30 de setembro de 2009

“Povo hondurenho não está disposto a deixar-se vencer”, afirma Zelaya

Presidente hondurenho reafirma necessidade de luta, condena repressão e elogia postura do governo brasileiro
Após pouco mais de uma semana na embaixada do Brasil, Manuel Zelaya, ainda não viu as negociações com o governo golpista avançarem como gostaria. Para vencer a situação, afirma a necessidade de paciência e continuar as mobilizações por todo país. Tossindo muito e com uma voz cansada, ele concedeu por telefone entrevista exclusiva ao Brasil de Fato da embaixada brasileira em Tegucigalpa.

Existem negociações com os golpistas?
Há muitas aproximações, mas até o momento nenhuma deu fruto. Mas, sim, há negociações.

Como estão as mobilizações no país?
As mobilizações estão tendo bastante expressão, mas nossa comunicação está comprometida, nossos celulares foram cortados. Mas estamos resistindo com muito estoicismo, muita paciência, porque o bem supremo tem um custo e esperamos conseguir restituir o sistema democrático. As mobilizações continuam em todo país, mas estão sendo muito reprimidas pelas forças armadas e pela polícia. Há um estado de ingovernabilidade que creio que deve ser solucionado nas próximas horas. Creio que um país não pode viver em convulsão, a não ser que queiramos viver como no Afeganistão. A América Latina não merece isso, o povo hondurenho não merece.
Reverter o golpe de Estado em Honduras vai ser uma vacina contra os golpes de Estado em todos países da América, incluindo Brasil, reverter vai ser parte da história do Brasil e da América Latina por sociedades mais democráticas que respeitem a soberania popular. Estamos escrevendo história junto com o Brasil.

Como avalia a postura do governo brasileiro?
O governo brasileiro e o presidente Lula têm demonstrado sua vocação democrática ao aceitar que seja feito um diálogo a partir da embaixada, e que quem deve fazer parte desse diálogo é o presidente que eles reconhecem, o governo eleito pelo povo. Isso fala muito da estatura moral e política continental que tem o presidente do Brasil. Nós queremos que esse processo dure o menor tempo possível para devolver à América Latina a certeza de que não serão permitidos golpes de Estado no século 21.

Quais são as alternativas, caso não se consiga uma saída diplomática?
A alternativa que temos é manter a luta. O povo hondurenho não está disposto a deixar-se vencer e ajoelhar-se diante de uma ditadura militar. Então, por agora, mantemos as mobilizações e também contamos com o apoio da comunidade internacional.

No Brasil existe uma especulação a respeito de se Lula participou de algum plano para sua volta. O governo nega e diz que foi avisado uma hora antes. O senhor confirma essa informação?
Nem o presidente Lula, nem Marco Aurélio [Garcia], nem o chanceler [Celso] Amorim sabiam da minha chegada a Tegucigalpa com antecedência. Quando cheguei tinha várias opções. Mas escolhi o Brasil. Falei com o Amorim, expliquei que queria tentar algum diálogo a partir daqui, também por motivos de segurança, por temor a represálias ou de ser sacrificado pelo regime. E me disseram que podia ir. Mas só souberam nesse momento.

www.brasildefato.com.br

27 de setembro de 2009

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO E SUAS VELHAS PRATICAS

Do Blogue do Prof. Carlos Hermes:
O Secretário de Educação do Estado, deputado César Pires é do tipo que dá o tapa e esconde a mão. A pouco mais de um ano para as eleições, ele realiza 19 conferências no Estado ao custo de 700 mil ao cofre do governo.

O que significa R$ 36.842,105 por Conferência. Agora imagine onde que se gasta esse dinheiro todo, já que é servido apenas um lanche aos participantes e os palestrantes já são do quadro de funcionários do Estado. Onde é que está indo o restando do nosso dinheiro?

Em compensação verba pra aumentar o minguado salário dos professores e outros servidores da educação,não tem. Verba pra melhorar a estrutura das escolas estaduais, não tem.

TE CONHEÇO DE OUTROS TEMPOS

Cesar Pires foi Reitor da UEMA, na época em que eu coordenava o Diretório Central dos Estudantes do CESI-UEMA. Me lembro que o orçamento da universidade era sempre maior do que se via de investimento.Fizemos muitas greves por uma melhor universidade, enquanto ele fazia política com a estrutura pública.

2010 está chegando e não tenham dúvidas, o bigode de óculos estará com grande estrutura de campanha, ou pra reeleição a deputado estadual ou a federal.

26 de setembro de 2009

A Idade Antiga

Na periodização tradicional da História, a Idade Antiga ou Antigüidade inicia-se por volta de 3000 aC com o aparecimento das primeiras civilizações na Mesopotâmia e no Egito, encerrando-se simbolicamente em 476 dC com o desaparecimento do Império Romano do Ocidente.
1. Aspectos comuns das civilizações antigas As civilizações antigas foram caracterizadas pela diversidade lingüística, cultural, política, social e econômica, sendo difícil enquadrá-las em um único modelo de sociedade. Mas é possível identificar nas civilizações da Antiguidade, de uma maneira geral, alguns traços comuns presentes também nos Estados indígenas do Novo Mundo (as chamadas civilizações pré-colombianas) e nas sociedades medievais. Entre as características comuns das civilizações antigas destacam-se seus aspectos pré-modernos e pré-capitalistas.
1.1 Sociedades pré-modernas e pré-capitalistas As sociedades antigas podem ser classificadas como tradicionais ou arcaicas, quer dizer, pré-modernas (pré-industriais ou agrárias, patriarcais, com forte religiosidade), e pré-capitalistas (maioria da população formada por camponeses que não dependem se salários, intenso uso do trabalho compulsório pela classe dominante)
(a) Economia agrária ou pré-industrial Apesar do desenvolvimento urbano e comercial, a terra era a principal riqueza e a agricultura e o pastoreio eram as atividades economicamente mais importantes da Antiguidade. De uma maneira geral, a sociedade antiga era mais rural do que urbana. A maioria da população vivia no campo (aldeias) ou, quando residia na cidade, trabalhava em lavouras próximas do centro urbano. Havia uma grande limitação tecnológica na produção, armazenamento, transporte e comunicações. A maquinofatura (indústria mecânica) não existia e predominava o trabalho manual/braçal e o uso da energia humana ou animal. A maioria da população rural combinava a agricultura e o pastoreio com o artesanato rústico. As cidades eram o centro da administração, do comércio, do artesanato especializado (metalurgia, cerâmica, tecelagem e utensílios de luxo) e da cultura erudita, mas eram um “prolongamento do campo”, dependentes da riqueza agrária. As elites dirigentes normalmente residiam nas cidades, mas grande parte de suas riquezas vinha do meio rural (venda de produtos agrícolas e pecuários). Os recursos financeiros do Estado antigo eram obtidos, principalmente, de impostos dos agricultores. Estratificação social mais rígida do que no capitalismo. Além da divisão em classes sociais (a partir de diferenças de renda e propriedade), havia nas sociedades antigas, em muitos casos, uma estratificação formalizada por uma divisão estamental em ordens (grupos sociais hierarquizados com privilégios/direitos baseados no parentesco ou na função reconhecidos pelos costumes e leis), resultando em uma mobilidade social relativamente mais baixa do que nas sociedades capitalistas. Hegemonia das elites agrárias. O poder político das elites dirigentes era baseado, sobretudo, no controle das terras, em geral acompanhado por privilégios de nascimento e pelo monopólio das funções burocráticas ou religiosas. Os mercadores que viviam apenas da atividade comercial, mesmo os mais ricos, raramente conseguiam superar o poder e a influência das elites agrárias, embora em algumas cidades fenícias, gregas e romanas tenha sido possível a um grupo de comerciantes compartilharem o aparelho de Estado com os grandes donos de terras. Ampla utilização do trabalho compulsório e predomínio do trabalho não-assalariado. Na Antiguidade, a classe dominante obtinha suas riquezas explorando, principalmente, a mão-de-obra de trabalhadores compulsórios (com várias modalidades de servidão e de escravidão) e, em menor escala, de trabalhadores livres dependentes, formados por diversos tipos de camponeses arrendatários. Havia também uma variedade de grupos sociais intermediários entre as elites dirigentes e os trabalhadores forçados: uma “camada média” de pequenos proprietários independentes e de artesãos enriquecidos, e uma “camada baixa” de trabalhadores rurais e urbanos pobres livres. O trabalho livre e assalariado existia, principalmente nas cidades, mas não predominava.
(b) Forte religiosidade Nas sociedades antigas, a separação entre política e religião era inexistente ou pouco desenvolvida. De uma maneira geral, o poder político tinha uma justificativa religiosa, quer dizer, era legitimado pela religião, como nas monarquias teocráticas (rei sagrado ou divino). As interpretações religiosas também predominavam na explicação dos fenômenos da natureza e da história. As grandes exceções foram a Grécia e Roma nos séculos VIII-I aC. Nessa época, a religiosidade foi relativamente menos acentuada na política grega e romana, cujos governos eram considerados representantes do povo e não dos deuses, embora muitas ações do Estado dependessem da consulta às forças divinas. Também entre os gregos e os romanos, ou ao menos entre suas elites, desenvolveu-se um pensamento de base mais racionalista que, ainda que não tenha rejeitado a religião, buscou compreender o mundo e a sociedade por meio de uma abordagem não-religiosa.
2. Antiguidade Oriental e Antiguidade Clássica A Idade Antiga costuma ser dividida em Antiguidade Oriental e Antiguidade Clássica.
2.1 A Antiguidade Oriental A Antiguidade Oriental foi constituída pelas antigas civilizações do Oriente Próximo (Ásia Ocidental e Egito), do Paquistão-Índia e da China. Na Mesopotâmia, no Egito e no Paquistão surgiram as primeiras sociedades com cidades, Estado e escrita da história, resultado dos desdobramentos da revolução urbana ocorrida no final da Pré-História. Essas três civilizações, especialmente, desenvolveram-se sob uma forte dependência de canais de irrigação e de outras obras hidráulicas associadas às cheias de grandes rios (Tigre Eufrates, Nilo, Indo). Por essa razão, ficaram conhecidas como civilizações de regadio. De uma maneira geral, as sociedades do Oriente Próximo organizadas em Estados territoriais e em impérios caracterizaram-se pelo sistema oriental. O sistema oriental foi mais típico nos dois principais centros de civilização do Oriente Próximo – o Egito e a Mesopotâmia – mas ele também existiu em outras sociedades da Ásia, da África e da América Pré-Colombiana. Politicamente ele foi caracterizado pelo Estado despótico (o “despotismo oriental”), combinando política e religião, e em termos econômico-sociais pelo modo de produção estatal-aldeão. O Estado despótico teocrático. Um reino centralizado encabeçado por um monarca absolutista e teocrático (rei divino ou sagrado), considerado responsável pela organização de obras públicas e pelo bem-estar do povo, apoiado por uma burocracia de funcionários administrativos, militares e sacerdotes. Não havia separação entre política e religião – as duas esferas estavam combinadas, com os sacerdotes e templos fazendo parte do aparelho de Estado. A religião legitimava o poder despótico do monarca. O modo de produção estatal-aldeão. Chamado também de modo de produção tributário ou asiático, foi caracterizado pelo dirigismo estatal, pela existência de uma classe dominante burocrática e pela servidão coletiva.
■ Dirigismo estatal. O Estado tinha uma grande participação na economia e era o proprietário da maior ou de uma grande parte das terras. A monarquia e sua burocracia eram vistas como uma “comunidade superior”, acima da sociedade, com mais privilégios e direitos sobre os recursos econômicos do reino. O Estado também se destacou na organização de obras públicas, como nos canais de irrigação, apesar de uma grande parte deles ter sido construída e controlada diretamente pelas aldeias.
■ A nobreza burocrática. A classe dominante era formada pelos grupos que possuíam os principais cargos no Estado e o dirigiam (a alta burocracia ou nobreza de Estado): o monarca e a família real, os comandantes militares, os sacerdotes e grandes funcionários civis. Esses grupos controlavam as terras do palácio e dos templos, e ficavam com a maior parte das riquezas obtidas com os tributos, os arrendamentos de terras públicas e as pilhagens de guerra.
■ A servidão coletiva. A maior parte da população, constituída por camponeses, vivia em comunidades aldeãs, obrigadas a produzir excedentes na forma de tributos para o Estado. Os camponeses estavam submetidos coletivamente a uma modalidade de servidão: eram obrigados a pagar impostos in natura ao Estado e a prestar serviços gratuitos (“corvéias”) em obras públicas, no palácio, nos templos etc. Os escravos eram numerosos, utilizados mais na mineração e nos serviços domésticos. No entanto, a escravidão não superou em importância o trabalho servil dos camponeses.
2.2 A Antigüidade Clássica A Antiguidade Clássica foi constituída pelas civilizações da Grécia, Etrúria, Roma e outras cidades latinas, as bases da moderna civilização ocidental. O Ocidente herdou dos gregos e dos romanos uma série de idéias, valores e padrões culturais, como as noções de cidadania e de república, o racionalismo, a filosofia, o estudo da história, o direito e expressões artísticas na escultura, na literatura e no teatro.
(a) Aspectos gerais das civilizações clássicas Enquanto os grandes centros de civilização do Oriente Próximo costumam ser descritos em termos de um sistema oriental, as civilizações da Grécia, Etrúria e Roma são caracterizadas, em suas linhas gerais, pelo sistema clássico, que alcançou o apogeu nos séculos VII-I aC. Seus principais elementos são: a maior importância econômica das cidades e do comércio, o maior desenvolvimento da propriedade privada, o uso mais intenso do trabalho escravo (o chamado modo de produção escravista) e uma organização política baseada nos ideais de cidadania e de governos eleitos e representativos, sem a legitimação religiosa típica das civilizações orientais.
(b) A estrutura econômica e social clássica A economia clássica era pré-capitalista e agrária, com um grande desenvolvimento das cidades, do comércio e do conceito de propriedade privada. A sociedade costuma ser definida como escravista, mas a maioria da população era de camponeses livres – pequenos proprietários rurais ou arrendatários. As relações sociais estavam baseadas na posse de riquezas, no parentesco, nos direitos políticos e no direito de liberdade. A aristocracia. A aristocracia era a classe dominante, constituída pelas famílias tradicionais patriarcais, com mais privilégios políticos, grandes proprietárias de terras e de escravos, liderando contingentes de agregados e dependentes (empregados livres, protegidos). O chefe dessas famílias era o pater (o pai natural ou seu herdeiro masculino), com poderes quase ilimitados. As famílias aristocráticas aparentadas (“clãs”) ou unidas por um culto comum formavam associações conhecidas como genos (em grego, plural genoi) ou gens (em latim, plural gentes). Os escravos. Eram a principal mão-de-obra da aristocracia em grande parte dos Estados clássicos (em Esparta o trabalho compulsório era uma modalidade de servidão), mas não eram necessariamente a maioria da população, nem dos trabalhadores. (c) A estrutura política clássica A civilização clássica foi baseada, inicialmente (séculos VIII-I aC), na cidade-Estado clássica (polis em grego, civitas em latim), um Estado constituído por uma comunidade de cidadãos controlando um pequeno território, que manteve a Grécia e a Itália fragmentadas politicamente durante séculos. Os cidadãos eram os indivíduos com direitos e deveres políticos (poder votar, ser eleito e ser proprietário de terras, dever de lutar pela comunidade). Não eram cidadãos as mulheres, os escravos e os estrangeiros. Regimes republicanos. As cidades-Estados clássicas eram repúblicas (governos eleitos pelos cidadãos e limitados pela lei) com oligarquias e democracias, em uma situação de relativa secularização da política (menor presença da religião na política). Em épocas de crise política e de guerra civil na cidade-Estado surgiam governos pessoais autoritários, as tiranias, muitas vezes com apoio popular.
■ Oligarquia. O governo de poucos cidadãos, isto é, de uma minoria de cidadãos privilegiados (a aristocracia).
■ Democracia. O governo do “povo”, ou seja, de todos os cidadãos (aristocratas e não-aristocratas) De acordo com Ciro F. Cardoso (Cardoso, 1987: 7-13), as cidades-Estados clássicas do mundo grego, etrusco e latino possuíam as seguintes características comuns:
■Tripartição do governo: uma ou mais assembléias, um ou mais conselhos e magistrados eleitos pelas assembléias.
■Participação direta dos cidadãos no processo político: decisões coletivas a partir da livre discussão e votação nas assembléias, com noção de soberania popular (dos cidadãos)
■Inexistência de uma separação absoluta entre órgãos de governo e justiça: existiam tribunais especializados, mas muitos casos eram julgados pelos conselhos e assembléias.
■Inexistência de corporações fechadas como exército e igreja: comandantes militares eram eleitos ou eram magistrados, o exército era uma milícia de cidadãos-soldados que se armavam por conta própria de acordo com seus recursos e convocada em época de guerra (Esparta era a grande exceção, possuindo um exército profissional de tempo integral), sacerdotes eram funcionários do Estado e muitos magistrados possuíam responsabilidades religiosas. A cidade-estado clássica entrou em declínio na Grécia no século IV aC e em Roma no século I aC, sendo substituídas pelo Estado imperial (monarquia centralizada).

21 de setembro de 2009

Fundação Cultural de Imperatriz

A coisa parece estar pegando na Fundação Cultural de Imperatriz. Passados mais de seis meses da nova gestão e ainda não se tem discutido algumas das princípais demandas que nossa cidade presisa, como por exemplo o Sistema Municipal de Cultura e o Conselho de Cultura, alem disso não se tem posição alguma do que vai rolar em relação a transformação da antiga Biblioteca (recentemente ocupada e depois desapropriada pela "OCUPARTE") em uma casa de cultura ou múseu, alem de um novo espaço mais adequado para servir de biblioteca de verdade.
Pra piorar a vida do nobre secretário Antonio Lucena, provavelmente não teremos mais a presença da atriz e poeta Lilia Diniz na equipe de apoio e acessoria. Pelo visto Lilia, peça importante para a mobilização da classe artistica para a Conferência de Cultura local, não deve voltar de Brasilia tão cedo.
A equipe da FCI, leia-se, é formada por renomes intelectuais e artísticos de primeira grandeza, como Zeca Tocantins e Prof Zé Geraldo, mas que até agora ainda não conseguiu mostrar a que veio de verdade.
É ficar de olho e torcer para que não se repita o exemplo da péssima gestão passada: inoperante e descompromissada

13 de setembro de 2009

A matriz de todos os problemas

Título um tanto quanto pretensioso o desse texto, afinal se existisse mesmo uma raiz de todos os males seria mais simples diagnosticar a realidade e conseqüentemente modifica-la para “melhor”. Aprendi que a complexidade de nossa existência se deve há fatores externos tão dissonantes uns dos outros que até mesmo o próprio conceito de bom ou ruim se torna relativo em alguns momentos.

Senão vejamos, na própria origem dos povos a disputa por território e pelo poder tem sido a tônica de toda a historia humana: o genocídio e a ganância tem sido constantes na trajetória de grandes civilizações e líderes, aliado a tudo isso a diversidade existente provocou diversas teorias das civilizações que buscaram entender a diversidade de culturas e interesses econômicos. A antropologia cultural surge com a perspectiva de preservar o diferente, leia-se diferente em relação ao homem europeu branco e bem, sem querer aprofundar muito neste debate temos visto ao longo da própria Historia do Brasil, o conflito entre aqueles que se julgavam donos da terra com o título de propriedade “fornecido” pelo rei de Portugal (colonizador) ou então grilado em cartórios nas capitais, entre quatro paredes e do outro lado temos o povo que vive na terra, sem saber ler ou escrever, trabalhando nela e tendo ter que aceitar a imposição dos donatários, homens de bem e da lei, os doutores, coronéis, dizendo que “aqueles estavam roubando propriedade particular destes”.

No caso dos escravos a historia é ainda mais tenebrosa: após a oficialização de sua liberdade tiveram que sobreviver a esmo, sem direitos a nada, amargando o fato de já nem poderem mais ficar na propriedade do antigo senhor, mesmo que estivessem trabalhando nela há varias gerações. Aqui no Maranhão esse processo é resolvido da seguinte forma: ou o ex-escravo negro tem que se emprenhar na mata e lá construir sua própria sobrevivência ou então fica na propriedade a qual sempre trabalhou do senhor branco, mas tendo que pagar o chamado Foro, uma taxa retirada da produção da terra. Algo semelhante ao feudalismo.
Tudo isso acontecendo ao nosso redor, processos históricos que não são divulgados pela mídia de massa, que serve mais para retardar as mentes do que verdadeiramente informar, salvas raríssimas exceções. Desisti de assiste TV.

Mas se a raiz do problema estaria na propriedade dos meios de produção (e da terra consequentemente) por que até hoje não conseguimos realizar uma reforma agrária? O que dizer das matrizes enérgicas não renováveis, que agora temos a disposição vide a camada do pré-sal, que podem em tese aumentar nossas riquezas nacionais, mas que corre o risco de serem vilipendiadas pelos países historicamente colonizadores e que herdaram do Império Romano todo o vício imperialista de conquistar, conquistar, conquistar.

Pelo visto a lógica das coisas no mundo ocidental está totalmente revirada ao avesso.

Marx dizia que quando o capitalismo alcançasse toda a extensão do globo às forças produtivas estariam num grau de desenvolvimento suficientes para realizar uma mudança quantitativa suficiente para termos mudanças qualitativas, ou seja, um, sociedade socialista.

O que Marx e Engels não conseguiram prever era que as dimensões culturais do mundo iriam restringir o próprio avanço do capitalismo, ou seja, no meio do caminho teríamos índios, quilombolas, ribeirinhos, árabes. Além disso, as nações desenvolvidas e o operariado não iriam se constituir como ponte para mudanças, na verdade o operariado iria preferir o controle remoto e o shopping center a lutar por igualdade e justiça. Ficamos no meio da Historia? Não definitivamente não, ela prosseguirá e enquanto nascer gente, ela não chegará a seu termo.

O que proponho neste texto é discutir saídas e soluções para a injustiça social a luz do materialismo histórico, mas preservando a diversidade dos povos, não impondo ideologias europeizastes, que não dizem muito para o nosso povo que dificilmente irá entende-la. Temos dois pontos a serem levantados: 1) Nesse sistema ocidental não tem saída, não há "luta" de classes, mas uma crescente "conciliação" de classes que mantém o sistema. 2) Se quisermos lutar por justiça não podemos estabelecer ser este ou aquele o melhor sistema a ser implantado, mas sim respeitar a diversidade de culturas e formas de povos e nações se estabelecerem no território.

Deixo em aberto a conclusão para o debate.

11 de setembro de 2009

COMITÊ PRÉ-SAL EM IMPERATRIZ

Do Blog do CinquentinhaItz:
Militantes do PSOL estão realizando reuniões para divulgar a campanha encabeçada pela FUP – Federação Única dos Petroleiros que visa o envolvimento da população na questão da exploração dos campos do pré-sal.

Foram realizadas exibições do documentário “O Pré-são Tem que ser Nosso!”, em João Lisboa (sexta-feira, dia 04 de setembro), no bairro São Jose/Imperatriz (quarta-feira 09 de setembro ) e estão previstos outras exibições no próximo sábado, dia 12 de setembro no bairro Santa Inês/Imperatriz e no auditório da Uema/Cesi, com data a confirmar.

O filme tenta responder a uma inquietante questão: diante das gigantescas reservas do pré-sal, que caminho o Brasil vai tomar? Políticos, intelectuais, sindicalistas, estudantes, representantes da igreja, artistas e militares estão entre os 34 depoimentos, de diferentes matizes, que abordam o tema sob perspectiva histórica, geopolítica, ambiental, econômica e social.
Um dos depoentes no documentário, Paulo Beth, afirma: "O brasileiro conhece muito de futebol, ótimo! Conhece muito de carnaval, maravilhoso! Agora tem que passar a conhecer muito de pré-sal", outras figuras importantes também dão seus depoimentos como o Senador Aloísio Mercadente/PT, ex-candidato a vice-presidente pelo PSOL Cesar Benjamim e muitos especialistas e trabalhadores do setor.

Após essas reuniões, que visam agremiar instituições para a formação do comite da campanha “O Pré-são Tem que ser Nosso!”, será marcada um grande encontro para a formalização do Comitê, que pretende espalhar-se por todo o Maranhão.
Assista da sua casa pela internet clicando no link abaixo:
http://www.apn.org.br/apn/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=46&Itemid=71
Contatos em Imperatriz: Wilson Leite 99-9901-1722

10 de setembro de 2009

Nota do DCE JM a sociedade sobre o resultado do ENADE recente

O Diretório Central dos Estudantes Josias Morais, entidade que agremia cerca de doze Centros Acadêmicos dos diversos cursos do Centro de Estudos Superiores da Universidade Estadual do Maranhão, vem a publico prestar os devidos esclarecimentos acerca dos resultados no ENADE ultimo. A fim de trazer esta discussão parar o debate político o DCE JM informa que em especial os cursos de Geografia, Matemática e Historia do CESI, através de ampla campanha as vésperas do ENADE, tirou o indicativo de boicotar a suposta prova, que na analise feita pelos CA’s e o DCE, não corresponde há uma avaliação condizente com nossa realidade e desrespeitando o fato de que muitos problemas vividos por toda a comunidade acadêmica local não são avaliados com a devida importancia há muito tempo. Entre os principais motivos que nos motivaram ao boicote enumeramos os seguintes:
1. Ranqueamento - O ENADE, a exemplo do Exame Nacional de Cursos (Provão), realiza o categorização das universidades em 5 níveis. Sendo assim, os resultados do ENADE seriam utilizados como propaganda para o mercado, enfatizando uma visão mais produtivista do ensino em detrimento do seu papel social (identidade social da Universidade).
2 - Desrespeita as diversidades regionais - A prova a ser realizada é única, sendo assim, o estudante da Bahia realizará a mesma prova que o do Paraná, desconsiderando as particularidades sociais, políticas, econômicas e culturais entre esses estados.
3 - Imposição - O ENADE foi imposto através de Medida Provisória pelo Governo Federal, não havendo, portanto, participação da sociedade no processo de construção do sistema de avaliação.
4 – Onde está a avaliação do governo para a nossa devassada biblioteca, nossa constante falta de apoio a pesquisas, nossa estrutura física sucateada, nosso déficit de professores qualificados? Enfim, se temos que avaliar a universidade, devemos avaliar o tripé básico da mesma; ENSINO, PESQUISA e EXTENSÂO, e não apenas o estudante, que muitas vezes as vésperas da prova faz de tudo para se sair bem no exame, apenas para ajudar a escamotear nosso precária condição.
5. Centralização do sistema de avaliação - A Comissão responsável pela coordenação e planejamento do exame (CONAES) é composta majoritariamente por representantes do MEC, ou pessoas indicadas por este, havendo apenas 1 (uma) representação discente, 1(uma) representação docente e 1 (uma) representação técnico-adminstrativa. Dessa maneira, o processo de avaliação é centralizador, havendo ausência de critérios para a sua composição que indiquem a participação das Instituições de Ensino Superior e da sociedade civil.
6 - Desrespeita a complexidade do sistema de ensino superior do Brasil – O sistema de ensino superior do Brasil deve ser entendido através das sua diversidade de instituições (Universidades, Centros Universitários, Faculdades Isoladas, etc.), cada um com suas particularidades, devendo o MEC legitimar essa diversidade e avaliar de acordo com as especificidades.
Poderíamos enumerar mais fatores que sem duvida são agravantes ainda maiores e que nos fazem refletir mais ainda acerca da dinâmica de avaliação atual do MEC. Nossos anseios agora se materializaram e esperamos abrir uma discussão com o corpo acadêmico e a sociedade, a fim de criar novas perspectivas e avaliações que possibilitem reais condições para o avanço da UEMA e da universidade publica no MA.Outrossim, o DCE JM se coloca a disposição parar prestar quaisquer esclarecimentos acerca do ENADE, entendendo ser este um momento de reflexão parar mudanças e rumos que o CESI deve tomar para conquistar de vez sua AUTONOMIA.

9 de setembro de 2009

IV Festival de Musica de Imperatriz

Já está oficialmente aberto às inscrições no Teatro Ferreira Gullar para o IV Festival da Música de Imperatriz, o FMI, evento que agremia talentos de diversos estilos musicais da região. Organizado pela ASSARTE, e pelos talentosos músicos e artistas Neném Bragança e Zeca Tocantins, dois dinossauros locais. O FMI acontecerá entre os dias 15, 16 e 17 de outubro, com premiações para os 03 primeiros lugares e para um escolhido por júri popular.
È muito bom ver nossos talentos da musica se organizando. Quem sabe um dia teremos a volta dos grandes festivais por aqui como FABER e outros.

Intocáveis e invisíveis

Temos visto pelo país afora, na comemoração do dia 07 de setembro, várias manifestações de descontentamento organizadas pela sociedade civil que já não agüenta ver tanta impunidade. O senado está cada vez mais descredibilizado perante a opinião pública. Resta-nos a esperança de que o povo dará o troco nas urnas ou amargamos ter que engolir a triste constatação de que há única saída que teremos é esperar que esses facínoras da política envelheçam e morram para dar lugar há uma nova geração quem sabe mais preocupada em entrar pra historia de forma menos calhorda e desavergonhada.


6 de setembro de 2009

CAMPANHA: “ATINGIDOS POR MADEIRA”

Do blog do companheiro Wilson Leite: http://blogwilsonleite.blogspot.com/

Foi lançada a campanha: “ATINGIDOS POR MADEIRA”, que visa o recolhimento de alimentos para a formação de cestas básicas aos funcionários da Receita Municipal que tiveram descontados do salário de R$300,00 os dias em que ficaram paralisados durante o período de greve, movimento legitimo de reivindicação dos trabalhadores. Os que tiveram algum saldo em seu contracheque não chegaram a quantia de R$15,00.O posto de coleta estará montado, nesta segunda feira (07/09), na Praça Brasil, informou Wilson Spaghetti (sindicato da Receita Municipal).Conclamamos todos os trabalhadores de Imperatriz a colaborar com a campanha levando alimentos, alem de se solidarizar contra a perseguição da gestão contra os funcionários da Receita Municipal que lutam por um direito adquirido a todos os trabalhadores, não receber menos que um salário mínimo por mês (R$465,00), no caso específico, deveriam até receber mais devido a função que exercem dentro da estrutura pública.

4 de setembro de 2009

José Anselmo dos Santos, Cabo Anselmo

Quem ainda não ouviu falar desse cidadão esclareço que foi um oficial da marinha brasileira, que no período áureo da ditadura militar desertou de seu posto e foi contribuir com o movimento guerrilheiro de esquerda. Preso pelo famigerado delegado-torturador Sergio Paranhos Fleury, do DOPS, muda de lado mais uma vez e vira a casaca, entregando todos os seus antigos companheiros de luta e até mesmo sua esposa Soledad Barret Viana, que o havia ajudado no exílio no Paraguai, grávida de cinco meses do próprio marido-delator. Soledad apareceria em publico novamente somente algumas semanas depois da prisão, morta ao lado do feto. Esclareço que esse processo não foi imediato, Anselmo bancou o agente duplo seguidas vezes, voltando ao convívio normal com os companheiros e com Soledad. Entregava passo a passo todos os esconderijos e planos, nomes de pessoas e colaboradores.
Um monstro de marca maior que hoje pede perdão por seus crimes e diz que deseja retornar a vida publica. Mentiroso diz ter “caguetado” seus companheiros e a própria esposa temendo ser morto pelo regime militar. Eu preferia a morte a entrar pra historia como um rato, covarde.
Essa semana Anselmo participou do programa da Band, Canal Livre, infelizmente os entrevistadores jornalistas do programa mais uma vez mostraram despreparo para com o tema ou então tiveram que ser orientados há não fazer perguntas mais “desconcertantes” ao entrevistado.
Atualmente permanece escondido, sob disfarce e sem direito a usar identidade sequer para se aposentar.
Que justiça seja feita, um dia...

3 de setembro de 2009

Heloisa Helena é ou não candidata ?

Sim e não. Sim ela deverá por o nome a disposição, mas não, não será ao pleito presidencial. As pessoas costumam me indagar sobre isso e a analise que eu faço é a de que a nobre companheira Heloisa Helena não deverá disputar a presidência do Brasil. Com certeza ela sai para disputar o senado em Alagoas, e garantir assim o projeto de ficar oitos anos no cargo. Dessa forma ela sairia à disputa (presidencial) pra valer em 2014 e sem ter o desgaste de que se caso perca, não ficar no limbo completo.

Parece ser uma lógica confusa de se compreender a principio, mas senão vejamos: o efeito Marina pelo visto pesou de fato nesse processo, por que retira da campanha de Heloisa votos significativos, de alguns setores mais progressistas, ela corre o risco de sequer não repetir os percentuais da campanha passada e ainda ter que voltar pra Alagoas como simples vereadora, descontentado seu eleitorado local.

Por outro lado se sair ao Senado corre “sérios riscos” de se eleger, e acumular votos suficientes para ficar oito anos no pleito, podendo disputar o cargo presidencial com muito mais folga e acumulo de forças. Um projeto coeso e que tem ainda um agravante: o fato de que setores dentro do PSOL (como o MES e afins) terem um dialogo com o PV a nível regional no RS, o que poderia em tese levantar a possibilidade de uma aproximação com a companheira ambientalista de plantão.

No geral é tudo ainda especulação, mas de fato acho pouco provável Heloisa não disputar o senado. Temos como nome mais concreto o do advogado e economista, presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária, Plínio Arruda Sampaio. Uma excelente opção por sinal. Que venham 2010.

2 de setembro de 2009

Veja quantas mentiras...

Veja quantas mentiras...

È mal da impressa fajuta escamotear determinados elementos da sociedade para privilegiar o grupo dominante ao qual ela é atrelada. Incomoda a ela agüentar certos fundamentos caírem por terra, e ver um Brasil com a cara dos brasileiros e não de meros colonizados, que quando postos na matéria, aparecem como “um povo exótico” e de gente ignorante, o que não condiz com a realidade.
Felizmente o povo aos poucos não está mais se deixando levar por informações levianas, mas no geral boa parte ainda acredita veementemente no que sai na TV e jornais impressos.

Pra variar dessa vez tentam (a mídia medíocre) criminalizar os movimentos sociais, em especial o MST. Não é a primeira vez que conspiram uma calhordice dessas, só que agora a furiosa tentativa veio em bloco com Band, Record, SBT, etc, mais o grupo Abril com suas revistas impressas, tipo Veja. Há ainda os jornais Estadão, Folha, Correio Brasiliense, O Globo. Todos incutindo inverdardades na mente de incautos, apoiados pela bancada ruralista , UDR, que teima em tentar manter a estrutura latifundiária de domínio da terra, claro, eles todos herdeiros daquela velha política do colonialismo e dos antigos cafeicultores que se beneficiavam da exploração e da monocultura.
Tudo isso por que finalmente o Governo Federal (pressionado pelos trabalhadores rurais) resolveu atualizar os índices de produtividade da terra, que alias desde os anos 70 ainda mantém os mesmo padrões. É mole. A conclusão óbvia a que se chega é que por trás desta guerra “bancada” pela bancada ruralista, teimando em manter os velhos índices de produtividade de 1975 está o intento de preservar o latifúndio improdutivo das empresas nacionais e estrangeiras, desconsiderando a função social da propriedade, estabelecida na nossa Constituição Federal, continuando o Brasil, assim, a ser o campeão mundial do latifúndio depois de Serra Leoa. À crítica à anunciada medida de atualização, juntou-se também uma raivosa criminalização dos movimentos de trabalhadores no campo, da forma mais generalizada e iníqua. Entretanto o que se vê no nosso campo é o deprimente espetáculo da multiplicação dos acampamentos de sem-terra que se sujeitam, por anos a fio, a condições inumanas de vida na fila da realização, um dia, do sonho da terra prometida de viver e trabalhar.
Não acreditem na Veja e afins, eles estão a serviço de quem paga mais. Aquilo nem deveria ser chamado de jornalismo.



1 de setembro de 2009

Fenômeno solar desperta curiosidade de imperatrizenses


Hoje pela manhã foi possível observar na cidade um belo fenômeno da natureza. O Halo Solar (fenômeno ótico decorrente da refração da luz solar por nuvens de cristal de gelo) observado pelas pessoas nas ruas e impressionando muita gente. Nas fotos tiradas por minha irmã vemos o espetáculo.
Engraçado era quando eu estava indo pra casa e pude perceber a reação de algumas pessoas, que assim como eu nunca tinham visto o fenômeno. As conclusões iam desde eclipse sinistro a fim do mundo, mas no geral as pessoas achavam lindo o espetáculo, que geralmente só é visto do centro-oeste.
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