26 de fevereiro de 2011
24 de fevereiro de 2011
“O PT peemedebizou-se pelos bigodes do Sarney”, diz Franklin Douglas ao pedir saída do PT
Em carta enviada ao blog, o agora ex-petista descreve que um dos motivos principais que o levaram a pedir saída do PT foi a ocupação do partido por tendências ligadas ao grupo Sarney. “O PT peemedebizou-se pelos bigodes do Sarney”, afirma.
Em um trecho da carta, onde relata sua trajetória na sigla, Franklin Douglas diz que não se arrepende de ter integrado os quadros do PT do Maranhão, do qual participou durante duas décadas, e avalia que não virá pelo PT o projeto popular de transformação do Maranhão.
“Não cuspirei no prato que comi; orgulho-me de ter vivido ao máximo a militância partidária. Mas, para os próximos 20 anos (pelos menos!) me imponho novos desafios: mudo de casa, mas permanecerei do lado esquerda da rua, contribuindo para reaglutinar a esperança que está dispersa”, diz.
Veja abaixo íntegra da carta enviada pro Franklin Douglas ao blog:
Adeus, PT!
Meus queridos, minhas queridas companheiros do PT,
Acabo de comunicar ao secretário-geral do PT do DM de São Luís, Paulinho, o meu ato de desfiliação do Partido dos Trabalhadores.
Oriento-me pelo que já tinha analisado na plenária do campo antissarney, em 05.02.2011: só nos resta três caminhos no PT – (1) sair, (2) construir a saída ou (3) ser indiretamente expulsos pela entrada dos sarneyzistas no partido.
Após nossa histórica vitória pró-Flavio Dino no Encontro Estadual de junho-2010, a intervenção da maioria do Diretório Nacional no PT-MA nos colocou diante de um único cenário: ou ganhávamos a eleição com Flávio e retomávamos o PT ou, derrotados eleitoralmente, os sarnopetistas nos tomariam o partido no qual somos maioria na base de filiados, em número de diretórios, na militância social e nas urnas (quando elegemos Dutra e Bira e eles, ao coligar com o PMDB, acabaram por prejudizar o próprio Monteiro, que teria sido o segundo federal eleito, se o PT tivesse saído sozinho).
As reuniões da Executiva Estadual do PT-MA a toque de caixa, o atropelo na instância, a mordaça na bancada estadual, a convocação de encontros regionais sem comunicação às demais forças, as filiações em massa a partir de agora para ganhar as prévias para 2012, a vinda de Tadeu´s e Luis Fernando´s da vida ao partido, a degradação nos escândalos de desvios de dinheiro público envolvendo os sarnopetistas (casos SEDUC, Fapemagate e desvios na prefeitura de Presidente Dutra), o veto à participação deste campo no governo federal (vetaram o candidato a governador que dividiu o Maranhão ao meio!), a omissão do debate sobre o enfrentamento da questão das oligarquias nos documentos das próprias tendências de esquerda do PT, antes podíamos dizer que era o Lula, agora não mais (é o PT que banca o Sarney!), apenas antevêm a dura realidade: o PT peemedebizou-se pelos bigodes do Sarney. A isso, soma-se a difícil ação unitária e articulada do campo de forças petistas antissarney.
Como cantou a Legião Urbana, “quando a esperança está dispersa, só a verdade é que liberta!”. E a dura verdade é essa: o PT, jaz! Não virá por ele o projeto popular de transformação do Maranhão.
Não cuspirei no prato que comi. Há 20 anos dedico-me ao PT: do grêmio do Marista, quando entrei na juventude petista pelas mãos de Nilce, na coordenação do DCE/UFMA quando militei na articulação estudantil, na assessoria aos sindicatos e movimentos, na direção partidária em São Luís onde fui secretário de formação e na Executiva Estadual onde cheguei a Secretário-Geral, depois de ter sido secretário de organização, comunicação e agrário; estive em todos os Encontros Nacionais de Guarapari (ES)-1997 até hoje; no rompimento com a Articulação no episódio do Mensalão e na ida à Democracia Socialista/Mensagem ao Partido, na participação ativa que nos conduziu ao governo Jackson Lago, no histórico encontro em que derrotamos todos os tipos de abuso da oligarquia e vencemos com Flávio Dino. Não me arrependo de nada do que fiz no PT, ao contrário, orgulho-me de ter vivido ao máximo a militância partidária. Mas, para os próximos 20 anos (pelos menos!) me imponho novos desafios: mudo de casa, mas permanecerei do lado esquerda da rua, contribuindo para reaglutinar a esperança que está dispersa.
Aos que ficam e resistem, minha solidariedade. Com vocês, com certeza, nos encontraremos nas lutas e nas ruas!
Abraços afetuosos.
Franklin Douglas
Nota dos Bispos do Maranhão sobre a situação do povo e o Estado
23 de fevereiro de 2011
Denúncia: Biblioteca Municipal de Imperatriz sub-utilizada
A falta de acesso a bens e produção cultural em Imperatriz, por enquanto ainda não tem sido efetivamente estabelecida como estratégia para gerir emprego, renda e inclusão social. Um pena!
A grande maioria dos estudantes desconhece que no prédio onde funcionava a antiga escola Frei Manoel Procópio atualmente guarda o acervo bibliográfico do município. No local não há bibliotecário (a) prestando serviço, não há auditório, nem espaço para eventos, uma parte significativa do acervo permanece em caixas mofentas, há salas sem climatização adequada, outras com climatização (central de ar), mas sem o forro, o que gasta enorme quantidade de energia além, claro, do pouco espaço existente para comportar minimamente e responder pela demanda de uma cidade do porte de Imperatriz.
Segue abaixo as tristes imagens. Ontem á noite o Fórum Permanente de Cultura da sociedade civil se reuniu para deliberar algumas ações, com presença inclusive da Defensoria Pública. Em breve mais detalhes.
21 de fevereiro de 2011
Entrevista com Vanusa Babaçu, do Coletivo Retrarte
Comente sobre sua atuação atualmente no CENTRU.
Quais são os grandes desafios que você vê em relação à educação na escola agroextrativista?
Conta pra gente como é trabalhar com seu Manoel da Conceição?
Imperatriz atualmente não possui uma Universidade com autonomia, com reitoria própria, etc.. Com cursos estruturados. O que você acha da idéia de termos uma Universidade Federal com autonomia acadêmica e administrativa aqui na Região Tocantina?
Projeto 'Cinema no Teatro' exibe hoje
Sinopse: Rio de Janeiro, 1932. No bairro da Lapa vive encarcerado na prisão João Francisco (Lázaro Ramos), artista transformista que sonha em se tornar um grande astro dos palcos. Após deixar o cárcere, João passa a viver com Laurita (Marcélia Cartaxo), prostituta e sua "esposa"; Firmina, a filha de Laurita; Tabu (Flávio Bauraqui), seu cúmplice; Renatinho (Felippe Marques), sem amante e também traidor; e ainda Amador (Emiliano Queiroz), dono do bar Danúbio Azul. É neste ambiente que João Francisco irá se transformar no mito Madame Satã, nome retirado do filme Madame Satã (1932), dirigido por Cecil B. deMille, que João Francisco viu e adorou.
20 de fevereiro de 2011
Rildo Amaral
Conforme solitação do vereador Rildo Amaral – PV, feita a mim na tarde de ontem, público aqui o documento enviado por ele, que comprova que sua situação é regular diante da Justiça Eleitoral. Ele solicita a divulgação da certidão de quitação e lamenta a divulgação de notícias contrárias.
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
Certifico que, de acordo com os assentamentos do Cadastro Eleitoral e com o que dispõe a Res.-TSE nº 21.823/2004, o eleitor abaixo qualificado ESTÁ QUITE
com a Justiça Eleitoral na presente data.
Eleitor: RILDO DE OLIVEIRA AMARAL
Inscrição: 027141541139 Zona: 65 Seção: 31
Município: 8036 - IMPERATRIZ UF: MA
Data de Nascimento: 22/05/1977
Domiciliado desde: 10/04/2007
Filiação: ELIZABETH MARIA DE OLIVEIRA AMARAL
FRANCISCO LEITE DO AMARAL
De volta aos bons e velhos anos 90: Eis que ressurge o Grunge
Pra quem não lembra, ou se quer era nascido na época, no começo dos anos 90 um novo estilo musical ganhava o mundo e os ouvidos da garotada, com guitarras á estilo Led Zeppelin e pitadas de Pixies e Ramones. Só pra lembrar a época, o contexto musical era tão insosso no cenário do rock que os dinossauros farofeiros, tipo aquelas coisas esquisitas com visual de tias velhas e drag-queens, faziam muito sucesso. Por fora tínhamos o Guns e o Metallica e o som de corno do Bon Jovi, que no fundo no fundo eram as mesmas coisas: cabeludos a fim de pegar o maior numero de gatas possível ou se fazerem de malvados.
Estéticas a parte, com o surgimento da turma de Seattle (Grunge) a indústria musical teve que se ligar no subjetivo criativo, pois já não bastava se pintar de travesti com guitarra ou bancar o servo de satan-malvadinho-metal, era preciso também mostrar criatividade e um pé na realidade (Alguém se lembrou do punk aí).
O Nirvana se apresentava nos shows com a mesma roupa que cotidianamente usava no dia a dia. Fora isso havia uma criação musical inigualável, minimalista, que fez a Indústria Fonográfica mundial baixar a bola e não estilizar tanto os artistas. Ou seja era presiso ter criatividade e não somente saber fazer a reprodutibilidade técnica de solos e rifs. Era presiso saber inovar,criar.
Com o Nirvana teríamos o Pearl Jam, Alice Chains, Soudgarden e muito outras bandas que iriam mudar a cara do rock naquele momento. Desde a época do surgimento do punk, nunca teve tanto garoto a fim de aprender a tocar guitarra/ violão antes.
Esses dias o Pearl Jam gravou seu novo álbum: Backspacer, que certamente vai deixar um gosto amargo na boca daqueles que ainda se prendem a um sentimento de nostalgia quando ouvem o nome da banda. Este é o nono disco de estúdio e expõe em menos de 40 minutos de duração que os caras não estão muito preocupados em voltar a ser o exemplo perfeito de sucesso comercial. Há também um certo despojamento em relação aos clichês típicos do show business aí. Black Gives Way to Blue é o disco que marca o retorno do Alice Chains grupo liderado pelo excelente guitarrista Jerry Cantrell. A pauta que rege o novo álbum ainda é aquele climão soturno que permeou os trabalhos anteriores, mas sempre com uma impecável execução instrumental. E se tem algo que impressiona logo de cara é justamente a habilidade de Cantrell em criar riffs fantasmagóricos e pesadíssimos. Isso fica evidente com as ótimas "All Secrets Known" ) e "Check My Brain"
Muita gente começou a gostar de música por causa destas duas bandas. E pode ter a certeza de que tanto Alice in Chains quanto o Pearl Jam ainda merecem a atenção.
18 de fevereiro de 2011
PC do B de Imperatriz apresenta novos filiados
Presentes diversas lideranças da política na região tocantina, bem como o candidato a governador e ex-deputado federal Flavio Dino. Dentre os novos filiados o Professor Isnande Barros, o jornalista Frederico Luis e o Professor Erick. Como não sou sectário tratei de ir lá para assuntar o que diziam.
Segue abaixo algumas imagens da solenidade:
17 de fevereiro de 2011
Caso Fapema: Universidade debate o papel social do órgão e Bira afirma que não obteve sucesso em recolher assinaturas para a CPI
O Papel Social e Político da Fapema para o Maranhão.
Durante o debate, foram discutidas algumas questões que tratavam especificamente da política de transparência da Fundação de Amparo à Pesquisa no Maranhão. Segundo o Professor do Departamento de Comunicação da UFMA, Francisco Gonçalves, desde 2009, no início da gestão da atual presidente da instituição, Rosane Guerra, todos os recursos da Fapema são submetidos a editais, através dos quais se intenta oferecer transparência e competitividade entre as instituições de pesquisa e os pesquisadores.
No entanto, a falta de clareza e de especificações detalhadas dos próprios editais foram alguns dos pontos levantados como supostas "brechas" para que os recursos tivessem seus fins desviados, como forma de burlar a legislação trabalhista (caso da Univima, onde funcionários eram pagos com bolsas e, posteriormente, todos foram demitidos sem direito a nenhum direito) e de alimentar as relações de clientelismo político-partidário.
Já o Prof. Alberes Cavalcanti (IFMA) destacou a diferença entre política de governo e política de Estado. Para ele, deve haver maior fomento público a fim de que as pesquisas possam incidir numa política estratégica de desenvolvimento do Estado através de uma política de governo que prime pela transparência e democratização de recursos, diminuindo assim o hiato entre pesquisa científica e realidade sociopolítica no Maranhão.
Compareceram também ao evento os candidatos ao governo do Estado nas últimas eleições, Saulo Arcângeli (PSOL) e Marcos Silva (PSTU) e o Deputado Estadual Bira do Pindaré (PT), que ressaltou seus esforços em angariar votos para que fosse aprovada a "CPI da Fapema" na Assembléia Legislativa, mas que não foram suficientes para lograr o êxito almejado, mediante a falta de interesse dos deputados da Casa Legislativa em apurar e punir os responsáveis pelas supostas irregularidades cometidas.
Apesar da louvável iniciativa de se promover um debate tão necessário quanto importante para se discutir os indícios de desvios no repasse de recursos de bolsas de pesquisas para dirigentes políticos alinhados partidariamente ao atual governo estadual, há que se destacar os contratempos e a (des)organização do mesmo.
A começar pela falta de energia elétrica provocada pela explosão de um dos transformadores da UEMA, que atrasou o início da palestra em quase uma hora e só foi restabelecida após o horário previsto para o seu término (18h), o que fez com que as mentes mais férteis chegassem a cogitar um suposto "atentado" ou "boicote" contra a realização da mesma. Em se tratando de um Estado onde lançamento de livros são acompanhados de agressões físicas e de depredações de patrimônio, tal imaginação tem sua razão de ser.
Além disso, com o evento transcorrendo às escuras, contando apenas com a pouca luminosidade de uma tarde chuvosa, mas suficiente para flagrar uma goteira bem no centro do auditório do CECEN, e paltado exclusivamente no volume de voz natural dos palestrantes, lamentavelmente não foi possível contar com a presença da Prof.ª Zulene Muniz, do Departamento de Ciências Sociais da UEMA, por motivos de foro íntimo, e muito menos com um substituto, devido a falta de tempo hábil para se consultar outro palestrante.
Resultado: num evento organizado pela UEMA e realizado na UEMA, nenhum professor da UEMA falou em nome da UEMA. O Prof. do Curso de História (UEMA), Marcelo Cheche, exerceu apenas a função de mediador do debate. No entanto, não havia também nenhum aluno desta instituição presente no evento. Nem do IFMA. O pequeno número de estudantes era todo da UFMA. Aliás, até agora, nenhuma entidade estudantil uemiana e ifmiana se pronunciou sobre o caso Fapema.
Isto evidencia duas situações bastante preocupantes: ou houve falha na divulgação do evento que pudesse abarcar mais acadêmicos das três instituições ou houve desinteresse geral da classe estudantil pelo assunto. O próprio reduzido número de professores e pesquisadores presentes também evidencia a "vitória" desta segunda hipótese.
Enfim, enquanto o Maranhão vai angariando resultados e índices cada vez mais vergonhosos no quesito educação, os maiores prejudicados são os primeiros a demonstrarem indiferença pela questão de desvio de recursos públicos de bolsas de pesquisa, aparentando mesmo concordarem com a perspectiva de um dirigente dos partidos envolvidos, que afirma que "tudo isso é normal".
Francisco Gonçalves comenta
Sobre esse os editais e os recursos da FAPEMA, no debate, fiz o seguinte comentário: em
Carlos Leen comenta
O petismo anti-Sarney no Maranhão cada vez mais me parece estar relegado ao plano do discurso. Vez ou outra se vê uma nota indignada na internet, ou mesmo alguma alma boa isolada que se manifesta nos bastidores. Dutristas e petistas de esquerda não poderão escamotear por muito tempo sua condição de governo e reconhecerem-se como pertencentes a uma ala progressista no estado. A prática coerente requer um discurso democrático e popular, feito para esclarecer e ser didático de forma idem, no entanto, parece que o contrário não soa muito interessante para alguns dos companheiros. Afinal devem saber que qualquer forma de intervenção mais objetiva na realidade concreta poderá resultar em uma expulsão e perca de regalias.
È complexo imaginar que a posição do Diretório Nacional do PT é sem duvidas graças à própria vontade do partido no Maranhão? Creio que não.
Se a diferença de dois votos foi o que deu vitória ao PT histórico sobre o PT pragmático, de certo é que não modificou verdadeiramente a configuração do partido na política maranhense.
16 de fevereiro de 2011
Explode a luta popular em Açailândia
Pressão popular vence a resistência de empresas siderúrgicas
Por Pe. Dario
“O pouco com Deus é muito” – comentavam alguns manifestantes na porta da Viena Siderúrgica S.A., Açailândia/MA, na primeira noite do protesto.Eram trabalhadores e moradores atingidos pela poluição, unidos em suas reivindicações.
Pouca era a consideração que as empresas até hoje davam para eles. Muita era a raiva, muitas foram as pessoas que se juntaram, grande é a força dessa aliança entre a causa trabalhista e a sócio-ambiental, ambas em defesa de uma vida digna.
Às empresas siderúrgicas e à Vale S.A., protagonista do Programa Grande Carajás, poderia se atribuir nesses mais de vinte anos a responsabilidade direta pelo desmatamento, pelo estímulo ao trabalho escravo, pela poluição do ar, do solo e da água, pela exploração dos trabalhadores metalúrgicos, pela concentração de terras e pela aniquilação das formas de subsistência de muitas famílias camponesas da região. Ainda hoje muito dessa violência, efeito colateral do progresso e da ganância, acontece à luz do dia.
O povoado de Piquiá de Baixo é um exemplo evidente das contradições do desenvolvimento: mais de trezentas famílias cercadas e afetadas por empreendimentos altamente poluidores, ainda sem nenhum filtro ou tecnologias para minimizar o impacto ao meio-ambiente e à saúde.
Os empregados da Viena Siderúrgica S.A. são outras vítimas: desde a crise de 2008, quem vem pagando (com desemprego, redução de salário ou turnos pesados e prolongados) são os trabalhadores. Enquanto isso, em outubro de 2010 a Viena siderúrgica esbanjava dividendos, tendo anunciado publicamente a distribuição a seus acionistas de mais de 7 milhões de reais, com base nos lucros acumulados em 2009!
O lucro é de poucos, o prejuízo fica para muitos!
Trabalhadores e moradores há vários meses esperavam por respostas das empresas que nunca vinham, mesmo com a intervenção do Ministério Público e de outros órgãos. Não restou alternativa senão valer-se de seu direito de greve e de manifestação pacífica e organizada.
O levante popular, iniciado na madrugada de segunda-feira, 14 de fevereiro, prosseguiu ao longo de 42 horas. Pouco a pouco, o grupo inicial de algumas dezenas de pessoas foi se transformando em uma pequena multidão.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a empresa, por sua vez, aterrorizava e seqüestrava trabalhadores dispostos a aderir à greve, impedindo-os de descer dos ônibus, ao mesmo tempo em que supervisores eram vistos entrando e saindo da empresa em carros de passeio em busca de trabalhadores em folga ou ainda oriundos de outros setores da indústria, como o da construção civil. Para as empresas, tudo parece ser aceitável, desde que não cause a interrupção da produção e do fluxo de capital e/ou não macule a sua imagem perante a opinião pública.
A intransigência do SIFEMA (Sindicato das Indústrias de Ferro-Gusa do Maranhão) e da diretoria da Viena em dar atenção aos manifestantes obrigou-os a intensificar o protesto com o uso de barricadas, queima de pneus e bloqueio da estrada de acesso à empresa, pondo em risco a regularidade da produção e chamando a atenção imediata dos veículos de comunicação.
A negociação, portanto, foi convocada rapidamente para a tarde da terça-feira, 15 de fevereiro, com representantes do SIFEMA, Viena e Gusa Nordeste. Apesar das tentativas das empresas em dividi-los, os trabalhadores e moradores de Piquiá de Baixo permaneceram unidos e, ao final, conseguiram o que pleiteavam: retorno da escala de trabalho em 8 horas, retorno da cesta básica mensal, garantia de estabilidade no emprego aos trabalhadores que aderiram à greve e confirmação de aporte de recursos do SIFEMA para a compra do terreno para o reassentamento do povoado de Piquiá de Baixo.
O pouco com Deus é muito, mas ainda não suficiente: trabalhadores e moradores merecem garantias permanentes de trabalho digno, saúde, respeito ao meio ambiente com o controle das emissões poluentes e de tantos outros direitos ainda cotidianamente violados por essas empresas. A luta do povo de Açailândia continua!
-- VEM AI A ROMÁRIA DO POVO DE AÇAILANDIA
Candido Madeira x Arimateia Junior
Foi no mínimo interessante a debate ocorrido na manhã desta quarta feira entre o controlador geral do município, senhor Candido Madeira e o radialista Arimateia Junior, da Radio Nativa. Afeito a termos técnicos e jargões ligados a quem cuida da área de finanças e contabilidade, Cândido praticamente dialogava em grego para 99% dos ouvintes naquele momento.
Sorte a dele ter a frente um jornalista experimentado como Arimateia, que soube imediatamente diluir a retórica burocrática e centrar o foco do debate ao que o público realmente estava afim de saber: Quanto entrou e quanto gastou a prefeitura de Imperatriz? Quanto de receita estavam devendo? Etc.
O Controlador-Geral do Município, Cândido Madeira Filho também esteve na manhã de ontem, terça-feira (15) no plenário da Câmara Municipal de Imperatriz, onde fez a prestação de contas da prefeitura, relativa ao 3º quadrimestre de 2010. O Controlador-Geral ainda respondeu questionamentos de vereadores, representantes da comunidade e da imprensa.
Infelizmente eu não soube desta dita audiência na Câmara Municipal. Acho que ninguém da oposição também não sabia. Movimentos socias ligados à cultura e a Economia Solidária também não ficaram sabendo.
Na entrevista ao programa de rádio, Candido afirmou que o vereador Chagão do PT se tornara o chato e Élson Araújo disse que sentiu falta de mais cobranças por parte dos opositores. Mas como faze-las? Se a própria configuração da audiência nós pareceu ter sido “velada”.
Com problemas tão urgentes principalmente nas áreas de saneamento básico e infra-estrutura, é melhor a equipe de governo começar a dar ouvidos de vez em quando aos que estão embaixo. O Zé do Povo, o Zé Ninguém muitas vezes têm mais a nos dizer do que qualquer puxa-saco engravatado por aí.
15 de fevereiro de 2011
Diretor da Uema diz que CEMAR é insensível & Empresas de transporte urbano em Imperatriz extinguem cobradores
Expedito Barroso
O diretor da Uema de Imperatriz, Expedito Barroso, disse em entrevista agora cedo no Programa de Arimateia Junior, Radio Nativa FM, que falta a CEMAR sensibilidade no trato com questões de responsabilidade social. O renomado gestor do Centro de Estudos Superiores de Imperatriz referiu-se ao episódio ocorrido quinta feira ultima, quando de forma abrupta foi feito o corte da energia elétrica da Uema. Para Expedito a intransigência e falta de paciência em aguardar a negociação da divida não poderia justificar a ação do corte. Não é de hoje que a Cemar pisa na bola e ainda há os que defendem que sua privatização foi o melhor negócio, feita, inclusive por este grupo político que governa o Maranhão. Bem feito!
Escândalo Fapema
Professores da UFMA, IFMA e UEMA organizam hoje (terça) o debate sobre “O papel social e político da Fapema no Maranhão”, às 16 horas, no auditório do Cacen (UEMA/ São Luis). Além dos professores e estudantes, foram convidados todos os pró-reitores de pesquisa da UFMA, UEMA e IFMA, os sindicatos representativos das instituições organizadoras do debate e a direção da FAPEMA. Leia mais no Blog de Ed Wilson.
Motorista e cobrador
Tem gerado na população de Imperatriz comentários e preocupações com relação à mudança da política nas empresas de transporte urbano em extinguir a figura do cobrador de ônibus. Agora são os motoristas que além de dirigir têm que se preocupar e repassar troco em cobrar as passagens. Se falar no celular é proibido por que tira a atenção do motorista não seria crime também este pobre trabalhador ter que exercer dupla função?
14 de fevereiro de 2011
A face obscura de Luis Brasilia
Muitos o conheciam apenas como o produtor cultural da TV Mirante ou apenas um jornalista antigo e experiente. Mas por trás do trabalho de Luis Brasília poderíamos identificar facilmente ao que de fato interessava no homem e pessoa humana desta figura.
Sua sina era a de viver a arte e a cultura não como formas meramente simbólicas, havia também esta força de caráter em impedir que o lugar-comum e a falta de criatividade reinasse soberana em nossa cidade.
Brasília era um agitador cultural na sua mais alta concepção do termo. Era amado e odiado pelo seu comportamento sincero e por vezes pueril, mas que se negava a viver de forma ordeira e medíocre: tinha alma de artista rebelde. Talvez, sem causa.
Lembro-me uma vez que ele havia prometido repassar-me em torno de quatro ou cinco mídias digitais contendo diversos programas gravados do extinto “Arte Nativa”. A idéia seria a de publicá-los no site Praça da Cultura (em breve de volta com novo visual). Conforme combinado fui a Mirante para buscar material e qual não foi minha surpresa ao perceber que por lá, Brasília não havia me deixado nada. Nas semanas subseqüentes recebi várias ligações da figura me dizendo: “Já separei o material, vem aqui buscar, oh Carlos (...)”. No entanto, nada! Eu sempre voltava de mãos vazias!
Até que um dia, já de saco cheio, recebo nova ligação do Brasília: “E aí cara tu vai lá ou não pegar a porra, do material?”, e aí respondo: “Brasília cara pega esse material e soca no teu c...”. Aí ele retrucou: “Bicho vai-te f..., tô tentando te ajudar. Não trabalho mais contigo.”.
Dias depois o encontro no show de Wilson Zara & Carlinhos Veloz, de bonezinho, copo de whiski na mão, chega pra mim num sorriso e fala: “Olha bicho tu vai acabar tendo uma ulcera, tem que relaxar mais mano (...) Essa tal de Heloisa Helena tá de deixando doido!”.
Assim era Luis Brasília, um louco, competente, debochado, mas acima de tudo uma figura humana incrível.
Vai na paz irmão!
13 de fevereiro de 2011
Vídeo: Um beatle enfrenta o poder do Império
12 de fevereiro de 2011
A origem do povo Tupi e a relação com os Fenícios
Mineradores egípcios no alto amazonas haviam entrado pela parte norte, no Delta do Parnaíba onde foi fundado Tutóia. Comerciantes e navegantes nestas idas e vinda trouxeram para cá remanescentes Caraíbas, (o nome provém da antiga morada no Mar Caraibaico ou Mar do Caribe, dos povos Caris, de origem no Mediterrâneo). A Venezuela fora seu primeiro local de desembargue, a capital Caracas é batizada assim porque se prende a essa origem.
Uma grande tragédia destruiu por completo o país Caraíba. Quando chegaram os primeiros espanhóis na Venezuela essa era a historia contada sobre os acontecimento do passado. Provavelmente uma inundação deva ter submergido toda uma grande extensão de terra.
Fenícios e Tupis tiveram boa relação pelos fatores de natureza lingüística e religiosa. No entanto, enquanto que aos fenícios havia possibilidade e retorno a sua pátria no Mediterrâneo, aos Tupis restavam-lhe abraçar as novas terras da America do Sul como pátria, já que haviam perdido sua terra natal para as enchentes.
Essas e outras Histórias estão contadas no excelente trabalho de pesquisa do historiador João Renôr F. de Carvalho, “Resistência indígena no Piauí colonial – 1718 - 1774” publicado pela Ética Editora. Daqui a pouco eu conto um pouco mais.