela decisão unilateral de um banco” – afirmou.

José Maria ressaltou ainda que a culpa pela continuidade da greve é dos banqueiros e do Governo Federal. “A categoria tem mostrado interesse em retomar as negociações, mas a classe patronal se mantém calada, sem manifestar qualquer intenção de negociar e encerrar a greve” – destacou o presidente.

No dia 29 de setembro, a Fenaban assumiu um compromisso público de dar continuidade às negociações, mas, até hoje, nenhuma reunião foi marcada, o que só comprova o total desrespeito dos patrões com os bancários, os clientes e a sociedade brasileira.

Apesar da postura intransigente dos banqueiros e do Governo Federal, os bancários reiteram que estão abertos ao diálogo e dispostos a retomar de imediato as negociações. Basta os patrões apresentarem uma proposta que atenda as reivindicações da categoria.

No último dia 26, o Banco Regional de Brasília fechou acordo com seus empregados, ao oferecer um reajuste de 17,45%, índice duas vezes maior que os 8% oferecidos pela Fenaban na última rodada de negociação.

Segundo José Maria, “se um banco regional pôde oferecer 17,45% de reajuste, quanto os bilionários bancos federais e privados podem oferecer aos bancários de todo o país?”. Para o presidente, a resposta é simples: “no mínimo, o mesmo reajuste, mas o problema é que os patrões não querem abrir os cofres, prolongando a greve e prejudicando a todos” – criticou.
Os bancários do Maranhão reivindicam reajuste salarial de 26%, isonomia de direitos,jornada de 6 horas para todos, recuperação das perdas salariais acumuladas, mais contratações, combate ao assédio moral, segurança, melhores condições de trabalho e atendimento digno para os clientes

Fonte: SEEB-MA

14 de outubro de 2011

GOVERNO ESTADUAL DÁ CALOTE NO FESTIVAL GUARNICÊ PARA FINANCIAR PROJETO DA GLOBO FILMES


Tido com um dos mais antigos festivais de cinema do Brasil e termômetro do audiovisual nacional, o Festival Guarnicê de Cinema e Vídeo em sua trigésima quarta edição, teve que ser realizado pelo departamento de Assuntos Culturais da UFMA sem um tostão dos cofres públicos maranhenses. 

Enquanto outros festivais de peso como Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro e Brasília só pra citar os mais famosos, tem todo apoio de seus governos e por conta disso levam e elevam a qualidade cinematográfica e artística de seu povo para fora, no Maranhão segue as dificuldades básicas para quem deseja ter acesso ao segmento audiovisual.

Segundo uma fonte nossa ligada a organização do Festival, o Secretário de Cultura do Estado, Luis Bulcão, argumentou que por falta de verbas o governo não poderia ajudar na realização do Guarnicê, que, leia-se, por consecutivos anos vem tendo dificuldades de ser produzido exclusivamente pela UFMA. A governadora ainda chegou a receber o Reitor da instituição Natalino Salgado para tratar do assunto. Segundo consta só promessas foram feitas.

Até aí nenhuma novidade. Mas eis que no material de divulgação do filme “Ana Jasen: A Rainha do Maranhão” programado para estrear em 2012 e realizado por ninguém menos que a Globo Filmes, nos créditos de patrocínio em letras garrafais para escárnio geral de todos ver-se escrito “Patrocinio: Governo do Maranhão”. É mole!

Que os filmes da Globo são em sua maioria bons filões comerciais já que se utilizam de atores e atrizes consagrados nas novelas isso também não é novidade. A captação de recursos da empresa não prioriza só a esfera privada pelo visto.

Triste constatação perceber que a Secretária de Cultura que em tese deveria fomentar e incentivar a produção para além da lógica mercadológica, na verdade aprofunda mais ainda a exclusão e a falta de apoio de quem lhe financia de verdade, no caso o povo e os cofres públicos.

O Festival Guarnicê é o quarto mais antigo do Brasil e é responsável por divulgar e elevar o Maranhão a capital nacional do cinema e vídeo pelo menos durante a semana de sua realização. Além da fundamental importância para a produção do audiovisual no estado do Maranhão também auxilia na circulação de trabalhos de cineastas de todo o Brasil.

Click aqui para ver o material de divulgação do filme "Ana Jasen: Rainha do Maranhão". 

13 de outubro de 2011

ENCONTRO COM AYUYBA


Na terça feira ultima em uma rápida visita a UFMA, Campus do Bacanga, São Luis, encontrei-me com o estudante de Engenharia Química e cidadão nigeriano Nuhu Ayuba. Junto com o advogado Nonnato Masson e demais colegas, conversamos sobre o processo que Ayuba move contra o Professor do Departamento de Quimica da UFMA, Clóvis Saraiva. Só pra lembrar: O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) requisitou à Polícia Federal a instauração de um inquérito policial para apurar as denúncias de preconceito encaminhadas por colegas de Nuhu Ayuba.

Jovem, meio tímido com gestos e olhar sereno, Ayuba me pareceu igual a todos outros estudantes universitários que anseiam por uma vida melhor, com perspectivas e sonhos. Perguntei-lhe se o dito professor chegou a pedir desculpas de público. “Ainda não”, “ele me pediu desculpas verbalmente ao vivo e disse que iria publicar uma nota, mas até agora não vi nada....”, complementou.

Segundo os colegas de Ayuba, o professor o humilhava na frente da turma “bradando em voz alta que este tirou uma péssima nota”, dizendo que “deveria voltar à África” e “clarear sua cor”. Saraiva teria dito ainda, que Ayuba é péssimo aluno “porque somos de mundos diferentes e aqui, diferente da África, somos civilizados”.

Em seguida na entrada do CCH chega ninguém menos que Clovis Saraiva. Logo mais aconteceria uma das audiências com a comissão instituída pela UFMA para apurar o caso. Segundo relato dos colegas do nigeriano parte da comissão tem tentando por panos quentes no caso e “tentado confundir” as testemunhas que depõem. Triste atitude esta.

Com o advogado a tiracolo, Saraiva passa rapidamente por nós e educado abre um sonoro “boa tarde". Ninguém responde.

Pergunto a Ayuba o que ele tem achado de toda a repercussão que envolve o caso dentro e fora da UFMA. “Ah tenho recebido muitas palavras de apoio, pois eu não fui o primeiro e nem o único, várias pessoas já passaram por situações discriminatórias por este mesmo professor.” Ayuba presisa se dirigir a sala que dá acesso a audiência. 

Despedimo-nos com um forte aperto de mão e meus votos de vitória. Abaixo o preconceito e a discriminação.



9 de outubro de 2011

SEGUE A PASMACEIRA NA CULTURA DE IMPERATRIZ


Meu nome é Carlos Leen Santiago. Tenho 32 anos. Tive minha primeira banda de rock aos 15 e de lá para cá perdi a conta de quantas participei. Me formei em História e trabalho como professor da área na Faculdade Santa Terezinha.

Escrevo quase diariamente neste blog há cerca de 5 anos. São mais de meio milhão de acessos com postagens sobre História, Literatura, Cinema, Politica etc. Já entrevistei renomes das artes e da politica. Figuras nacionais e regionais.

Inicio com esta breve autobiografia para legitimar um pouco melhor o que vou dizer sobre a esfera cultural : No período de 2000 a 2004 (na época com Gilberto Freire de Santana a frente da Fundação) pode se dizer que esta minimamente funcionou.

Tínhamos editais, projetos, festivais, auxílio a produção etc. Livros foram publicados, CDs gravados, vídeos editados enfim uma série de trabalhos e nuances que dava pra teimar em dizer que existiam politicas públicas minimas para o acesso e fruição aos bens culturais.

Infelizmente os últimos oito anos podem ser considerados como perdidos no que tange a estas politicas. A gestão do senhor Erasmo Dibeal (2004-2008) foi, nas palavras dele mesmo, “pífia”. Vejam aqui no link da entrevista.

Em quase nada avançamos desde então. Em 2008 com a mudança de governo entra a nova equipe comandada pelo empresário Antônio Lucena com renomes da cultura local como Zeca Tocantins e Zé Geraldo, além de quadros técnicos formados como o jornalista Antônio Fabrício e a poetisa e atriz Lília Diniz. Esta ultima se afastaria pouco tempo depois meio que pressentindo a barca furada em que estava entrando.

O que era uma boa promessa de trabalho, pesquisa e atuação até agora só emitiu sinais de decepção e fraca agilidade. Todas as pautas do movimento cultural foram esquecidas ou perdidas, sem conselhos, sem sistema municipal de cultura, sem fundo e consequentemente sem museus, centro culturais, bibliotecas decentes etc. Sobra violência, ociosidade e falta de apoio ao turismo e a economia local.

Só pra citar dois belos exemplos de cidades que vivem da cultura: a grande São Paulo e a pequena cidade interiorana de Parati no RJ. Em ambas a cultura move a economia, agricultura, educação e até a saúde. Ganha-se em tudo por lá. Em Imperatriz temos mal a banda da cidade.

Esse “ajuntamento de ineficientes” da cultura tem que ser mudado. Não dá mais pra termos “come-dormes” a frente de uma instituição importante como a Fundação Cultural de Imperatriz. Já é mais do que hora de irmos a luta e reivindicar mudanças ainda mais que 2012 esta se aproximando.

Um ultimo elemento para constar nesta breve reflexão: Sou imperatrizense, nascido e criado bebendo da água do Rio Tocantins. Eu e mais algumas dezenas de companheiros (as) do Fórum Permanente de Cultura, artistas, estudantes, empresários, profissionais ou não da cultura estamos marcando uma nova audiência pública na câmara de vereadores para debater e encontrar saídas para a questão. Não podem calar nossa voz.

6 de outubro de 2011

UFMA E PROJETO "CINEMA NO TEATRO" REALIZAM MOSTRA DE CINEMA E SEXUALIDADE


O grupo de pesquisa "Dintersex: Diálogos e Interseções em Sexualidade", da Universidade Federal do Maranhão, em parceria com o projeto Cinema no Teatro, realiza, neste mês de outubro, quatro exibições que irão discutir a sexualidade nas suas mais diversas formas. Serão exibidos os filmes XXY, As Melhores Coisas do Mundo, Orações Para Bobby e Transamerica,que tratam de temas como dilemas da sexualidade, sexualidade na adolescência, identidades sexuais e de gênero.

O objetivo da parceria é estimular a discussão acerca de temas que ainda hoje são colocados de lado quando se fala em sexualidade. Para o professor e coordenador do grupo, Dr. Jonas Alves, o cinema ajuda na hora de discutir temas como estes. “Sexualidade faz parte da vida, da constituição humana, das relações sociais. Cinema é a reconstituição da vida, a decantação da alma humana, a reflexão e a crítica da sociedade. Quando os dois se juntam, vêm à tona os enigmas dos desejos, as incoerências sociais, a força da intolerância.”

As exibições têm início com uma polêmica produção argentina, o filme XXY, que retrata o drama um adolescente hermafrodita que, ao se apaixonar por um garoto, entra em conflito com sua indefinição sexual. Em seguida será exibido o filme brasileiro As Melhores Coisas do Mundo, que mostra o despertar da sexualidade de um adolescente ao mesmo tempo em que ele tem de lidar a recém descoberta da homossexualidade de seu pai. Produzido originalmente para a televisão norte-americana e baseado em fatos reais, o filme Orações Para Bobby narra o drama de um adolescente homossexual de 16 anos, que, diante da pressão psicológica, preconceito da família e intervenções religiosas, acaba se suicidando aos 20 anos de idade. E encerrando a mostra, será exibido o filme Transamerica, que conta a história de um transexual que descobre ser pai quando está prestes a realizar uma cirurgia de readequação genital.

A seleção dos longas que serão exibidos foi feita pelos professores e alunos do grupo de pesquisa. “Os filmes que participarão do mês da sexualidade esquadrinham os limites da sexualidade, colocando em xeque nossas certezas, nosso senso de normalidade e nossos próprios preconceitos”, comenta o coordenador do grupo.

A primeira sessão da mostra acontecerá na próxima segunda-feira (10) e segue nos dias 17, 24 e 31 de outubro, sempre às 19h no Teatro Ferreira Gullar. As sessões são abertas à comunidade e a entrada é franca.

Mais informações podem ser encontradas no site do projeto Cinema no Teatro: www.cinemanoteatro.com

Release enviado por e-mail pela organização.

4 de outubro de 2011

ENCONTRO DE ECONÔMIA SOLIDÁRIA DO CERRADO AMAZÔNICO EM IMPERATRZ & OUTRAS NOTAS

Chagão fora do PT
O vereador eleito pelo PT, Chagão do Açougue, pediu oficialmente sua desfiliação do partido. O grupo do atual presidente da legenda, André Santos, comemorou bastante durante todo o inicio da noite com cerveja essa “pedida de penico” do vereador. Dizem que o destino de Chagão será o PSD, partido hibrido de dissidentes do DEM e PSDB.

Sarney no Rock in Rio
Mais uma vez o nome do presidente do senado aparece nos palcos do mega festival. Desta vez no show da banda Detonautas. A plateia em coro repetiu os mesmo dizeres que dá ultima vez foram gritados no show do Capital Inicial. Detalhe: Por livre e espontânea vontade. Veja aqui no link Rock in Rio

Encontro de Economia Solidaria do cerrado amazônico em Imperatriz
Acontece nesta quinta e sexta (dias 6 e 7) a Feira de Econômia Solidária em Imperatriz. O local será a Praça de Fátima. Momentos culturais e presença de diversos expositores farão parte da programação. A fotógrafa e ativista dos movimentos sociais Vanusa Babaçu irá expor o trabalho de imagens e fotos da realidade cultural da reserva do Ciríaco.


3 de outubro de 2011

O QUE MUDOU DO PRIMEIRO ROCK IN RIO PRÁ CÁ?

Guitarras estridentes, caras de mau, dedos fazendo o sinal do capeta, cabeludos, garotos e garotas. Assim era o cenário do primeiro Rock in Rio ocorrido em 1985. O contexto social era de reabertura da democracia e transição controlada do regime militar para a volta do pensamento republicano (mesmo que de forma limitada).

Ontem a noite, ano de 2011, olhando o clipe elaborado pela Rede Globo dos melhores momentos desta edição do festival fico pensando nas imagens que vejo: Guitarras estridentes, caras de mau, dedos fazendo o sinal do capeta, garotos e garotas. O contexto social é de franco aprofundamento do nacional - desenvolvimentismo, que cerca cada vez mais o meio ambiente em nome do progresso. Afinal qual a diferença mesmo entre o primeiro e este ultimo festival?

Ora, tirando os contextos sócio-politicos de cada tempo não existe grandes mudanças entre 1985 e 2011. Nas redes sociais e em especial o Facebook percebo a “indignação” de alguns com relação a programação e o contentamento e júbilo de outros. Talvez esteja aí uma das grande diferenças de 1985 pra os dias de hoje: A tecnologia possibilita maiores possibilidades de se dizer o que pensa.

Aliás o poder da comunicação digital é fantástico. Me surpreendi com a repercussão dos comentários da cantora de axé Claudia Leitte sobre o Rock In Rio (muito gente criticou e odiou a presença dela no Festival):

"Não gostar de Axé é normal! Anormal é achar-se superior porque conhece John Coltrane ou porque adora o Metallica. Procurem no Google sobre a história de um ariano que se achava superior aos judeus… Há tanto por fazer. E pessoas com voz ativa, com acesso à internet, manifestam-se como se fossem melhores que as outras só porque curtem o LED ZEPPELIN… Hein?"

Desde já esclareço que não assisti o show dela e nunca ouvi nenhum de seus discos. Mas analisando a figura percebe-se que ela tem toda a pinta de superstar dessas tipo Rihana e Britney Spears: letras futéis sobre o nada, canta e dança pra caralho, além de belas pernas.

Fiquei a refletir: Porque tanto preconceito com relação a Claudia Leitte? Será a velha desconfiança herdada desde a colonização que aponta um tipo de “Brazil” pardo que não queremos assumir (mesmo que esta seja branca, bem tratada, bem educada etc)?

Afinal de contas a classe C precisa saber da “piscina, da katirina, da margarina” - mesmo que ainda não saiba nem pegar nos talheres ou diferenciar “System Of Down” do “Metallica”?

Elucubrações a parte me parece que a única diferença entre os medalhões de outrora e os mais novos é tão somente o tempo na vida em que cada um aparece para nós. Existe mesmo um abismo enorme que divide as teens doidas pelo Justien Bieber e as milhares de fãs com cabelo engraçado correndo atrás dos Beatles?
Jogar tomates nos ídolos atuais pela devoção de seu público é bobagem. O Restart é tido como a onda do momento e tudo aquilo que os pais atuais não querem que seus filhos sejam. Pra quê coisa mais rock in rol do que isso?

Infelizmente temos muitos trintões (e quarentões) por aí que já saíram da adolescência mas não admitem. Trocando em míudos: Se você não é mais adolescente o problema é seu!
Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial