31 de março de 2011

Vídeo de Latuff desmascara o papel da mídia no golpe militar de 1964


Sem palavras, assistam: Este vídeo foi produzido com trechos de editoriais de jornais brasileiros logo após o golpe militar de 1º de abril de 1964. Baseado na postagem de Cristiano Freitas Cezar no blog Crítica Midiática: http://analisedanoticia.blogspot.com

Do 31 de março de 1964 a Jair Bolssonaro


Bem antes que os militares instituíssem seu regime social e político, o Brasil já amargava a injustiça social como principal mote de sua cultura. Em termos práticos aos adeptos da pseudo-revolução de 1964 restaria tão somente o papel de gerenciar fome e miséria. Afinal índices de pobreza e analfabetismo já eram gritantes por aqui. A escrotidão dos militares chegaria ao seu termo no dia 31 de março, véspera do dia da mentira, o 1° de abril, quando uma mega operação destituiu do poder o presidente João Goulart, em nome de um suposto combate a “perversa” lógica comunista e a assim chamada “segurança nacional”.

Intelectuais, estudantes, professores, e qualquer um que ousasse dizer que focinho de porco não era tomada - tomava cacetada. Muitos foram presos e outros tantos torturados e vejam só, dentre estas pessoas, a atual presidenta do Brasil, companheira (camarada?) Dilma Rousself.

De lá pra cá salta aos olhos o desagradável quadro desenhado atualmente. A máxima “vão-se os dedos e ficam os anéis” cai como uma luva se observamos que na ultima visita do presidente Norte Americano Barack Obama, estavam lá convidados pela ex-guerrilheira Dilma, nada mais nada menos que Collor de Melo, José Sarney e tantas outras figuras filhotes da ditadura.

Talvez uma de suas crias mais eminentes e ferozes seja o deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro (não coincidentemente o estado com maior numero de generais reformados) Jair Bolssonaro. Filho da escrotidão, escroto deverá ser.

Bolssonaro me parece mais um cartoon. Um estereótipo, caricato e perigoso, que na verdade nos confirma ainda estarmos vivendo uma ressaca dos anos de chumbo. A ultima que o infeliz proferiu pode lhe causar a perca do mandato por uma ação judicial por racismo ao chamar de promiscuidade a suposta relação de um filho seu e uma negra. A autora da pergunta, Preta Gil, encabeça a ação.

No twitter e em outras ferramentas de comunicação digital, abriram-se diversas frentes de protesto contra o deputado falastrão. Inclusive está sendo uma campanha e tanto pela sua cassação, mas ao que me parece, infelizmente, apenas comentam-se o superficial. O povo brasileiro ainda não aprofundou a questão da Nação-Brasil e sua invenção. Senão vejamos.

Recentemente Dilma cortou dos cofres públicos, a bagatela de cinqüenta bilhões. Boa parte desta dinheirama foi-se para o BNDES, para financiar a ciranda econômica capitalista e seus agiotas, bem como garantir saúde aos banqueiros e corporações internacionais. Aos de baixo resta novamente à esperança de sobrevivência até dois mil e catorze, momento de novas promessas e especulações. Assim caminha a humanidade.

Porque não temos um twittaço ou uma mega campanha na rede denunciando essa permanente exclusão social do Brasil, que mudou muito pouco da ditadura pra cá e ainda continua privilegiando os privilegiados e penalizando os necessitados?

Talvez os motivos ainda residam lá em 1964, ou em 1968. Épocas que se formaram criaturas biltres como Jair Bolssonaro e os meios de comunicação de massa, que de tão alienantes transformam em guerrilheiros e milicos, nos meros fantoches do capital, gerentes da cultura da miséria e violência, do racismo e da exclusão social.

Kit conflito trabalhista: Quem vai querer?

Por Jorge Luis Martins - militante do PSOL e membro da Coordenação da Intersindical - Advogado Trabalhista

Ao ler o jornal de hoje, não resisti à tentação e resolvi escrever por conta e risco sobre a palhaçada da reunião promovida entre o Ministro Gilberto Carvalho e as Centrais sindicais para discutir a situação dos trabalhadores de Jirau e de Santo Antônio, em Rondônia.
No Script fotos para jornal, imagens para TV, poses de ministros e dirigentes sindicais preocupados com a situação de barbárie que se instalou nos canteiros de obras do PAC.
Depois de certo tempo de reunião, enfim saiu uma grande solução: “Vamos montar uma Comissão tripartite entre Governo, Empresários e representantes das Centrais sindicais” para (pasmem) verificar as condições de trabalho nas obras do PAC. Como se não fosse público e notório a situação de barbárie nas condições de trabalho, em especial e não só da construção civil no país.

30 de março de 2011

Museu, Centros Culturais e até Sala Filatélica em Imperatriz, tudo só no papel


O PPA (Plano Pluri Anual) é um conjunto de metas e ações a serem desenvolvidas pelos governos com o objetivo de planejar gastos, medir ações e alcançar metas durante determinado período da gestão. Geralmente ele é estabelecido em um triênio que vai do segundo ano de mandato ao primeiro de outro.

Em Imperatriz qual não foi nossa surpresa ao verificar que no PPA responsável pelas metas da cultura, tínhamos já em desenvolvimento (implatados) diversos projetos de arte e turismo, tais como: museu e casa de memória, escolas de música, centros culturais e até sala filatélica. Um “brinco” só.

Curioso também são os valores empenhados. Nesta semana estaremos enquanto Fórum de Cultura da sociedade civil organizada, tendo acesso ao orçamento geral da Fundação Cultural para este ano. Vou esperar até lá pra divulgar mais detalhes, afinal prudência e canja de galinha não faz mal a ninguém.

Quem esteve conosco na ultima reunião do Fórum, foi o nobre Professor Expedito Barroso, Diretor da Uema, que ao verificar o PPA foi categórico: Tem coisa errada aí!

Ora, não se pode falar que determinado ação de planejamento já está “implementada” com valores e tudo descrito.

Vai ver o nosso museu virou camada de asfalto. Ou nem isso já que a cidade está uma buraqueira só. O fato é que solicitaremos explicações.

Em maio será realizado o V Fórum Municipal de Cultura, momento de fértil debate a ser realizado entre poder público e classe artística. Até lá.

29 de março de 2011

Grupo de Paulo Rios deverá sair do PSOL ou acatar decisões finais da nacional


Que o PSOL no Maranhão é um caso sui generis, disso ninguém tem dúvida. Ao contrário, por exemplo, do seu vizinho no Pará, que cresce e se fortalece cada vez mais nas lutas populares, os psolistas maranhenses enfrentam uma acirrada disputa que pende para o autofágismo puro.

Os dois grupos responsáveis pela política do partido, desde a eleição ano passado não possuem clima sequer para uma reunião madura. O grupo liderado pelo Prof.Paulo Rios vem se isolando gradualmente em torno de proposições locais e por vezes absurdas, de vetar candidaturas e desrespeitar dirigentes nacionais.

Se desde a eleição passada, com a tentativa de veto da candidatura da Prof. Socorro de Paço do Lumiar, foi aberto um verdadeiro racha, agora são os casos das novas filiações que novamente expõem a sociedade uma situação difícil de incomunicabilidade entre os militantes.

O outro grupo liderado pelo Advogado dos Direitos Humanos, Nonnato Masson, segue fazendo novas filiações e com isso, buscam arejar o partido. Inclusive reside aí o pomo da discórdia atual. E que com os novos correligionários entrando a tendência será claramente a da mudança do quadro dirigente do PSOL no Maranhão. O que deveria ser algo natural, e de crescimento do partido, que fortalecesse a todos que comungam com a luta por uma sociedade mais justa, tornou-se algo complicado devido a posições sectárias que não precisaríamos aqui nem expor. A própria sociedade maranhense já as identificou.

Mas há uma luz no fim do túnel. O aumento e qualificação das forças internas trazem também enormes contribuições à luta real e a possibilidade do PSOL intervir concretamente na “real politik”. Sem deixar de lado o propagandismos idealista e com um pé fincado na correlação de forças, só o futuro dirá se o PSOL/MA está no rumo certo. Erros, perdas e vitórias com certeza fazem parte deste processo.

28 de março de 2011

Fotos e imagens históricas


Mulheres na luta por liberdade de expressão (São Paulo,1968)


Auschiwitz, campo de concentração nazista (1944)


Maranhenses na mídia nacional (1992)

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Ganhadora do Prêmio Pulitzer em 1994 e publicada pelo The New York Times, a foto abaixo foi tirada em 1993 no Sudão, pelo fotógrafo sul-africano Kevin Carter(1960-1994). Esta descreve uma criança faminta sem forças para continuar rastejando para um campo de alimento da ONU, a um quilômetro dali. O urubu espera a morte desta para então poder devorá-la.

Carter disse que esperou em torno de vinte minutos para que o urubu fosse embora, mas isto não aconteceu. Então rapidamente tirou a foto e fez o urubu fugir dali, açoitando-o. Em seguida, saiu dali o mais rápido possível.

O fotógrafo criticou duramente sua postura por apenas fotografar, mas não ajudar, a pequena garota: “Um homem ajustando suas lentes para tirar o melhor enquadramento de sofrimento dela talvez tambem seja um predador, outro urubu na cena.”, teria dito.

Um ano depois o fotógrafo, em profunda depressão, suicidou-se.

O paradeiro da criança é desconhecido. (fonte: Analytical)


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John Lennon, horas antes de ser morto autografando para seu assassino (1980)



Airton Senna do Brasil, em uma das suas vitórias.


Fora Collor (Brasil, 1992)



Foto do Papa Pio XII (hoje em dia santificado) aliado de Hitler



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8 de Junho de 1972. Um avião da Força Aérea Americana bombardeia Trang Bang, uma população sul-vietnamita situada a 38 quilómetros de Saigão. Centenas de homens, mulheres e crianças morrem em consequência desse bombardeamento com napalm. Os EUA sofreriam a partir de então sua mais vergonhosa derrota. utilizando táticas de guerrilha o bravo povo vietnamita expulsa os invasores.


Nota pública da SMDH contra tentativa de intimidação e criminalização de militante de direitos humanos

As matérias “Carlos James move ação contra presidente dos Direitos Humanos” (imirante.com, 27.mar.2011, 9h02min) e “James move ação contra presidente da CDH da OAB” (O Estado do Maranhão, 27.mar.2011, Polícia, p. 9, acesso mediante senha para assinantes), publicadas em portal de internet e jornal do Sistema Mirante de Comunicação, de conteúdos semelhantes, torna pública – pela via midiática – ação movida pelo ex-secretário adjunto de Administração Penitenciária Carlos James Moreira da Silva contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil/ Seccional Maranhão (OAB/MA) Luis Antonio Câmara Pedrosa.


Publicadas um dia antes da primeira audiência acerca do processo em tramitação no 2º. Juizado Especial Criminal de São Luís, que acontece hoje (28), os textos são tendenciosos, pois só dão voz a uma das partes, fazendo supor uma tentativa de intimidação ao defensor de direitos humanos.


Além do grau de intimidade demonstrado pelos veículos de comunicação para com o ex-secretário, afastado de suas funções em agosto do ano passado, há uma clara tentativa de personificar no militante Luis Antonio Câmara Pedrosa, também advogado da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), uma reivindicação apresentada, à época, pelas entidades que integram o Fórum Estadual de Direitos Humanos (FEDH/MA). Após nota pública do FEDH/MA, Carlos James Moreira da Silva foi exonerado da secretaria adjunta de Administração Penitenciária para a garantia de isenção nas investigações das denúncias apresentadas pelo detento Marco Aurélio Paixão da Silva, o Matosão, assassinado em julho de 2010.

As declarações de Luis Antonio Câmara Pedrosa, quando do citado assassinato e do afastamento de Carlos James Moreira da Silva, baseavam-se em notícia de crime recebida por aquele Fórum, que cumpriu sua obrigação de representar para que a mesma fosse averiguada, tendo o poder público também cumprido sua obrigação: de afastar imediatamente os membros acusados para que a apuração se desse de forma independente.

A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) vem a público repudiar esta tentativa de intimidar e calar as vozes dos defensores de direitos humanos através de uma de suas lideranças.

São Luís, 28 de março de 2011

Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) Em defesa da Vida

Link original: http://www.smdh.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=23:nota-publica-da-smdh-contra-tentativa-de-intimidacao-e-criminalizacao-de-militante-de-direitos-humanos&catid=8:noticias

Short link: http://bit.ly/h3EjbZ
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Curso de medicina em Imperatriz


Recentemente nos jornais locais do Estado foi veiculada (de forma pouco clara, leia-se) a vinda do curso de medicina para Imperatriz. Uma demanda antiga e que segundo se diz, sairá do erário público.

A idéia amplamente divulgada de que nossa cidade é pólo universitário nunca me desceu muito bem. Explico: se tomarmos como parâmetro todas as cidades que são consideradas “pólos universitários” veremos que Imperatriz apresenta um déficit enorme na questão. Nas outras cidades temos universidades com reitorias e cursos amplamente variados que modificam e atuam na estrutura social, econômica e cultural das cidades. Por aqui só temos centros de universidades públicas atreladas e dependentes de São Luis pra tudo e as faculdades privadas que ainda tem muito feijão pra comer para tornaram-se referência. Em todas, há falta de estrutura para cursos como medicina e engenharia. Vide Uema.

Boatos afirmam que uma destas privadas (sic) estará saindo na frente com o tal sonhado curso de medicina. O proprietário desta é atrelado ao grupo da governadora até o talo. Não quero acreditar que um gestor público negocia para favorecer instituições particulares. No Maranhão não duvido de mais nada.

Em boatos não se deve dar muita credibilidade. Em jornalões bancados 99% com dinheiro dos cofres públicos via aparato estatal, também não.

Vamos aguardar....

27 de março de 2011

O que é pós-modernismo?


O texto abaixou foi uma tentativa (muito atrevida, diga-se) de tentar dar uma "paisagem" geral sobre a questão do pós-modernismo observado pelo víeis da ciência História. Na época (2008) ainda estudante da graduação, esta temática muito rendia nas mesas de boteco e circulos de estudos.
Por esses dias percebi que de certa forma a turma ainda debate bastante o assunto. O Prof. Carlos Hermes já fez a fineza de repercuti-lo e como não vou ter tempo de revisar nada mesmo, republico também na intégra o dito cujo.
Solicito aos leitores que se caso percebam alguma barbaridade escrita, que sinalizem na forma de comentários. Isso ajuda bastante a todos nós.

Pós-modernismo

Não teve jeito. De tanto colegas e amigos questionarem sobre que raio de monstro seria esse tal de pós-modernismo, resolvi-me atrever a elaborar o breve texto que agora se faz lido neste blog. Desde já aviso que minhas conclusões não pretendem ser definitivas, já que o tema parece estar se fazendo a todo instante, mutante, como a própria idéia de pós-modernismo parece ser. Peço também desculpas aos especialistas no assunto por qualquer esquecimento desde ou daquele aspecto, coisa inevitável, já que o espaço aqui é pequeno. Por hora, minhas analises partem mais da visão em Ciências Sociais.

Logo após os anos que se seguiram a Segunda Guerra, desenvolveu-se na cultura, nas ciências e no comportamento humano, no mundo ocidental capitalista, uma serie de mudanças e aspectos, que assim como a sociedade moderna (que aparece junto ao Iluminismo a partir da Renascença e desenvolve-se ate o século XX), esteve articulada a uma significativa transformação na tecnologia, em especial na informática, tomando corpo na arte Pop dos anos 60, para finalmente entrar na Filosofia durante os anos 70 como critica da cultura ocidental. A esse conjunto de mudanças alguns intelectuais convenientemente chamariam de pós-modernismo. Se na sociedade moderna temos como pressupostos a razão, a liberdade, deus, como formas de libertação do homem de um mundo perverso, violento, na dita pós-modernidade todos esses conceitos caem por terra e com eles todos os grande ideais. O pensador moderno enfim, valorizou a Arte, a Historia, a Consciência Social. Na dita pós-modernidade não há céu, nem sentido para Historia, o homem pós-moderno se entrega ao presente, ao prazer e ao consumo desenfreado e individualistico. Junto de tudo isso a “desconstrução” do discurso filosófico, desconstrução não somente no sentido de demolir, destruir, mas também no de perceber as entrelinhas, o não-dito dentro do discurso dos princípios como: Razão, Sujeito, Ordem, Estado, Sociedade etc.

Temas antes considerados menores na Filosofia passam a ser mais bem estudados como loucura, desejo, sexualidade, linguagem, cotidiano, poesia, sociedades primitivas - elementos que abrem novas perspectivas para a liberação individual e aceleram a decadência dos valores ocidentais. Temos uma valorização do lúdico, nos textos há excessos e finalmente o pensamento pós-moderno torna-se um Idealismo, pois não consegue ver nas questões praticas e históricas, sentido algum E como todo o velho Idealismo o "excesso pós-modernista" não vê a diferença e nem as interações recíprocas entre a "idéia" e a objetivação da mesma. Não vê as diferenças e as relações entre teoria e prática. No sentido comportamental temos como conseqüência um sujeito individualista e sem referencializaçao com a realidade, porra-louca como queiram chamar alguns, o sujeito pós-moderno tem a sua frente varias possibilidades de consumir e de se digitalizar num mundo totalmente digitalizado, sem que precise necessariamente sentir e representar o mundo onde vive, vivendo um certo conformismo social ao mesmo tempo em que vive em função de seus objetivos e pessimismos.

O termo pós-moderno é geralmente identificado a um conjunto de intelectuais (entre eles, filósofos e historiadores) que atacam o projeto emancipador proposto pelo racionalismo desde o século XVIII. Estes intelectuais desenvolvem críticas a razão, colocando-a no banco dos réus e a condenando como incapaz de promover a liberdade e o bem humano (FUKUYAMA, 1992: 350-351). Atribuindo-lhe assim, a responsabilidade por todos os desastres da humanidade: guerras; poluições; desigualdades políticas, econômicas e sociais; entre as desgraças de todos os tipos e formas. O foco pós-moderno é a análise de "psicologias" "culturas" "idéias" "pensamento" "religiões”. Mesmo quando há análise econômica por pós-modernos ela se faz no plano das abstrações ideais (com afirmações, por exemplo, que o baixo salário do professor é determinado de forma a diminuir o prestigio deste, afirmação que parece correta, mas que destaca da realidade a situação, sem explicar qual é o caminho histórico e a inserção econômica dos professores no mundo atual). Claro que aqui estou generalizando, mas quando vamos tratar de um movimento (pós-modernismo não é apenas um recorte cronológico, envolve uma série de idéias e preceitos), precisamos o tratar como um todo. A regra do pós-modernismo, ao menos no setor acadêmico, é colocar o valor do indivíduo a cima do indivíduo, é colocar o ultra relativismo. É colocar a idéia antes da matéria. Isso significa que todos os pós-modernos possuem todas essa característica? Não necessariamente. Mas se não possuir a maioria delas, então não é pós-modernista.

A base teórica em qual bebe os pós-modernos é a base idealista. Em história, por exemplo, é o momento que surgem as histórias das mentalidades, da cultura, dos conceitos. Nada contra abordar tais temas, mas dizer que a mentalidade não tem nada a ver com a vida material que rege a vida da pessoa pode trazer complicadores e certa aproximação com o neoliberalismo, pois este discurso tende a escamotear as contradições em que vivemos no sistema capitalista, que inclusive é o contexto em que surge a dita pós-modernidade. Desta forma percebe-se que alguns autores elevam o 'lúdico' ao posto de único critério orientador do agir e a máxima “comei e gozai, amanhã morreras” torna-se recorrente. No entanto ainda há autores que defendem a possibilidade de não haver uma pós-modernidade, autores como Habermas e Sérgio Paulo Rouanet (Razões do Iluminismo) defendem que tais críticas não significam uma ruptura com o projeto moderno, mas que é característica intrínseca da modernidade se criticar e se reformular. Habermas exemplifica com Hegel. Por isso toda critica da modernidade, elaborada desde os românticos, na verdade seria uma forma de AUTO-CRÍTICA, que revelaria, e ainda revela, todo o potencial emancipador da razão, que mostra-se capaz não apenas de julgar o mundo da experiência como também a si mesmas. Apenas o esgotamento desse potencial poderia justificar o uso do prefixo "pós" como índice de uma ruptura com a natureza da modernidade que é a crítica sem limites (Escola de Frankfurt). Quem assistiu a palestra do professor Assai (SEMANA H) pode perceber essa fator contraditório, Habermas inclusive achava a modernidade um projeto inacabado, Rouanet usa o termo “neo-moderno”.

O que há de mais tosco e inconseqüente no pensamento contemporâneo é essa intelectualidade academicista, que embalada por este ultra-relativismo chamado de pós-modernidade não possui sensibilidade aos potencias emancipadores da racionalidade (mil vezes reformulada). Enfim, quando não pudermos mais contar com a razão, com a nossa capacidade de comunicação, aí sim, estaremos em maus lençóis. O quadro é sinistro e por vezes esse horizonte parece próximo. Prefiro acreditar na objetividade, na utopia.

26 de março de 2011

PARA NÃO ESQUECER JAMAIS! História de NILDA CARVALHO CUNHA

Data e local de nascimento: 05/07/1954, Feira de Santana (BA)

Filiação: Esmeraldina Carvalho Cunha e Tibúrcio Alves Cunha Filho

Organização política ou atividade: MR-8

Data e local da morte: 14/11/1971, em Salvador

Nilda Carvalho Cunha foi presa na madrugada de 19 para 20 de agosto de 1971, no cerco montado ao apartamento onde morreu Iara Iavelberg. Foi levada para o Quartel do Barbalho e, depois, para a Base Aérea de Salvador. Sua prisão é confirmada no relatório da Operação Pajuçara, desencadeada para capturar ou eliminar Lamarca e seu grupo. Foi liberada no início de novembro, profundamente debilitada em conseqüência das torturas sofridas e morreu no dia 14 de novembro, com sintomas de cegueira e asfixia. Nilda tinha acabado de completar 17 anos quando foi presa. Fazia o curso secundário e trabalhava como bancária quando passou a militar no MR-8 e viver com Jaileno Sampaio.

Foram eles que abrigaram Iara Iavelberg em seu apartamento, durante sua estada em Salvador. Emiliano José e Oldack Miranda relatam no livro Lamarca, o capitão da guerrilha, levado ao cinema por Sérgio Rezende, um pouco do que Nilda contou de sua prisão:

(...) Você já ouviu falar de Fleury? Nilda empalideceu, perdia o controle diante daquele homem corpuloso. - Olha, minha filha, você vai cantar na minha mão, porque passarinhos mais velhos já cantaram. Não é você que vai ficar calada (...). Dos que foram presos no apartamento do Edifício Santa Terezinha, apenas Nilda Cunha e Jaileno Sampaio ficaram no Quartel do Barbalho. Ela, aos 17 anos, ele, com 18. - Mas eu não sei quem é o senhor... – Eu matei Marighella. Ela entendeu e foi perdendo o controle.

Ele completava: – Vou acabar com essa sua beleza – e alisava o rosto dela. Ali estava começando o suplício de Nilda. Eram ameaças seguidas, principalmente as do Major Nilton de Albuquerque Cerqueira. Ela ouvia gritos dos torturados, do próprio Jaileno, seu companheiro, e se aterrorizava com aquela ameaça de violência num lugar deserto. Naquele mesmo dia vendaram-lhe os olhos e ela se viu numa sala diferente quando pode abri-los. Bem junto dela estava um cadáver de mulher: era Iara, com uma mancha roxa no peito, e a obrigaram a tocar naquele corpo frio.

Click aqui e conheça mais dessa história

25 de março de 2011

A Blogosfera e os novos limites da liberdade de expressão: Rui Porão x Holden Arruda









Tem surtido grande repercussão nos blogues locais o “súbito” processo judicial movido pelo blogueiro Rui Porão, a outro colega seu de blogosfera, o ativista liberal-democrata Holden Arruda. De certa forma há neste episódio uma clara característica que diz respeito ao profundo debate acerca dos novos tempos para a comunicação social e as mídias digitais.

Se antes a informação era colhida do ponto de vista macro, com grandes empresas seguindo o modelo de manipulação e monopólio da informação, hoje com o advento da internet a mudança de paradigma subverte totalmente este modelo concentrador. Há um claro acesso maior as mídias e formas de divulgação das idéias. A máxima “quem diz o que quer ouve o que não quer” aplica-se agora ao mundo da informação e da construção das verdades. Motivo: como todo mundo (em tese) pode ter um twiter ou mesmo um blog, fica mais fácil disseminar opiniões.

Outro grande fator dessa hiper-textualidade e interatividade dos tempos atuais é o sentimento de defasagem em relação as notícias. Em questão de minutos (até segundos) um fato qualquer vira informação atrasada; já existe outro em seu lugar, mais atual, e mais outro e mais outro, at infinitum.

Não será a toa se acontecer que no momento em que escrevo estas palavras, o processo judicial já nem exista mais, portanto, desde já esclareço que não pretendo fazer um acompanhamento do caso, apenas dar uma visão do fato em si, existindo ele atualmente ou não. Outra característica da atualidade: a mudança repentina do sentido da notícia. Penso que blogueiro necessariamente não precisa ser jornalista, mas deveria estudar pelo menos os princípios básicos .

A legislação vigente vai ter que se adequar aos novos tempos. Reside aí um perigo quase paradoxal: Se por um lado os poderosos têm que se precaver mais para não pisarem na bola e terem seus nomes “blogados” nas redes sociais, por outro, há uma certa falta de clareza e regulamentação no que tange ao direito de quem publica o fato. Não tem com saber se tudo que foi dito é verdade, cabe aos implicados recorrem ao bom senso, portanto.

Afinal como já disse o Luis Inácio (reveja aqui) no geral: “tentar censurar os blogues é besteira”. Não obstante, é preciso repudiar a má-fé de quem pública o que quer muitas vezes em nome de interesses escusos. A História há de desmascarar as grandes (in) verdades.

24 de março de 2011

Vergonha: Por 6 a 5 STF derruba a proposta do Ficha Limpa, de iniciativa popular


O Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante dissonância com os anseios populares, derrubou ontem (23), por 6 votos a 5, a Lei da Ficha Limpa. Com vagos discursos de “moralidade e probidade” a decisão do STF pode trazer novamente à vida política nacional, corruptos condenados e raposas que há muito deveriam ter sido expurgadas do cenário político paraense e brasileiro. Moral e ética não tem prazo de validade. O povo brasileiro, numa memorável jornada cívica, propôs a lei da Ficha Limpa, está indignado com o fato do STF ter virado as costas à vontade popular. A justiça se revelou injusta.

O relator do processo, ministro Gilmar Mendes, famoso por libertar o mega criminoso e banqueiro Daniel Dantas, foi o relator do processo que possibilitou a queda da Ficha Limpa.Essa decisão é um evidente retrocesso e um estímulo à impunidade. O povo brasileiro tem pressa sim. Pressa de saúde, de segurança, de educação, de ética, de acabar com a corrupção. A decisão do STF pode significar a perda de mandato da senadora Marinor Brito do PSOL-PA e o retorno de Jader Barbalho ao Senado nacional. Não há argumento que justifique esse passo em direção ao passado. A luta agora continua nas ruas.

O PSOL se solidariza com a Senadora Marinor Brito, que nestes poucos meses mostrou competência, determinação e coerência. Seu mandato, construído na luta popular, nos orgulha a todos e seguirá servindo de referência a todos os socialistas em todo o país. O PSOL conclama a sociedade brasileira, homens e mulheres de bem, especialmente os movimentos sociais, para uma luta de resistência e de denúncia diante deste atentado contra os legítimos anseios pela imediata moralização da política brasileira. Endossamos, integralmente, as corajosas palavras da companheira Marinor, na tribuna do Senado: “Custe o que custar, querendo ou não a justiça, nossas vozes não se calarão. O povo brasileiro vai continuar tentando varrer os corruptos da política.”

Belém, 24 de março de 2011 Nota do PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE – PSOL – DIRETÓRIO ESTADUAL DO PARÁ-

Marinor Brito faz discurso em Plenário sobre julgamento da Ficha Limpa.

Emocionada, a senadora Marinor Brito falou agora a pouco, em Plenário no Senado Federal, sobre sua indignação com os rumos do julgamento da lei da Ficha Limpa e recebeu o apoio de companheiros de partido e de vários parlamentares de diversas siglas partidárias. “O povo brasileiro precisa participar das decisões políticas do nosso país, tomar decisões para enfrentar o que o Congresso Nacional e o Judiciário não conseguiram enfrentar nas últimas décadas: o combate à corrupção, ao uso do poder econômico que tem definido os rumos da política brasileira.

O povo brasileiro juntou energia para mobilizar o país, de ponta a ponta, para trazer ao Congresso a Lei da Ficha Limpa, com o intuito de barrar os corruptos, que historicamente têm deixado o povo no abandono e representado a fome, a miséria, a prostituição infanto-juvenil, respondido pelo trabalho escravo, pela visão de desenvolvimento macroeconômico e deixado o povo do meu estado e do país na mais miserável condição.

O estado do Pará tem sido saqueado historicamente por essa elite podre que se utiliza da máquina pública para sua perpetuação. Queremos um judiciário transparente e veremos, se não agora, varrido da política brasileira, políticos como Jader barbalho e os ‘Roriz e Malufs’ da vida. Vamos construir passo a passo esse sonho, ocupando espaço nas assembléias legislativas, nas associações de moradores e espaços de combate à homofobia e qualquer tipo de discriminação. Espaços onde o povo consegue ter vez e voz, com muita dificuldade e sacrifício.

Quem aqui chegou ao Senado Federal com R$ 53 mil? Se raposas do poder como Jader barbalho não fizessem propaganda dioturnamente, não tivessem essas benesses, será que estariam com algum percentual de voto? Custe o que custar, querendo ou não a justiça, nossas vozes não se calarão. O povo brasileiro vai continuar tentando varrer os corruptos da política. O voto tão esperado do Brasil de um advogado de carreira, juiz que não foi questionado pela carreira jurídica quando foi indicado para ser ministro do supremo, não conseguiu acompanhar a vontade do povo brasileiro, em nome das famílias como ele mesmo disse”.

Fonte: Blog do Psol/Mes

23 de março de 2011

Ceste-Estreito deixa o presente ao povo atingido pelo 'desenvolvimento'


Concebe-se em termos exclusivamente técnicos, que uma usina hidrelétrica, além de ser um complexo arquitetônico, é um conjunto de obras e equipamentos que tem por finalidade produzir energia elétrica através da força hidráulica de um rio. Todavia para além das forças desenvolvimentistas poucas são as abordagens que consideram que esse empreendimento apresenta impactos que em muitos casos, são pouco relevados no momento de apreciá-lo.

Boa parte do setor energético no país vê nas construções de novas barragens a possibilidade de elevação a um nível macroeconômico de aceleração das forças produtivas. Aliados ao capital internacional esses empreendimentos pouco promoveram o debate público e quando o fizeram, não responderam satisfatoriamente às questões das populações locais provocando enormes passivos sociais para as comunidades que têm as suas terras inundadas e são obrigadas a deixar o local onde vivem.

Pra variar nessa historia toda, diversas famílias estão sendo vítimas de um erro primário do consórcio Ceste-Estreito, responsável pela obras da hidrelétrica de mesmo nome. É que com o fechamento das ultimas comportas, a água pelo visto “subiu um pouquinho mais” do que previra os técnicos do CESTE e acabou por desabrigar varias pessoas no município de Barra do Ouro, Tocantins, “O consórcio sempre deixou claro que os povoados a beira rio não seriam atingidos. No entanto no início do ano uma equipe do consórcio alojou-se na cidade e iniciou o levantamento de todo o povoado, sem sequer discutir conosco o porquê de tal medição de última hora”, afirmam os atingidos.

“Eles deram o prazo de 24 horas para nós sair e se não saísse, nós iria ser multado em até 27 mil reais e seria retirado por força policial”, declarou uma moradora. Ela conta que há cerca de 20 dias sua comunidade foi desocupada a força e as casas foram destruídas. Com um caminhão, a empresa transportou os pertences dos moradores, contrariando a vontade dos mesmos, que tiveram que deixar os animais, as fruteiras e muitas outras coisas pessoais. Segundo o relato, no dia da desocupação chovia muito e molhou toda a mudança das famílias, que agora vivem em quitinetes, na casa de parentes e/ou em casas alugadas. Leia aqui na íntegra a nota feita pelo Movimento dos Atingidos pela Barragem (MAB).

Pelo visto este será o desenvolvimento - presente de grego - deixado pelo Ceste-Estreito. O triste legado do nosso povo se repete em mais este episódio Novos empreendimentos como os da UHE Estreito saem agora da necessidade criada por empresas multinacionais e com a conivência total do Estado brasileiro, aprofundam um tipo de lógica que, como aqui demonstrado, beneficia apenas a uma parcela da sociedade. A Usina de Belo Monte pode ser outro exemplo. A impunidade ainda reina. Na foto acima, de branco, a direita, o Gerente Institucional do Ceste-Estreito, Isac Cunha.

Fórum de Cultura imperatrizense debate hoje Plano Pluri Anual do município

Hoje à noite, quarta, as 19h00min, no auditório da Uema/Cesi, acontece mais uma reunião do Fórum Permanente de Cultura organizado pela sociedade civil. A pauta agora será a elaboração do evento que marcará a realização do V Fórum de Cultura de Imperatriz, com temática e programação a serem definidas.

Também se discutirá o PPA (Plano-Pluri-Anual) que dispõe sobre projetos e orçamentos de competência da Fundação Cultural de Imperatriz que ainda não foram cumpridas e/ou nem justificadas pelo município.

Implantação e desenvolvimento de centros culturais, manutenção da banda municipal, construção da escola de música, implantação do Museu e Casa de Memória, Sala Filatélica e Arquivo Público. Estes e tantos outros projetos dispostos a serem feitos, constam no PPA 2010/2013 de Imperatriz.


E quem vai pagar a conta? Bem, o Ministério da Cultura liberou a captação de R$ 1,3 milhão para Maria Bethânia fazer um blog de poesia com Andrucha Waddington....se tem dinheiro para uma bobagem dessas, precisa haver para refundarmos nossa Feira de Artes e prestigiar nosso Patrimônio Artístico e Arqueológico.

22 de março de 2011

Dirigente do PSOL defende novas filiações e o fortalecimento do partido no MA


Do blog de Robert Lobato

Publicado em por Robert Lobato

Nonnato Massom: defesa de novas filiações

O dirigente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Nonnato Masson, afirmou que o partido está em campanha de filiação e que a entrada de personalidades e lideranças políticas de outros partidos terão as suas filiações deferidas pelo diretório nacional.

Miltante político e social, candidato a vice-governador em 2006, Masson entende que o partido deve se organizar para ser uma alternativa real de poder à esquerda, no Maranhão, mas para isso entende que o partido deve está aberto à novas filiações.

“O PSOL está em plena campanha de filiação e deseja se organizar para ser uma alternativa real de poder no Maranhão enquanto projeto de esquerda. Portanto, defendo que o partido aceite as filiações de lideranças como Conceição Amorim, Sônia Guajajara, Roberval Costa e Wagner Baldez”, afirma.

O dirigente do PSOL garantiu ainda, que as filiações do ex-petista Franklin Douglas e do ex-deputado Haroldo Sabóia podem ser dadas como fato consumado, já que o direção nacional do partido aceitou a entrada de ambos nos quadros da legenda da ex-senadora Heloisa Helena.

“A filiação dos companheiros Franklin Douglas e Haroldo Sabóia foi autorizada pela direção nacional do partido, já que se trata de um ex-dirigente de outro partido e de um ex-deputado federal. Entendo que são duas lideranças que podem ajudar no crescimento do PSOL maranhense, já que são históricos militantes de oposição no estado”, disse.

21 de março de 2011

Sobre as novas filiações do PSOL/MA


São Luis, 26 de fevereiro – Reunião do Diretório Estadual e extra-oficialmente momento em que pela primeira vez se discute a vinda de novos filiados ao PSOL/MA. Presença na oportunidade de um dirigente da Executiva Nacional, Edílson Silva, candidata a governador de PE na eleição ultima. Logo de cara fica evidente o descontentamento do grupo ligado a Paulo Rios e Saturnino Moreira com o pedindo de filiação de Franklin Douglas, Haroldo Sabóia, Wagner Baldez e Roberval Costa.

São Luis e Imperatriz, primeira quinzena do mês de Março – Nos blogues e nas listas oficiais do PSOL o grupo descontente fala de entrar com pedidos de impugnação aos novos filiandos. O Presidente Nacional do partido Afrânio Bopré acena positivamente com a vinda dos mesmos. Sonia Guajajara e Conceição Amorim também se filiam e também recebem boas vindas. O grupo de dirigentes ligados a Valdeny Barros, Profa. Socorro e Nonnato Masson resolve solicitar que a Executiva Nacional avalie o caso das novas filiações conforme reza o Estatuto do PSOL. Começam os trabalhos de avaliação dos mesmos pela acessória responsável do Partido.

São Luis, 17 de março – Sai à convocatória oficial para reunião ordinária da executiva estadual. Uma das pautas é a “apreciação dos pedidos de filiação de personalidades da política maranhense”.

São Paulo, 18 de março – A Executiva Nacional reúne-se conforme calendário oficial e por unanimidade (isso é raro) abona as filiações de Franklin Douglas, Haroldo Sabóia. Wagner Baldez e Roberval Costa. Presentes nesta reunião representantes de todas as forças e correntes do partido que possuem acento na instancia nacional. É marcada a data pra o III Congresso Nacional do PSOL, a ser realizado em novembro no Rio de Janeiro.

São Luis, 19 de março – Reunião da executiva estadual. Conforme prometido nos bastidores digitais, o grupo de Paulo Rios e Saturnino apresentam ao presidente do partido uma “Nota de Impugnação” exigindo que se vote pelo “acatamento” da mesma. Presente também nesta um representante da Executiva Nacional, Jorge Almeida, que em momento oportuno (visto que alguns ânimos estavam exaltados) informa a decisão já tomada pela Nacional. O dirigente explica que pelo estatuto figuras públicas com/sem/ ou que já tiveram mandato “em ultima instância só poderiam ser avaliados pela Nacional”.

O Secretario Geral Valdeny Barros diz que não é necessário votar “acatamento de nota”, pois a mesma já esta protocolada e aceita pela executiva. É sugerida uma reunião do Diretório Estadual para a defesa dos implicados.

Mesmo assim eles forçam e votação e divulgam nos blogues que “são a maioria”, “que as filiações foram feitas por cima”.

Mesmo que fossem a maioria (e não são, pois há um empate na executiva e uma vitória pro - filiações no diretório estadual), a decisão final cabe a Nacional que já se manifestou.

Sejam bem vindos companheiros(as) Franklin, Haroldo, Baldez, Roberval, Sonia, Conceição...

Continua...

(preciso de uma aspirina e de um CD do Radiohead)

Nota oficial do PSOL-MA de apoio à greve dos professores da rede pública estadual


Há quase 50 anos o Estado do Maranhão está sendo controlado politicamente pela oligarquia Sarney sustentada em pilares históricos do coronelismo que ainda se alastra pelo país e que aprofunda as desigualdades sociais, desmonta a educação pública precariza os serviços de saúde, aumenta a pobreza e ataca os direitos trabalhistas dos servidores públicos estaduais. Isso reflete o pior IDH do país.

No governo Jackson Lago-PDT-PSDB os educadores mostraram sua força derrotando a “Lei do Cão” assim chamada a Lei 8592/07 implementada pelo governador do Maranhão, apoiado na época pelo PT e PCdoB. O projeto retirava direitos históricos do funcionalismo público estadual e em particular, dos trabalhadores da educação superior da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA e do ensino médio.

Nas últimas eleições a então candidata a Governadora Roseana Sarney prometeu que iria revolucionar a educação no Maranhão, será essa a revolução da Governadora?

O Estado apresenta um dos maiores déficits educacionais do país e uma constante desvalorização dos profissionais da educação, além de precárias condições de trabalho tanto no interior quanto na capital do Estado. Faltam escolas ainda em várias cidades do Maranhão.

Por esse e outros justos motivos dia 01 de março os professoras e professores organizados deflagram greve mais uma vez para garantir seus direitos conquistados historicamente com muita luta e exigir melhores condições de trabalho para categoria. O Governo Roseana Sarney no segue a mesma política do governo Lula e agora do governo Dilma no País, com políticas que sucateiam cada vez mais a educação pública.

Assim o PSOL-MA se manifesta publicamente apoiando a greve dos professores do Estado e também sua justa pauta de reivindicação.

São Luís, 19 de Março de 2011

Executiva Estadual do Partido Socialismo e Liberdade-PSOL-MA

19 de março de 2011

Por consenso Executiva Nacional do Psol aprova filiações no MA

Um dos pontos da pauta da reunião da Executiva Estadual do Psol, neste sábado (19/3), os pedidos de filiação no Maranhão, foi superado pelo fato da Executiva Nacional, em reunião de ontem (18/3), ter avocado para si os pedidos de filiação no Maranhão, acatando-os.

Pela importância política dada ao Maranhão, a Direção Nacional decidiu ainda enviar o destacado membro de sua Executiva, o professor Jorge Almeida (UFBA), para comunicar a decisão na própria reunião da Executiva Estadual de hoje. Abaixo, a nota da Executiva Nacional do Psol.


"Executiva Nacional do PSOL aceita pedidos de filiação de maranhenses"

A Executiva Nacional do PSOL (ENPSOL), reunida em 18 de março de 2011, recebeu e resolveu aceitar formalmente os pedidos de filiação de importantes e reconhecidas lideranças da oposição popular maranhense.

São eles Haroldo Sabóia, deputado federal constituinte de 1988; o jornalista Franklin Douglas, ex-dirigente estadual do PT; Wagner Baldez, hoje com 82 anos, que é um comunista histórico do estado; Roberval Costa, ativista do movimento popular por moradia, na ilha de São Luis; Conceição Amorim, militante dos direitos humanos e do movimento em defesa dos direitos das mulheres, e a liderança do movimento indígena Sônia Guajajara.

Os pedidos de filiação, que foram aceitos por consenso pela Executiva Nacional do partido demonstram que a política de oposição programática de esquerda aos governos federal e estaduais vem conseguindo ampliar seu espaço por estar em consonância com a postura crítica dos que não aceitam dizer sim senhor aos governos que garantem interesses de grandes grupos empresariais, aos latifundiários e às oligarquias regionais, como é o caso da família Sarney no Maranhão.

A ENPSOL saúda os novos militantes do socialismo e da liberdade e conclama aos que desejam lutar contra o governo de opressão no Maranhão e em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo do Estado e do Brasil, que se incorporem ao nosso partido para a reconstrução de um espaço verdadeiro da esquerda na luta social e na disputa dos espaços institucionais, combatendo todas as formas de opressão.


Executiva Nacional do PSOL"

16 de março de 2011

O PAC e a nova política para incentivar investimentos privados e ampliar investimentos públicos em infra-estrutura


Quando a nova presidenta Dilma Rousseff tomou posse no inicio do ano de 2011, um dos temas principais de seu discurso se fez notar claramente: a questão do desenvolvimento do país e - como alguns analistas políticos observaram - a disputa entre dois projetos postos ao Brasil: o nacional-desenvolvimentismo e o exportador de bens primários.

Boa parte da literatura sobre história econômica brasileira da segunda metade do século XX gira em torno do debate primário-exportador vs nacional desenvolvimentismo. Desde que foi criado o Programa de Aceleração do Crescimento é pivô de vultosos recursos e matriz essencial do aprofundamento da lógica nacional-desenvolvimentista. Há um claríssimo entusiasmo por parte dos chamados entes federados e empresas além de outros setores da sociedade tais como: empreiteiras, ong’s, profissionais técnicos das áreas de economia, administração, comunicação e gestão pública, que avaliam positivamente o PAC como catalisador do desenvolvimento urbano nacional frente a uma realidade deficiente de infra-estrutura e formação técnica cientifica.

O economista e membro do Conselho Federal de Economia Nilton Pedro da Silva, em um recente artigo para entidades de pesquisa, conclui que a respeito do PAC é visível que os investimentos em infra-estrutura não serão insuficientes para se respaldar um modelo de desenvolvimento sustentável para o Brasil, entretanto, dever ser propiciado o atingimento de padrões de crescimento não observados nas ultimas três décadas. O economista finaliza o artigo comemorando o plano de aceleração do crescimento.

Essa política nacional de desenvolvimento enfrentará pelo visto uma serie de desafios que irão desde ao obvio planejamento que requer produção de energia, que por sua vez, força a exploração de recursos naturais, até a necessidade de participação popular nos mecanismos que permitam acesso aos equipamentos de serviço público, ao trabalho, á moradia e a riqueza.
A unica certeza de inúmeras dúvidas é a falsa idéia de imaginar que superando o nosso capitalismo tardio poderemos obter qualidade de vida. O exemplo norte-americano não deve ser tomado como modelo a ser seguido, em certo momento precisou aprofundar políticas imperialistas para continuar mantendo seus níveis de consumo, sem falar que teríamos que inventar mais quatro ou cinco planetas Terra para garantir o “american way of life” em terras tupiniquins. Que não se enganem aqueles que julgam o PAC como elemento único potencializador que fará o Brasil entrar no rol dos grandes países industrializados. Essa será uma questão de grande debate e discussão que tencionará movimentos sociais, governos e superestrutura. Só lembrando: Há uma clara finitude de recursos naturais de nosso planeta

Só para investimentos na área de energia estarão empenhados cerca de R$ 270,8 bilhões, com claras parcerias entre a esfera privada e poder público. Com previsão para investimentos totais em torno de quatro anos, a perspectiva é gerar em torno de 12.386 MW.

Greve dos Professores: A luta continua

Extraído do Blog de Carlos Hermes

Como já anunciado, ontem pela manhã centenas de professores tomaram as ruas de Imperatriz numa grande e empolgante manifestação no centro da cidade que mostrou a força da categoria na Vila rebelde. O movimento iniciou com uma assembleia na sede do SINPROESEMMA, onde se discutiu a guerra de mídia em que o governo se utiliza de todo o poder da mídia oficial para jogar a sociedade contra os trabalhadores.

Em discursos inflamados os colegas propuseram uma ação mais enérgica do movimento indo pras ruas fazer o contraponto de informações. Com faixas, cartazes, carro de som, garra e muita animação o movimento percorreu o centro comercial dando seu recado e deixando um exemplo de consciência e cidadania.

O ato encerrou-se na Praça de Fátima onde as falas continuaram dando o tom da determinação em continuar a luta até que o governo decida por negociar a pauta de reivindicações.
Professor Nonato, diretor regional do Simproesemma em fala à categoria.

Assembleia no pátio do SINPROESEMMA.







Avenida Getúlio Vargas tomada pelos grevistas.

14 de março de 2011

Ulisses Braga: Capitalismo x Socialismo

O escritor e advogado, membro da academia imperatrizense de Letras, Ulisses Braga, em algum dia do ano de 1987 escrevia para uma seção do Jornal “O-Progresso”, intitulada “Problemas políticos contemporâneos”, sobre os dois grandes pólos da mesma realidade surgida no seio da sociedade moderna industrializada: Capitalismo e Socialismo.

Para Braga tanto um quanto outro falharam em suas intenções. O socialismo falhou por buscar a perfeição absoluta e relegar ao individuo a perca de seus interesses individuais frente aos interesses coletivos, burocratizando-o cada vez mais. Já o capitalismo transformava os indivíduos possuidores do capital em “seres possuídos pelo capital”, quê os tornava egoístas e causava de um lado a concentração da riqueza para poucos e do outro, pobreza, doença e analfabetismo para muitos.

No ano em que este texto foi lançado vivíamos já uma desgastada guerra fria entre as duas grandes superpotências da época: EUA e União Soviética. Ambas possuíam arsenal bélico nuclear suficiente para exterminar a vida na Terra. Um representava o ideal capitalista e a outro, a socialista – ambos juntos eram tão somente um quadro da débil condição humana frente ao infinito Cosmos. Do ponto de vista espacial nosso planeta é um grão de poeira cósmica e que corria rumo á autodestruição.

Para Eduardo Galeano as utopias serviriam para que nunca deixássemos de caminhar em buscar de nosso horizonte. O autor do clássico “As veias abertas da América Latina” refletia aí a necessidade de termos um sentido de existência maior, mesmo que fosse de caráter utópico - A busca por um mundo mais justo e fraterno. Algo semelhante ao que dizia Leon Trotski em seu conceito de “Revolução Permanente”, onde afirmava da necessidade do caráter dialético e de constante reformulação da teoria revolucionária. Trotski pagaria com a própria vida por ter rompido com o Partido Comunista russo e com Stalin, que imporia uma ditadura de estado na URSS. O final disso vocês conhecem.

Figura importante para o pensamento ocidental era Wladimir Lênin. Em seu celebre trabalho “Esquerdismo: Doença infantil do comunismo” falava sobre o idealismo ingênuo de alguns teóricos que viam com maus olhos tudo aquilo que não lhes tinha caráter pré-determinado. “Para alguns ditos comunistas, quando um dia, chegarem ao poder, pronto: farão o comunismo ser realidade no dia seguinte. Quem não concordar com isso não é comunista (...)”, dizia Lênin.

Toda a teoria que não se transforma, que é imutável e infalível, é dogmática e passível de ser tornar uma religião. Uma teoria sobre qualquer coisa da realidade que explique-a totalmente é a teoria de um mundo morto, de uma realidade engessada. Não existe verdade. Existem verdades. Os homens não escolhem a que tipo de realidade terá que enfrentar para viver um mundo melhor. Ponto.

Retomo novamente ao Universo – vistos lá de cima parece-me difícil defender cegamente qualquer tipo de dogma, religião ou nacionalismos. Somos apenas um pontinho de poeira, esquecidos numa galáxia na periferia do cosmos, com bilhões de estrelas e nebulosas.

Quanto a Ulisses Braga, este nasceu em Carolina no MA. Se tivesse nascido em Berlim, Paris ou Roma, seria reconhecido internacionalmente como integrante do rol dos mestres - os que elevam a forma no estilo da escrita ao seu ápice, tais como: Kant, Rosseau, Gramsci, Mezzaros, Thomas Mann, Saramago etc.

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